Resenha o Que é Sociologia
Por: suzanfernanda • 8/7/2019 • Resenha • 768 Palavras (4 Páginas) • 165 Visualizações
MARTINS, C B. O que é sociologia. 38º ed. Brasiliense: São Paulo, 1994.
O estudo das relações sociais e suas consequências na sociedade moderna faz da Sociologia alvo de julgamentos referentes a dois polos extremos: uns a acusam de ser puramente uma arma do marxismo outros de um sistema liberal burguês.
A Revolução Francesa e a introdução do capitalismo industrial juntamente com a Revolução Francesa que formou o pensamento liberal impulsionaram o surgimento da sociologia. A Inglaterra, polo da industrialização, foi palco de drásticas mudanças em seu estilo de vida, as pequenas populações rurais transformaram-se em uma sociedade de aumento demográfico crescente, urbana, com precárias condições de vida e altas jornadas de trabalho nas fábricas. Dessas mudanças surgiu a classe dos operários que se conscientizaram de seus interesses e passaram a confrontar o modelo capitalista.
Os militantes políticos da Inglaterra industrial participavam de debates e estudos afim de adquirirem meios e conhecimentos para uma transformação ou manutenção social e assim, com os pensadores Owen, Willian Thompson e Jeremy Bentham nascem os primeiros sociólogos. A sociologia, além de denotar os acontecimentos da sociedade e relações capitalistas também traz a luz da ciência à filosofia, e suas explicações empiristas substituem o pensamento e explicações teológicas.
Os intelectuais iluministas usaram da filosofia e a ciência para romper com o obscurantismo das filosofias medievalistas e derrubar o domínio feudal e o Estado monárquico e sua influência social. Durkhein afirma que após a Revolução francesa nasce a noção exata da ciência social, e com isso se a primeira manifestação intelectual foi revolucionária, essa deveria ser reorganizadora, e nessa investida de organização e mantenedora da ordem é que a sociologia irá desempenhar seu papel nos anos iniciais de seu surgimento.
No entanto não é essa sociologia positivista que dará voz aos proletários e sua luta de classe, eles buscaram voz em seus referenciais teórico vinculando a sociologia ao socialismo, formando uma teoria crítica que ficará ao lado da classe operária.
A sociologia é marcada pelo antagonismo de direções na defesa do ponto de vista de "sociedade ideal". Os "profetas do passado" condenam a Revolução Francesa e buscam suas referências de modelo social na Idade Média teocrática e aristocrata, seus estudos e defesa da família, da autoridade e da ordem influenciaram sociólogos positivistas como: Comte, Saint-Simon e Durkhein. Para os positivistas a questão é a conservação da sociedade capitalista através da ciência atuando como a Igreja para o feudalismo.
Para Durkhein a sociedade já estava estabelecida e não era passível de transformações ou dinâmica então o principal papel da sociologia como ciência era detectar os problemas e reestabelecer o seu estado original, saudável.
Foi em Marx e Engels que a sociologia encontrou seu caráter crítico da sociedade e com objetivo de superação, para eles a interdisciplinidade explica a sociedade em todos os seus aspectos.
A primeira onda socialista denominada "socialismo-utópico", fazia críticas a sociedade burguesa, mas não identificava meios para uma mudança radical. Marx e Engels encontrando a teoria da dialética de hegeliana em junção com as teorias materialistas formaram a teoria científica materialismo-histórico. O materialismo-histórico deu base ao socialismo marxista, que tinha como orientação as relações sociais vistas por sua base econômica. Para a sociologia deixaram o materialismo dialético como grande legado de pesquisa e estudo das relações em sociedade. Para Weber, o indivíduo e sua ação era o ponto de partida para os estudos sociais em contraponto ao pensamento coletivista de Marx. A contribuição de Weber foi o método empírico de pesquisa, entre seus trabalhos de destaque está a pesquisa de como a conduta protestante influenciou a ascensão do capitalismo.
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