Vidas negras importam. Para quem?

                                 Vidas negras importam. Para quem?

         ‘’Parem de nos matar’’, essa foi a renuncia feita em um protesto, contra a violência policial que ocorreu em Ipanema, no Rio de Janeiro após a morte de um gari comunitário no Vidigal.

         Todos os dias, são noticiados relatos de injustiça e racismo contra os negros, seja ela física ou moral. A luta contra tal crime vem ganhando força há séculos, mas ainda há muito o que se fazer para mudar os ‘’conceitos’’ de certa parte da sociedade.

         O movimento #BlackLivesMatter representa um apelo da sociedade para com os negros e vem ganhando enorme força após a morte de George Floyd, um homem brutalmente assassinado por policiais na cidade de Minneapolis, estado de Minnesota, nos Estados Unidos. Porém, esse movimento não é novo, chegando ao Brasil apenas em 2016, criando, pelo mundo, um grito por justiça.

         No Brasil, uns dos relatos mais frequentes de violência contra os negros é o abuso de poder dos policiais nas favelas, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde os casos, infelizmente, mais ocorrem. Mas, será que todos os negros mortos por policiais são realmente criminosos, como relatam alguns deles, ou são apenas vítimas de um sistema falho? Para responder a essa pergunta, é simples: com dados e números: segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aproximadamente, 75,5% dos homicídios no país são contra negros, apresentando, assim, a maior porcentagem em uma década. 80% dos mortos por policiais no primeiro semestre de 2019, no RJ, eram pardos ou negros segundo o Instituto de Segurança Pública.

         A pobreza e desigualdade social também são fatores cruciais a serem debatidos. De acordo com o IDHM (Instituto de Desenvolvimento Humano Municipal), pessoas brancas ganham 2 vezes mais que as pessoas negras e pardas. “Um instrumento chamado escravidão foi muito cruel e discriminatório, explorou, tirou a riqueza do trabalho do negro para enriquecer o branco. Fomos despossuídos para tornar os brancos possuidores de tudo(...). É inaceitável que os empregos de menor qualidade fiquem com os negros e que os de maiores salários fiquem com os brancos. Quem ganha com isso é o Brasil, brasileiro honesto não quer ser racista”, diz Frei David, fundador e diretor executivo da Educafro.

        Até quando vamos permitir que o sistema falhe com a população pobre e negra? Quem pode mudar esse mal que existe na sociedade? Nós, a população, aprendo a eleger e escolher bem nossos representantes. Só assim

poderemos conquistar um futuro melhor para a população, não só nacional, mas também mundial.