Resenha: A Guerra do Fogo
Por: Sérvulo Ramos • 18/1/2018 • Trabalho acadêmico • 1.048 Palavras (5 Páginas) • 589 Visualizações
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Universidade do Estado do Pará Campus-XI
Centro de Ciências Sociais e Educação – CCSE
Licenciatura Plena em Ciências Sociais
Docente: João Luiz
Discente: Sérvulo Augusto Ramos dos Passos
“A Guerra do Fogo”
São Miguel do Guamá
2017
Sérvulo Augusto Ramos dos Passos
“A Guerra do Fogo”
Trabalho apresentado para avaliação parcial da disciplina Teoria Política Clássica, sob a orientação da Prof.º João Luiz.
São Miguel do Guamá
2017
FILME: “A GUERRA DO FOGO”
FICHA TÉCNICA:
Direção: Jean-Jacques Annaud
Elenco: Ron Perlman, Rae Dawn Chong, Everett MacGill, Nicholas Kadi e Gary Schwartz.
Roteirista: Gérard Brach
Gênero: Aventura, Histórico e Drama.
Duração: 1h e 41min.
Trilha: Philippe Sarde
Alguns temas abordados: evolução, desenvolvimento humano, existencialismo, holismo, etc.
Inadequado para menores de 16 anos
Distribuído 20th Century Fox
Baseado na teoria do evolucionismo (DARWIN).
Ao falar de desenvolvimento humano pensa-se em vários caracteres para dizer que determinado individuo é ou apresenta-se de determinada forma para seus companheiros de um mesmo grupo ou de nichos diferentes. A isso é importante averiguar a sua formação psicológica (raiva, ciúme, amor ou afeto), social e cultural, por exemplo.
Neste contexto, apresenta-se as questões referentes a diversidade cultural, a isso enquadram-se modos de ser destes homens que são representados no filme, as formas de se vestir e interação social, alguns exibem certo “desenvolvimento”, enquanto que outros ainda se depararam a mercê da natureza.
Deste modo, institui-se um movimento de análise em detrimento dos conhecimentos sobre determinados seres, assim é importante que as fases destes mesmos indivíduos também sejam verificadas e escavadas afim de que se possa obter entendimento e compreensão sobre suas maneiras de influência mútua com o mundo e as coisas. Que perspectivas religiosas são apresentadas no filme? Em alguns pontos percebe-se um sentimento de apreensão em relação a alguns eventos da natureza ou formas ritualísticas em grupo por assim dizer que dão a entender certo temor as coisas que fogem a uma compreensão um pouco mais sistemática em termos cosmológicos, mitológicos ou outra maneira, por exemplo.
La Guerre du Feu é uma obra prima do cinema e em uma análise inicial retrata em seu contexto algumas temáticas importantes em se tratando do desenvolvimento humano como por exemplo a evolução dos “símios” até que se tornassem o que é compreendido como humano. No filme é comum haver conflitos entre os membros representados nos seus grupos, seja por questões de comando de uma atividade ou por questões de sobrevivência. Isso gera ganhos e perdas diante do conhecimento que estes indivíduos primitivos (no sentido de primeiros e não meramente selvagens) venham a constituir; isto diferencia-se do mero combate onde um indivíduo prioriza meramente a eliminação do outro (estado de natureza em Hobbes); a obra mostra uma instabilidade temporal, pois os indivíduos não apresentam o mesmo patamar de existência e relação.
É um filme de Jean-Jacques Annaud diretor francês muito importante para o meio cinematográfico, seu lançamento é de 1981, mas no Brasil ocorreu apenas em 1982. Este thriller se passa a oitenta mil anos atrás, quando o homem ainda era um misto de símio com hominídeo. Nesta ótica existem várias disposições tribais, e um sistema de divisão por parentesco (seres mais parecidos em hábitos entre outras características alocam-se em comunidade comum).
O fogo como em muitos mitos e lendas pelo mundo dar-se-á como elemento norteador da vida e de suas disposições cotidianas. Mas como é sabido ao longo da história estes indivíduos representados no filme ainda não dominam o fogo. Não existe uma aplicação através de “técnicas” e “tecnologias” apuradas para o seu uso.
Há uma busca constante pelo elemento primordial. Então muitas ‘expedições’ ocorrem habitualmente para que esta necessidade seja suprida, daí em função das possibilidades factuais o uso do fogo acontece, seja por meio de um incêndio, raio ou alguma outra forma geradora do mesmo.
A conservação do fogo ‘encontrado’ é por certo uma missão muito difícil dados os percalços diários e riscos encontrados por esses primeiros indivíduos. A fuga por pastos descampados e outras áreas é comum, pois somente assim é possível subsistir. Porquanto que, outras ideias surgem como demarcadoras das relações humanas e suas atividades. O “particular e o público” são presentes, pois determinado grupo detém não só o fogo, mas as técnicas de “criação” e manutenção do mesmo. Todavia, no filme não há uma fixação de propriedade.
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