Trabalho de Geografia Agrária
Por: kelvinsousa1996 • 24/12/2016 • Resenha • 1.010 Palavras (5 Páginas) • 1.550 Visualizações
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Universidade Estadual do Ceará – UECE
Centro de Ciência e Tecnologia – CCT
Curso de Licenciatura em Geografia
Disciplina: Geografia Agrária
Professora: Ms. Camila Dutra dos Santos
Aluno: Rian Kelvin Sousa do Nascimento
FERREIRA, Darlene Aparecida de Oliveira. Geografia Agrária no Brasil: conceituação e periodização. Terra Livre, São Paulo, v.16, p. 39-70, 2001.
Na apresentação a autora fala da relação intrínseca de geografia e espaço, precisando-se de um para compreender o outro, mas que a geografia não é uma ciência estagnada, mas sim um estudo que acompanha as mudanças e desenvolvimentos temporais ocorridos no espaço. Com esses avanços a Geografia surge em uma época onde a agricultura era a economia e o espaço tinha o âmbito rural fazendo-se presente.
Até as décadas de 30 e 40 a geografia era dividida em geografia física e geografia humana, divisões que persistem até os dias atuais, a vantagem da agricultura é que não existia a necessidade de definir um campo de estudo específico.
Segundo Andrade (1987), a agricultura deixa de ser um gênero de vida e passa a ser reconhecida como atividade profissional, na medida que as geografias urbana e econômica se intensificam no início da década de 50.
São apresentados alguns autores que contribuíram para a definição de geografia agrária, o primeiro deles é Léo Waibel (1979) que fala que a geografia agrária é uma denominação dada a disciplina que se preocupa com a diferenciação do espaço da agricultura. Outro autor que trata sobre essa temática é Elio Migliorini (1950) que se preocupa com os complexos de características desde os fisiográficos aos econômicos, ou seja, partindo da fisionomia do espaço para a economia. Já Daniel Faucher ver a geografia agrária como qualitativa, descrevendo os meios e as atividades agrícolas. Ela diferencia-se da agronomia, pois, uma estuda os meios técnicos de produção e a outra as paisagens, o modo de vida e como vive os agricultores que vivem no meio rural, estudando e modelando-se de acordo com a evolução dos modos de produção.
Uma das principais contribuições para a geografia agrária é a de Pierre George (1956) que divide a geografia agrária em 3 eixos; Geografia agrícola (visa a descrição dos eventos agrícolas), Geografia econômica (visa a produção e o transportes dos cultivos) e a Geografia Social (visa o trabalhador rural, seus familiares e a população envolvida com o trabalho na terra).
O autor preocupa-se em definir a geografia econômica e não a agrária, já que a mesma é um ramo da econômica, mas não somente definir como também priorizar os aspectos econômicos que envolvem a produção agrícola.
Orlando Valverde ao tratar dos temas centrais fala que, o que é apresentado como tema central da geografia agrária não são os produtos, mas sim os sistemas agrícolas, não o que foi produzido, mas como foi produzido, quando foi produzido, por quem foi produzido e onde foi produzido.
Em 1930 os geógrafos franceses destacam-se no Brasil por serem os primeiros a ter como objeto de estudo a geografia agrária, Pierre Dênis, Pierre Deffontaines, Pierre Mombeing e Léo Waibel são um dos nomes da geografia francesa que mais contribuíram para os estudos agrários.
Diniz (1984) fala em seu livro Geografia da Agricultura de cinco escolas de estudos geográficos sobre agricultura:
A chamada Geografia da Paisagem Agrária fala sobre o desenvolvimento da geografia científica no início do século XIX até o início do séc. XX. Suas características principais segunda a autora são, ” a compreensão da paisagem agrária como reação do homem ao meio, a associação com a história e a preocupação com as formas do ‘hábitat’ rural. ”
A Geografia Econômica da Agricultura segundo Diniz seria uma corrente dos estudos a respeito das atividades agrícolas, apresentando como características principais, “ a descrição da distribuição de produtos e rebanhos, sua vinculação aos fenômenos do quadro rural e a definição de regiões agrícolas. ”
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