A CONDIÇÃO HUMANA
Por: Arthur Costa • 12/4/2015 • Resenha • 772 Palavras (4 Páginas) • 206 Visualizações
A CONDIÇÃO HUMANA
Capítulo I
- A Vita Activa e a Condição Humana
De início a autora/filósofa – Hannah Arendt – destaca a expressão vita activa “o que os homens fazem”, organizando em três aspectos: labor, trabalho e ação.
O “labor” é processo biológico necessário para a sobrevivência do indivíduo e da espécie humana. A condição do labor é a própria vida.
O “trabalho” é atividade de transformar coisas naturais em coisas artificiais. A condição humana dele é a mundanidade. Destaco que para a autora o trabalho não é a essência do homem. Ele é uma atividade imposta pelo próprio homem, no decorrer dos tempos virou intrínseco do cultural humano.
A ação é a pluralidade humana a condição de existência do homem sobre a Terra, significa dizer, que é a necessidade do homem em viver entre seus semelhantes, sua natureza é eminentemente social. O homem necessita aprendizado para sobreviver, em quaisquer circunstâncias, necessita um intercâmbio de experiências para poder ganhar aprendizados importantes na sua sobrevivência. Essa pluralidade que é a condição em que todos somos os mesmos – humanos – sendo que ninguém é exatamente igual a qualquer outra que tenha existido ou venha a existir.
Sendo o título do livro, a filósofa nos alerta: condição humana não é sinônima de natureza humana. A condição humana significa dizer que as formas de vida são impostas por eles próprios, os homens, para sobreviver. São condições que tendem a suprir a existência do homem. Há variações de acordo com o “bioma” vivido. Como a autora disserta: “Todas as atividades humanas são condicionadas pelo fato de que os homens vivem juntos; mas a ação é a única que não pode sequer ser imaginada fora da sociedade dos homens”.
- A expressão Vita Activa
Esta expressão é cheia de tradição, sendo tão velha quanto à tradição do pensamento político, e discutida por inúmeros pensadores de várias áreas e épocas, inclusive nas contemporâneas. A relação entre Vita Activa e trabalho, ação e labor são diretas. Para os filósofos gregos antigos, para ser homem é necessário se distanciar da vida activa e se aproximar da contemplativa. Com o decorrer dos tempos essa idéia sofreu alteração: a ação mudou, sendo vista como necessária na vida terrena, a reflexão (contemplação) foi trocada pela sorte.
- Eternidade versus Imortalidade
As diferenças foram se acentuando e dividindo em dois princípios: homens de pensamento e os homens de ação; estes foram tomando caminhos distintos. A autora encontrou paralelismo na idéia central desses princípios com o tema Eternidade versus Imortalidade. “Imortalidade significa continuidade no tempo, vida sem morte nesta terra e neste mundo.” Esta imortalidade é translusitada pelos homens através de/dos Deus(es) – isenta de morte e velhice. Já os seres mortais são os mortais, que a história vital identificável desde o nascimento até morte, é proveniente da vida biológica; esta vida individual mortal, quebra com o processo do movimento circular da vida biológica, isto é, modifica uma premissa onde tudo no universo se move em um sentindo cíclico. Existe um paradoxo, já que um homem tem a capacidade de produzir obras, feitos, palavras que mereciam perdurar, e até certo ponto perduram, pela eternidade, fazendo assim feitos imortais, atingindo assim um próprio tipo de imortalidade, demonstrando sua natureza “divina”.
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