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A AULA PRÁTICA DE CARDIOLOGIA

Por:   •  20/9/2020  •  Abstract  •  8.290 Palavras (34 Páginas)  •  123 Visualizações

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AULA PRÁTICA DE CARDIOLOGIA

TIMI SCORE para SCASSST (até 2: baixo, 3-4:médio, >=5: alto)

  1. Idade > 65 anos
  2. DAC documentada
  3. Mais de 3 fatores de risco
  4. Infra ST >= 0,5mm
  5. Angina recente (< 24horas)
  6. Uso de AAS nos últimos 7 dias
  7. Marcadores de isquemia


AULA PRÁTICA DE NEUROLOGIA

INSPEÇÃO

 Atitude (de pé, sentado ou no leito).    Expressão facial.     Pele e mm.

Movimentos involuntários

CRÂNIO

Forma.    Tamanho.     Simetria.    Proporção craniofacial.

Coluna

            Cifose, lordose, escoliose. Memingocele e mielomeningocele. Spina bífida — presença de hipertricose ou depressão localizada, geralmente em região lombar. Contraturas localizadas. Dor à apalpação ou percussão.

ESTÁTICA

Modo de pesquisar: ficar de pé, os pés juntos e as mãos coladas à coxa, olhos abertos e depois fechados

  • Lesão em cordão posterior – sinal de Romberg. Ao fechar os olhos o paciente oscila e cai sem direção;
  • Lesão em cerebelo – o paciente balança e cai para o lado da lesão. Lesão de vermis: instabilidade de tronco;
  • Lesão vestibular – queda para o lado da lesão após período de latência, relativa lentidão e constância da direção do desvio, se não houver alteração na posição da cabeça.
  • histeria – atitudes bizarras
  • queda para trás – pacientes idosos com lesão vertebrobasilar

Manobras de sensibilização:                

  • um pé um na frente do outro; ficar em um só pé;
  • sentado, braços estendidos - desvio dos membros superiores paralelos e para o mesmo lado indica lesão vestibular. Desvio de só um braço, lesão cerebelar.

Obs.: astasia – impossibilidade de manter-se em pé;

         abasia – impossibilidade de andar.

AMPLITUDE DE MOVIMENTOS

Pesquisa passiva e ativa. Serve para verificar deficiências do sistema osteoarticular e/ou dor à movimentação.

MARCHA

marcha comum.

Manobras de sensibilização: Pé ante pé, primeiramente em marcha normal, depois nas pontas dos pés, e enfim nos calcanhares, andar rapidamente, voltar rapidamente, ir para frente e para trás.

Obs.: Esta última manobra deve ser usada em suspeita de lesão vestibular, havendo formação da “estrela de Babinski”.

Disbasias importantes:

  • helicopode - ceifante ou hemiplégica;
  • pequenos passos – idosos, arterioesclerose;
  • petit-pas – parkinsoniana
  • paraparética (se espástica, em tesoura); doença de Little;
  • escarvante uni e bilateral; neuropatia periférica;
  • atáxica – ebriosa (cerebelar) – talonante (cordão posterior);
  • anserina - ou miopática;
  • mistas – ataxo-espasmódica; sensitivo-cerebelar.

FORÇA MUSCULAR

Observar atrofias, hipertrofias e miofasciculações.

Modo de pesquisar: estudo comparativo.

Membros superiores: preensão, flexão e extensão das mãos, flexão e extensão dos antebraços, abdução dos membros superiores.

Membros inferiores: flexão das coxas sobre a bacia, extensão e flexão das pernas, flexão e extensão dos pés.

Respostas: força muscular conservada; paresia ou plegia (paralisia).

Pode ser conceituada em 100%; 75% se resiste moderadamente ao examinador; 50% se vence a gravidade mas não resiste ao examinador; 25% se não vence a gravidade, e paralisia completa se não há a mínima contração muscular.

Manobras deficitárias:

 

Mingazzini membros superiores: braços estendidos e separados, dedos abertos, olhos fechados — observar a queda das mãos e dos braços, bem como oscilações.

