Reciclagem

humilhação so Trabalhadores que vivenciam sofrimento psíquico devido à exposição a situações de cial e invisibilidade pública.

Uma das categorias de trabalhadores que desenvolvem um trabalho considerado desqualificado é o catador de lixo reciclável, sujeito esse que historicamente, tira do lixo seu sustento, seja na prática da coleta seletiva ou de doação de algumas pessoas.

Em nossa cidade, Corumbá MS, existe um caminhão de coleta seletiva que passa por alguns bairros em dias determinados fazendo a coleta de lixos seco para reciclagem o qual é levado ao lixão onde existem duas associações de catadores que separam e depois revendem o material, tendo como objetivo a preservação do meio ambiente além de estarem gerando renda para as famílias que integram as duas associações de catadores: Vale da Esperança e Preservadores do Meio Ambiente.

Houve conscientização através da mídia à população, para que se separe o lixo seco do lixo úmido para facilitar a coleta dessas pessoas, mas em entrevista com alguns catadores, infelizmente são poucas as pessoas que tem essa conscientização desse ato de colaboração.

Segundo relatos desses trabalhadores, muitos ainda não fazem parte dessa associação e sofrem com a invisibilidade pública, observa-se que trabalham em condições precárias correndo risco e danos à saúde. Apesar de estarem buscando uma forma de inserção no mundo social e do trabalho, continuam sendo discriminados, sendo que realizam uma atividade muito importante em meio a sociedade.

Relatam que não estão neste serviço por vontade própria, mas sim por necessidade, falta de estudo, comodismo e falta de capacidade de ir além. São pessoas que vivem e trabalham individual e coletivamente na atividade de coleta e venda dos materiais, vivendo em situações vulneráveis e sem nenhum tipo de reconhecimento social, apesar de estarem colaborando com o meio ambiente e na melhoria da limpeza da cidade, muitas vezes sofrendo humilhações da sociedade e nem mesmo sendo notados.

Esses trabalhadores são expostos a um ambiente de trabalho com condições indignas, principalmente nos lixões, tal situação acontece pela omissão das autoridades públicas colocando em risco a vida, a saúde e a segurança desses catadores, pois estão em contato direto com rejeitos em aterros, lixões e ruas da cidade, tal informalidade da ocupação dos catadores são condições que os deixam ainda mais vulneráveis, uma vez que não gozam dos direitos trabalhistas e de previdência.

Sabe-se que é responsabilidade governamental favorecer condições dignas de trabalho a esses catadores, além da questão social relacionada ao lixo, mas são muito pouco os que são considerados trabalhadores formais.

O sofrimento e a invisibilidade e muitas vezes a discriminação desses trabalhadores são adversidades encontradas por eles todos os dias, assim como doenças pelas condições precárias e o funcionamento mental abalado por tal situação.

Em entrevista com o senhor Natanael dos Santos de 56 anos, que sustenta 5 filhos com a venda do lixo reciclável, percebe-se o desgaste físico e psicológico na sua luta diária.

Em suas palavras o sentimento de desânimo, cansaço, frustação com o poder público e sem nenhuma perspectiva do futuro, pois afirma não ter nenhum tipo de ajuda governamental.

Diz: “ trabalho com dignidade como qualquer outro trabalho, meu reconhecimento