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A CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO BRASILEIRO

Por:   •  27/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.023 Palavras (9 Páginas)  •  1.089 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

CAMPUS APARECIDA DE GOIÂNIA

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DISCIPLINA: SOCIOLOGIA

A CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO

BRASILEIRO

Amanda Braga, João Paulo Escobar, Eduardo Gouveia, Reidiner

Sousa, Pedro Oliveira, Mateus Batista.

PROFESSOR: Dra. Rosane Castilho

APARECIDA DE GOIÂNIA – BRASIL - 2015

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1. ORIGENS DO PENSAMENTO SOCIAL BRASILEIRO

Após 1870 o Brasil começava a sentir os efeitos da Segunda Revolução Industrial, que

alterava fundamentalmente os rumos do capitalismo pelo mundo. Não diferente, o Brasil também

estava inserido nessas mudanças: a vida urbana estruturava-se rapidamente em decorrência do

crescimento populacional e a econômia estava aquecida devido a expansão da produção cafeeira.

Esse conjunto de mudanças no cenário mundial, que caracterizava a nova fase do

capitalismo, gerou impactos em todos os setores, incluindo o intelectual. Escritores como Joaquim

Nabuco, Rui Barbosa, Machado de Assis, Castro Alves e Aluísio de Azevedo, registraram as

critícas da organização social e as marcas de identidade da sociedade em suas obras.

O pensamento social brasileiro começa a surguir e se sistematizar para que a

Sociologia pudesse se densenvolver no século XX. Mesmo sob influência estrangeira a literatura

sobre a sociologia brasileira começa a ser criada. Silvio Romero teve sua obra inspirada pelo

positivismo organicista de Spencer e Paulo Egídio de Oliveira Carvalho foi um fundamentalista

de Durkheim.

Com a modernização, mudanças significativas aconteçeram, o partido Republicano,

sob infuência positivista, radicalizou-se na luta pelo fim da monarquia, constituiu-se a classe

burguesa, o fortalecimento do comércio, a intensificação da atividade econômica e em

decorrência a expansão do capitalismo.

Com a Primeira Guerra Mundial houve um acúmulo de capital no Brasil, a burguesia

viu-se fortalecida economica e politicamente começando a pensar em nação. As idéias de

modernização nacional e o protecionismo em relação a embrionária produção industrial brasileira

culminou no chamado pensamento nacionalista burguês que espelhavam necessidades que se

tornavam urgentes: conhecer a nação e seu povo e criar as bases efetivas de um identidade cultural

nacional.

Em suma, a análise sociológica, estudos históricos e literários voltados a problemática

nacional configuram o quadro que deu origem à reflexão sociológica no Brasil. Aqui sociologia

busca respostas para as demandas criadas pela expansão do capitalismo interno ou como alguns

chamam: pelo processo de modernização.

2. O ADVENTO DA SOCIOLOGIA NO BRASIL

A entrada da Sociologia no Brasil muda totalmente à forma de se pensar, ensinar,

transformando assim cada indivíduo da sociedade nacionalista, se preocupando com a sua nação e

seu desenvolvimento. Depois de passar por tantas mudanças, a Sociologia entrara aqui com o

objetivo de preparar indivíduos para um novo “quebra-cabeça” sociológico.

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Como consequência da reforma de ensino brasileiro, promovida em 1925 pelo médico

Juvenil da Rocha Vaz, a disciplina de Sociologia passou a ser uma das cadeiras da formação

clássica, havia chegado, portanto, ao que hoje consiste no ensino médio brasileiro. O próximo

passo foi a formação universitária de pesquisadores e professores, mas ainda estava por ser dado.

A formação de pesquisadores da Sociologia só aconteceu iniciando um trabalho de

formação e reflexão sistematizada sobre a problemática das relações sociais, no decorrer da

década de 30, com a fundação de dois centros de estudos universitários em São Paulo e um no Rio

de Janeiro: a Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo, em 1933; a Faculdade de

Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, em 1934; e a Faculdade de Filosofia,

Ciências e Letras do Distrito Federal, em 1935.

A Revolução de 1930 levou para o exercício do poder, por meio de Getúlio Vargas,

uma concepção burguesa de sociedade que representava o coroamento do processo político que

vinha se desenvolvendo no país desde 1870. O golpe de Estado efetivado pelo próprio Vargas, em

1937, significou a realização das necessidades de centralização e fortalecimento do poder político

nas mãos do Executivo, para que se acelerasse a implementação das políticas necessárias ao

aprofundamento da modernização capitalista do país. Esse foi o quadro conjuntural que envolveu

a fundação dos primeiros cursos superiores voltados para a formação de pesquisadores e

professores na área sociológica.

Nos atos de fundação das duas primeiras escolas

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