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QUE PESSOAS SERÃO BENEFICIADAS COM A CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO SOBRE O NEGRO NO BRASIL?

Por:   •  20/1/2016  •  Artigo  •  2.683 Palavras (11 Páginas)  •  475 Visualizações

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QUE PESSOAS SERÃO BENEFICIADAS COM A CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO SOBRE O NEGRO NO BRASIL?

João Paulo da Silva Leal

RESUMO

Este artigo procura responder a seguinte pergunta “que pesoas serão beneficiadas com a construção do pensamento sobre o negro no Brasil?” para tanto começa-se falando sobre a construção do pensamento negro no Brasil, ressaltando-se alguns aspectos históricos, em seguida esclare-se sobre a imagem que os europeus tinham sobre os  povos africanos e que os colonizadores do Brasil por conseguinte  tambem tinham as mesma concepções que acabaram por dar origem a um ideário de embranquecimento da população brasileira que é explanado nesse artigo entendo os sentidos dessa ideia e prática depois procuramos entender a quem interessa o discurso racista e descriminatório e chegando as conclusão advindas das respostas da proposição desse artigo.

Palavras chave: Pensamento, negro no Brasil e descriminação.

Resume

This article seeks to answer the following question " that people will benefit from the construction of thought about blacks in Brazil ? " To both one starts talking about the construction of black thought in Brazil , highlighting some historical aspects , then clarified is about the image that Europeans had on the African people and the settlers of Brazil therefore also had the same ideas that eventually lead to an ideology of whitening of the population which is explained in this article understand the reasons for this idea and practice then we seek to understand who is interested in the racist and discriminatory speech and reaching the conclusion arising from the proposal of responses to this entry.

Keywords : Thinking , black in Brazil and discrimination

Introdução

Primeiramente nesse artigo devemos falar sobre a construção do pensamneto negro no Brasil. A presença do negro na sociedade brasileira foi abordada no pensamento social brasileiro de diferentes formas no decorrer da história mas quase sempre numa concepção  depreciativa, no Brasil porém tivemos varios pensadores que se propuseram a examinar e criar um estudo socioantropológico nacional, assentados em critérios únicos de avaliação de nossas relações étnicas como os de Gilberto Freyre e Darcy Ribeiro, que, embora não inteiramente livres da obscuridade do conceito de raça, proclamaram a sua desconfiança, formularam indicações fundamentais para a compreensão do problema racial no Brasil.

Que começa em como a história do Brasil é ensinada nas escolas, que dar a entender que o período da escravidão não foi assim tão ruim: os senhores de escravos eram bonzinhos, os negros aceitavam pacificamente sua situação, reinava uma certa harmonia entre a casa grande e a senzala. Esse modo de pensar levou um conhecido estudioso brasileiro, Gilberto Freyre, a defender a idéia de que no Brasil sempre existiu uma democracia racial, já que os brasileiros são o resultado da mistura de três raças: o branco, o negro e o índio. Essa versão da história não é verdadeira, por vários motivos, senão vejamos; a escravidão por si só já é uma violência contra o ser humano, não havendo a menor possibilidade de ser considerada como um sistema suave, os escravos eram tratados com crueldade, os castigos corporais eram rotina e nada materialmente ou como sentimento, vinha dos seus senhores que pudesse ser chamado de bondade ou gesto humanitário, os negros nunca aceiram passivamente a escravidão, e desde o início tentaram livrar-se dela da única forma possível: por meio das fugas e rebeliões.  

Antes disso tudo os europeus ja mantiam no seu imaginário uma concepção deturpada a respeito negro e dos povos africanos em geral como nos explica SANTOS, 2002 quando nos diz:

Ainda segundo Cohen (1980), os europeus enxergavam o preto como marca do mal e da de pra vação humana e não podiam entender que houvesse povos portadores de uma cor que era motivo de grande inquietação. Não era sem fundamento que muitos se propunham a investigar e compreender a origem e o por quê dos negros terem a pele escura. Argumentos de ordem teológica se perfilavam a argumentos pseudo científicos e filosóficos. Os negros teriam a pele escura de vido à forte influência do sol nas regiões habitadas por eles? Seriam tão escuros por sua descendência de Caim que, como castigo, teve sua face enegrecida por Deus após matar Abel? Ou pela maldição de Noé sobre Cam do qual todos os negros descenderiam? Seriam negros por causa da água e dos ali mentos que os nutriam, encontra do somente na África?

Podemos perceber que os europeus que foram os colonizadores de nossas terras tupiniquins tinham em suas mentes que a “raça” negra era inferior a “raça” branca, ou seja, o branco estaria numa posição superior a do negro, portanto a cor braca representaria tudo de belo, bom e justo e o negro seria o feio, o injusto e a animalidade. Impregnada a esta visão tambem encontramos o olhar exótico e mitico o qual corrobora  para a aversão e o quadro pitoresco que o negro ocupava e ainda ocupa no imaginario europeu e do povo brasileiro atualmente como nos explica SANTOS, 2002:

Um caráter de excitação estética também ocorre em relação à África. Vemos isso nos textos dos viajantes, nas descrições apresenta das por Laura de Mello e Souza e por William Cohen. O primeiro olhar em direção ao negro é o do exotismo, da admiração da diferença, da tentativa de oferecer-lhe sentido para se afastar do medo diante desse desconhecido que foge a qual quer significação; é uma primeira tentativa de falar sobre, de se aproximar. Os mitose as “explicações” sobre a origem da cor da pele negra atendem a essa expectativa.

Outra visão sobre os africanos por parte do europeus era a de que os negros nao possuiam certos atributos que os outros povos possuiam por isso eram indignos e merecedores de punições, sendo assim sua escravização seria justa, no ideário europeu o negro aparece com um povo sem rei, sem lei e sem fé, como nos explica SANTOS, 2002;

Os seres da natureza, os animais, estão imersos nessa ordem necessária onde a lei é sempre justa e irreversível, pois é lei e ação divinas. Privados de vontade, quase nulos em perfeição, se apresentando como matéria praticamente carente de forma, mas plenos em potên cia, eles teriam como finalidade servir aos seres mais perfeitos. Apoiado nessa teoria pode-se considerar justo escravizar os seres inferiores. O escravo pertenceria à ordem dos direitos naturais (à sua hierarquia) e seria excluído do direito positivo. Por esse intermédio justifica-se a escravidão, tornando-a o fim natural de algumas “gen tes”.

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