Mingazzini membros inferiores: paciente em decúbito dorsal, flexão das coxas. Respostas: 1 – oscilação e queda progressiva da perna; insuficiência da quadríceps (extensor da perna); 2 – queda isolada da coxa; insuficiência do psoas (flexor da coxa); 3 – queda simultânea da perna e da coxa.

Barré: decúbito ventral, pernas fletidas sobre as coxas. Oscilação e queda indicam insuficiência dos flexores da perna.

Pedalar de Pitres: abaixar e levantar o pé, repetida e rapidamente. Avaliar flexão do pé (ciático popliteo externo).

TÔNUS MUSCULAR

Avaliamos a consistência, extensibilidade e passividade, através da apalpação, rolamento, balanço e movimentação passiva.

Hipotonia: pode ser congênita ou constitucional, ou desenvolver-se por meio de exercícios (bailarinos e acrobatas).

  • Patológica: neuropatias periféricas; lesão cordonal posterior; mielopatias transversas (fase inicial); lesões cereberales; coréia (síndrome neostriada); degeneração muscular progressiva; fase flácida dos AVCs, etc.

Lembrar que na lesão de cordão posterior a hipotonia é global: flacidez, hiperpassividade e hiperextensibilidade. Na cerebelar, predomina a hiperpassividade e na piramial (fase inicial) a hiperextensibilidade.

Hipertonia: pode manifestar-se em várias afecções — rigidez de descerebração, arteriosclerose e estados lacunares, tétano, hidrofobia, intoxicações, meningites, etc — mas os dois principais tipos são: piramidal e extrapiramidal.

A piramidal (espasticidade) tem como características principais:

  • eletiva: é maior em certos grupamentos musculares (flexores em membros superiores extensores e adutores em membros inferiores);

  • elástica: o membro volta à posição inicial; ele cede à força do examinador (sinal do canivete);
  • acompanha-se de hiper-reflexia profunda;

A extrapiramidal (rigidez), indica lesão do sistema nigro-palidal e tem as seguintes características:

  • global generalizada ou universal;

  • plástica: o membro se mantém na posição deixada: cede aos poucos à força do examinador (sinal da roda denteada de Negro);
  • exagero do tônus postural (atitude de estátua).

         Englobamos neste item algumas outras pesquisas, como sinais de irritação meníngea.

  • rigidez da nuca – indica comprometimento meningorradicular. Resistência à flexão passiva da cabeça e até retração por hipertonia dos músculos cervicais posteriores;

  • Sinal de Kerning – paciente em decúbito dorsal, flexão da coxa sobre a bacia, em ângulo reto, e extensão da perna sobre a coxa. Observar resistência, limitação  e dor à manobra;
  • Sinal da nuca de Brudzinzki – flexão da nuca determina flexão involuntária das pernas e coxas;
  • Sinal contralateral da perna de Brudzinzki – a flexão passiva—  e no grau máximo da coxa sobre a bacia e a perna sobre a coxa —  leva a movimento similar de flexão do lado oposto (resposta “idêntica”) ou movimento em extensão (resposta “recíproca”);
  • Sinal de Lasègue – decúbito dorsal, perna em completa extensão, faz-se a flexão da coxa sobre a bacia. A partir de um certo grau, dor no trajeto do ciático. Pode-se fazer também a dorsiflexão do pé e do hálux, com a mesma resposta. A presença do sinal indica processos radiculares lombossacros, hérnia discal L5 e S1, neuralgia ciática, bem como pode aparecer nas leptomeningites, significando comprometimento meníngeo;
  • Sinal de Lhermitte: a flexão brusca do pescoço determina dor em “descarga elétrica” ao longo da coluna, chegando até as extremidades inferiores. Aparece em lesões em nível cervical — hérnias, tumores, aderências meníngeas — bem como em afecções desmielinizanates (esclerose múltipla);
  • Sinal de Patrick: indicado para diagnóstico diferencial com processos articulares de bacia. Faz a flexão da coxa do lado afetado e coloca-se o calcanhar sobre o joelho oposto, pressionando-se para baixo e para fora. No caso de artrite coxo-femural, há limitação e dor à manobra.

 

10.  Como é feito o exame de coordenação?

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