TRABALHO DE ANTROLOPOGIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
Por: Eliane Reis • 26/7/2022 • Resenha • 649 Palavras (3 Páginas) • 115 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS"
ELIANE ANTONIA DOS REIS PEREIRA 99159
TRABALHO DE ANTROLOPOGIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS:
Resenha Crítica Unidade I
Trabalho apresentado a Disciplina CIS 132 Curso de Antropologia das Ciências Sociais da Universidade Federal de Viçosa
Professor: Sandro Martins de Almeida Santos
VIÇOSA – MG
2022
ENSAIO SOBRE A DÁDIVA
MAUSS, Marcel. Ensaio sobre a dádiva. In: MAUSS, Marcel. Sociologia e Antropologia. São Paulo, Cosac Naify, 2003, p. 185-314.
O Ensaio sobre a dádiva (1923-1924), assinado por Marcel Mauss (1872-1950), e publicado originalmente na revista Année Sociologique, é obra central para a teoria antropológica
Quem é o antropólogo Marcel Mauss?
Marcel Mauss, nascido em 10 de maio de 1872 em Épinal e morreu em 10 de fevereiro de 1950 (com 77 anos) em Paris, foi um sociólogo e antropólogo francês. Considerado o pai da Antropologia Francesa deixou importantes artigos para a Sociologia e a Antropologia Social Contemporânea.
A obra, O Ensaio sobre a dádiva, integra um conjunto de pesquisas empreendidas pelo antropólogo francês sobre as características das formas arcaicas do contrato e de diversos sistemas de trocas ditas econômicas, e marca o início dos estudos sobre a reciprocidade e a circulação das coisas.
Para Mauss a dádiva é uma lógica organizativa do social que tem caráter universalizante e que não pode ser reduzida a aspectos particulares como aqueles religiosos ou econômicos
Marcel Mauss inicia ensaio sobre a dádiva, com um trecho do poema de Eda Escandinavo, que simplesmente resume que a dádiva seria dar sem o intuito de receber em troca, por outro lado os que sempre trocam presentes são amigos por mais tempo; e devem sempre retribuir presente por presente.
O foco de Marcel Maus é pensar os sistemas arcaicos, os sistemas de troca, a dádiva, dar e receber significa bem mais do que uma troca material, tem a ver com espirito, com alma
Marcel Mauss descreve relações e prestações de reciprocidade procurando explicar as origens humanas da troca, que não são exclusivamente bens, riquezas, bens moveis e imóveis, coisas úteis economicamente, são, antes de tudo, amabilidades. O mercado contemporâneo não vive sem a dadiva, na obra o autor tenta compreender que é regra de direito e de interesse que, nas sociedades arcaica, faz com que o presente recebido seja obrigatoriamente retribuído. Na obra ainda é abordado sobre as muitas tribos que praticam o Potlatch, que é a cerimônia de troca de presentes e homenagens, como também o Kula que é uma dadiva, e o chamado de troca, 'o escambo'. Mauss diferencia essas dádivas de presentes, bens e símbolos da troca utilitarista. Para o autor, não são os indivíduos e sim as coletividades que mantêm obrigações de prestações recíprocas. Mauss se interessa em ter noção de Mana, através da qual inicia o seu estudo sobre a obrigação de retribuir. Segundo o autor, as dádivas voltam, são recíprocas e necessariamente devolvidas ou retribuídas. Mas a obrigação de retribuir parece desmentir a oferta de gratuidade das dádivas, uma vez que se tem a obrigação de retribuir
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