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A CIÊNCIA COMO CONHECIMENTO DERIVADO DOS DADOS DA EXPERIÊNCIA

Por:   •  2/1/2021  •  Artigo  •  983 Palavras (4 Páginas)  •  239 Visualizações

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UNIVERSIDADE

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS

DEPARTAMENTO

PROF. José

Filosofia

2011

INDUTIVISMO: CIÊNCIA COMO CONHECIMENTO DERIVADO DOS DADOS DA EXPERIÊNCIA

1. Uma concepção de senso comum da ciência amplamente aceita

Superado o momento onde o conhecimento era uma dádiva divina e que a lógica religiosa era inquestionável, um dogma, até então dominado por certezas, a possibilidade de questionar  abala a autoridade do papa e toda uma estrutura criada para manter o catolicismo na gestão, ou melhor, em todas as instâncias da vida social, entretanto o crescimento do protestantismo mudava a realidade e questionava a influencia aristotélica.

         O homem passou a ser o centro do universo, antropocentrismo, e o protestantismo abriu a possibilidade de haver uma ruptura com o sistema dominado pelo catolicismo criando uma liberdade na interpretação das idéias. A burguesia conquistou seu espaço e foi responsável por inúmeras transformações transformando a natureza a seu favor para seu benefício alem de financiar as descobertas científicas. A sociedade abandonava então as influencias religiosa e se tornava laica, deixando o terreno fértil para o conhecimento científico que daria grandes passos. A revolução aconteceu também no método científico e diferente da antiguidade o novo modelo, como o de Galileu e Newton, se opôs a explicações teológicas ou a preocupação com o modelo de aristotélico.

2. Indutivismo ingênuo

        Para eles era necessário ver para comprovar, a observação é  o aspecto mais importante da ciência, pois dela nasceria todo o conjunto de  idéias e para isso o observador deveria ser o mais fiel possível  a ciência, ser imparcial e objetivo, ter um olhar distanciado para poder não alterar os dados deturpando, assim, o resultado da pesquisa, seria um “observador não-preconceituoso”.

        Para os indutivistas é possível generalizar desde que inúmeras experiências sejam feitas e comprovar que o resultado se repetirá. As repetições da experiência devem ser submetidas à diferentes condições e o que foi observado não deve entrar em contradição com a “lei universal derivada”. Segundo o autor a indução pode ser  explicada que “se um grande número de experimento foi observado sob uma ampla variedade de condições e apresentam a mesma propriedade, então se poderia generalizar-la”.

3. Raciocínio lógico e dedutivo

        Tendo a seu favor as leis e teorias o cientista poderá explicá-las para tentar prever uma determinada situação. No pensamento dedutivo existe as premissas 1, 2 e a conclusão(3). Se as premissas 1 e 2 são verdadeiras então a conclusão tem que ser verdadeira, pois se as premissas forem verdadeiras e a conclusão falsa haveria uma contradição. Se a premissa 1 generaliza então a conclusão será verdadeira, mas se a premissa 1 apenas diz respeito a um grande número de situações ou características, então a conclusão pode ser falsa e então o argumento não será válido neste ultimo caso.

        O que o autor fala é que a lógica dedutiva não é totalmente confiável, afinal as premissas podem ser verdadeiras e a conclusão ser verdadeira, contudo as primeiras podem não representar de fato a verdade como no exemplo citado pelo autor:

  1. Todos os gatos têm cinco patas.
  2. Bugs Pussy é meu gato.  
  3. Bugs Pussy tem cinco patas.

4.Previsão e explicação no relato indutivista

        Partindo da premissa das leis e teorias, depois as condições iniciais, chegasse a previsões e explicações, ou seja, “depois da observação dos fatos, haveria uma análise para serem comparados e classificados. E só então generalizaria para aplicar nos futuros eventos”.

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