TRANSFORMAÇOES SOCIAIS E ANTROPOLOGICAS, E A ABORDAGEM DA GEOGRAFIA AGRARIA NO LIVRO DIDÁTICO.
Por: João Pedro Alves De Azevedo • 5/11/2019 • Ensaio • 12.899 Palavras (52 Páginas) • 210 Visualizações
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – UPE
CAMPUS MATA NORTE - CMN
JOÃO PEDRO DE AZEVEDO
O PROTAGONISMO FEMININO NO MST:
TRANSFORMAÇOES SOCIAIS E ANTROPOLOGICAS, E A ABORDAGEM DA GEOGRAFIA AGRARIA NO LIVRO DIDÁTICO.
Recife
2019
JOÃO PEDRO DE AZEVEDO
O PROTAGONISMO FEMININO NO MST:
TRANSFORMAÇOES SOCIAIS E ANTROPOLOGICAS, E A ABORDAGEM DA GEOGRAFIA AGRARIA NO LIVRO DIDÁTICO.
Trabalho de conclusão de curso elaborado e apresentado como requisito final à aprovação do Componente Curricular de Prática Pedagógica VII no Curso de Licenciatura em Geografia da Universidade de Pernambuco – Campus Mata Norte.
Orientadora: Professora Dra. Ana Regina Marinho
Recife
2019
JOÃO PEDRO DE AZEVEDO
O PROTAGONISMO FEMININO NO MST:
TRANSFORMAÇOES SOCIAIS E ANTROPOLOGICAS, E A ABORDAGEM DA GEOGRAFIA AGRARIA NO LIVRO DIDÁTICO.
DATA DA APROVAÇÃO
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BANCA EXAMINADORA
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ORIENTADOR
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NOTA
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À minha avó materna Ana e minha mãe Girlene, pela luta vivida por ser mulher agricultora e ter o primeiro neto/filho se formando em uma universidade publica. Compartilho com vocês minha conquista.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Universidade de Pernambuco UPE/CMN por ser uma excelente escola formadora e a todos os meus professores, do bom ao ruim, serviu de aprendizado para a vida.
Aos meus amigos que mesmo perto ou longe acompanharam a germinação desse trabalho, nos momentos de angustia e desespero, a Valda Felix, Ranielle Vital, Ananda Albuquerque, Mento Barbosa, Nadja Luna e Nany Aguiar
À minha mãe e minha família que sempre me apoio e torceu por mim, essa vitória é nossa.
Parabenizo-me por acreditar em mim, pelo trabalho duro, pelas vitórias e batalhas por uma saúde mental. Caminho árduo, mas concluído com vigor.
RESUMO
A disparidade de renda entre os gêneros ainda é enorme não só aqui no Brasil, mas como em toda a sociedade capitalista, não é nenhuma novidade que já não se tenha sido revelado para a população e que horroriza não só os movimentos sociais, como também a sociedade civil. Sendo discutido e exposto nesse trabalho a disparidade de terras no país, o protagonismo criado pela mulher agricultora, de seu emponderamento, na luta diária pela sua sobrevivência em uma sociedade que tem sua estrutura capitalista, machista e patriarcal, avivando o debate para uma compreensão do contexto histórico da desigualdade de terras do país o seu reflexo na perversidade capitalista de produção, contando que a perversidade também surja na educação formal através da alienação, havendo o professor de geografia uma tarefa importante na formação critica do aluno e estar ciente das contradições e perversidades capitalistas.
PALAVRAS-CHAVE: Relações de gênero; Geografia Agrária; Livro Didático; Democracia; política; relações de poder; protagonismo feminino; movimentos sociais; Movimento Sem Terra.
SUMÁRIO
1. Introdução 3
2. A desigualdade desde Cabral: As terras do Brasil e o povo brasileiro. 7
2.1 A lei da terra e a propriedade privada 10
2.3 A república e o poder. 12
3. A revolução industrial tardia e o êxodo rural 18
4. Os movimentos sociais na luta por políticas de sobrevivência. 22
5. “Igualdade” é só uma palavra da constituição 25
5. O feminino que re-configura o campo a política e a sociedade: a luta por direitos e equidade 27
6. O conteúdo de geografia agrária no livro didático e a alienação capitalista. 30
7. Referencias bibliográfica 35
1. Introdução
O seguinte trabalho se propõe a abordar de forma geral o entendimento da não reforma agrária brasileira, analisando através de um aspecto histórico dos processos de territorialização do território brasileiro, de sua segregação e a influencia política por volta da sua concentração de terras e da atual estrutura agrária que o país apresenta, como também na sua conseqüência com a realidade social, econômica e política dentro do capitalismo. Levando em abordagem também a luta dos movimentos sociais da mulher como agente na militância da reforma agrária e na sua politização e formação social-critica no discurso de justiça social, abordando também o conteúdo de geografia agrária no livro didático.
A agricultura é uma importante atividade desenvolvida pelo ser humano que surgiu no período neolítico na transição entre a vida nômade e o sedentarismo, e foi ela o primeiro grande ato notório desenvolvido pela mulher na historia, onde a figura feminina teve principal destaque com o surgimento da agricultura.
Alice Ruiz na sua “carta aberta a Caetano” 1982, nos diz que “A história foi feita pelos homens. E escrita por eles. Aliás, tudo foi escrito, analisado, estudado pelos homens. Inclusive as mulheres. Quer dizer, tudo que se fala e sabe sobre mulher foi dito pelos homens. Pelo menos, até uns poucos anos atrás. Faz muito pouco tempo que as mulheres escrevem.”
Durante muito tempo o homem assume papel de destaque na sociedade, na política, na economia, construído pela premissa de condições físicas e biológicas, a colocando como inferiores o “sexo frágil”. Só a partir do século XIX com os movimentos feministas que a história passa a ser escrita por outras mãos e provando que o fator biológico é derrubado pela determinante da evolução histórica, política e cultural, onde o estudo de gênero quebra a idéia de dominação da mulher pelo homem.
As sociedades foram se transformando com o passar dos anos, a capitalização feminina, o seu empoderamento e a organização de movimentos sociais quebraram a figura frágil e submissa que a mulher representou no decorrer da evolução social, da mulher sendo o ser da casa, o sexo/prazer, uma reprodutora de família, estando por trás do ser masculino e não ao seu lado como exemplo de igualdade/ equidade, passando a ser médica, professora, política. A mulher se insere na sociedade.
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