Reflexões sobre os Cursos Técnicos em Alimentos e Agroindústria do Instituto Federal de Mato Grosso campus Confresa

Reflexões sobre os Cursos Técnicos em Alimentos e Agroindústria do Instituto Federal de Mato Grosso campus Confresa

GT18- trabalho e educação

Alex Alves Vendruscolo (IFMT – Campus Confresa) [e-mail]

Patrícia Pereira da Silva (IFMT – Campus Confresa) [e-mail]

Resumo:

O trabalho tem como objetivo apresentar os motivos que levaram ao encerramento do curso técnico em Alimentos ofertado pelo Instituto Federal de Mato Grosso campus Confresa por meio da pesquisa qualitativa, documental, bibliográfica e questionário aberto aplicado aos docentes e coordenação dos cursos em questão. Observou-se que todos os problemas internos e externos do Curso Técnico em Alimentos e a falta de um estudo da região levaram ao encerramento do curso.

Palavras-chave: Matriz Curricular, Alimentos, Agroindústria.

1 Introdução

Este trabalho apresenta resultados sobre os motivos que levaram ao IFMT Campus Confresa a extinguir o Curso Técnico em Alimentos e sua relação com o Técnico em Agroindústria utilizando como metodologia a pesquisa qualitativa, para isso investigou-se o histórico do curso Técnico em Alimentos no Instituto Federal de Mato Grosso Campus Confresa por meio de técnicas de pesquisa documental e bibliográfica através de questionário aberto a coordenação do curso Técnico em Alimentos e comissão responsável pela abertura do curso Técnico em Agroindústria.

O Curso Técnico em Alimentos foi elaborado com base no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT, 2008), instituído pelo Ministério da Educação (MEC).

O Curso Técnico em Alimentos faz parte do eixo tecnológico de produção alimentícia e requer carga horária mínima de 1200 horas, aborda as possibilidades de temas a serem passados durante a formação que é de indústrias de alimentos e bebidas. Entrepostos de armazenamento e beneficiamento. Laboratórios, institutos de pesquisa e consultoria. Órgãos de fiscalização sanitária e proteção ao consumidor. Indústria de insumos para processos e produtos.

A aprovação do projeto pedagógico do Curso Técnico em Alimentos Integrado ao Ensino Médio teve suas atividades iniciadas a partir da Resolução do CONSUP n° 004, de 29 de Janeiro de 2010. Na qual, por meio deste resolve: Art. 1° - “Aprovar, ad referendum, a criação e o Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Alimentos Integrado ao Ensino Médio, eixo tecnológico Produção Alimentícia, a ser realizado no IFMT – Campus Confresa, e autorizar seu funcionamento” (CONSUP, 2010). E ainda atribuem algumas características específicas do curso conforme o Art. 2°.

O curso é de Ensino Médio Integrado; na modalidade presencial com carga horária total de 3920 horas, de turno integral com periodicidade de seleção anual e regime de matricula regular anual. A integralização do curso será no mínimo três anos e no máximo seis anos e com número de alunos de 120 vagas anuas (CONSUP, 2010).

O Curso Técnico em Agroindústria foi elaborado a partir da extinção e dos problemas encontrados no Curso Técnico em Alimentos conforme consta em seu Projeto Pedagógico de Curso, aprovado com as Resoluções do CONSUP n° 012 e 013, de 29 de Abril de 2015 que nela aborda a aprovação do Projeto Político Pedagógico de Curso (PPC), que perante o Art. 1° da resolução n° 012 resolve:

Aprovar a Resolução ad referendum n° 061, de 26/09/2014, do CONSUP/IFMT, que autorizou o funcionamento do Curso Técnico em Agroindústria, Integrado ao Nível Médio, do IFMT/        Campus Confresa, a partir do Ano Letivo de 2015/01. (CONSUP, 2015)

A segunda Resolução do CONSUP n° 013, de 29 de Abril de 2015 consta as características do curso conforme o Art. 2°: O curso Técnico em Agroindústria faz parte do eixo tecnológico de produção alimentícia com nível de ensino médio. Período integral na modalidade presencial com carga horária mínima de 3498 horas, estágio supervisionado obrigatório de 200 horas. O regime de matriculas é anual e a periodicidade de seleção também anual com 40 vagas. O tempo de formação de no mínimo 3 anos e no máximo 6 anos.

Inicialmente o Curso Técnico em Alimentos não se enquadrava diante da realidade socioeconômica da região Araguaia-Xingu, devido ao seu Projeto Pedagógico do Curso ter sido elaborado, “onde as áreas de atuação do Técnico em Alimentos eram voltadas para indústrias de grande porte” (IFMT, 2009). Com o tempo, notaram que não haveria área de atuação do Curso Técnico em Alimentos para que o curso atendesse a realidade da região. A partir dessa percepção direcionamos a fundamentação teórica embasada nas áreas afins que o Técnico em Alimentos pode atuar, relacionando-a ao seu encerramento do Curso Técnico em Alimentos no IFMT Campus Confresa.

A totalidade de empregos gerada pelo setor de alimentos da região divide-se em oferta de vagas para profissionais de segurança sanitária de alimentos ou técnicos em alimentos. Quando se trata de sanidade alimentar o assunto é de extrema importância, porque envolvem diretamente profissionais que garanta à qualidade dos produtos consumidos pela população, dada a importância destes profissionais, a segurança sanitária de alimentos propõe ao técnico em alimentos diversas áreas. Assim,

O técnico em alimentos pode atuar em diversos postos, como por exemplo: trabalhar em laboratórios de análise seja ele como analista ou supervisor ou na industrialização de alimentos de origem vegetal ou animal, visando à melhoria da qualidade e da segurança do alimento. Ele é o elo entre o engenheiro e o pessoal operacional (FOLHA DE PERNAMBUCO, 2009).

O Brasil é um grande aliado a outros países que contribuem para alimentação da população no mundo, por isso, grandes empresas estão,

Cada vez mais desenvolvendo expressivamente tanto quantitativa quanto qualitativamente a área de alimentos nas últimas décadas, espera-se que ele contribua, cada vez mais, com a alimentação da população humana. Esse desenvolvimento promove um amplo mercado de trabalho para profissionais capacitados, sejam eles de área técnica em alimentos ou especializados (GOMES, 2011).

2 Metodologia

Para alcançar os objetivos do trabalho utilizou-se a pesquisa qualitativa, levantamento bibliográfico e pesquisa documental.

A pesquisa desenvolveu-se em duas etapas: análise do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) Técnico em Alimentos e Agroindústria; aplicação de questionário contendo 5 (cinco) questões do tipo aberta aplicado para todos (as) 12 professores (as), a coordenação e os responsáveis pelo curso Técnico em Alimentos do IFMT Campus Confresa e todos os 7 membros que participaram da comissão de criação do PPC do curso Técnico em Agroindústria.