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A CONTRIBUIÇÃO DA ANTROPOLOGIA PARA O ESTUDO DAS QUESTÕES SOCIAIS.

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Por:   •  8/9/2014  •  1.584 Palavras (7 Páginas)  •  405 Visualizações

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VISÃO SOCIAL

Quarto de Despejo – diário de uma favelada (JESUS, C. M. de, São Paulo: Ática, 1993).

A pobreza, a miséria, o preconceito, a humilhação, o descaso, a invisibilidade social são fatos constantes e corriqueiros no dia a dia das favelas. Pessoas acostumadas com a fome, com o desprezo, com a violência, com a falta de oportunidades, com a morte. Este livro revela situações reais vividas e presenciadas pela autora, para as quais a sociedade e o poder público insistem em ignorá-las. São como úlceras abertas no meio das grandes e lindas cidades, lembradas apenas por grandes tragédias em notícias de jornais ou em épocas de eleições, para eleger políticos corruptos e perversos, que enganam o povo com promessas vazias e mentirosas, voltando a esquecê-los em seguida, como se não existissem.

O Serviço Social e a Pobreza.

Desde a sua origem, sempre estiveram de mãos dadas. No início com práticas assistencialistas, benemerentes, patrimonialistas, porém com o passar do tempo, foi se aperfeiçoando, se reinventando até chegar a este patamar, de pesquisas, projetos e garantia de direitos aos indivíduos. Muitos são os fatores que contribuem para que o pobre permaneça pobre, entre eles estão a exploração de uma minoria sobre uma grande massa populacional, que não possui ferramentas para sair do lugar onde estão fixados na sociedade. A pobreza em si, não se caracteriza apenas pela ausência de bens materiais, mas também, pela carência de possibilidades, de informação e de direitos. Quanto maior o nível de informação do Assistente Social, em relação a miséria e as questões sociais provocadas pelas desigualdades sociais, melhor será sua atuação na intervenção das causas e dos conflitos que atingem esta grande parcela da sociedade. Afinal, este é um dos maiores desafios do Serviço Social, a implementação e o cumprimento de políticas e serviços que traga melhor qualidade de vida e dignidade ao ser humano, independente de sua cor, raça, religião ou situação financeira.

Serviço Social nas ONGs no campo da saúde.

A atuação do Serviço Social dentro das ONGs no Brasil, passa pelo dilema da alienação e de algumas determinações sociais, pois, ao mesmo tempo em que o Assistente Social identifica a necessidade de atuar junto as causas e garantir os direitos dos trabalhadores, sente-se pressionado a atender aos interesses mercantilistas e de Estado que na maioria das vezes, estão inseridos dentro dessas organizações, visto que, são trabalhadores assalariados que precisam vender sua força de trabalho ao governo e aos empresários. Desde o início de sua implantação até os dias atuais, as ONGs passaram por várias mudanças. No início, tinham maior proximidade com os trabalhadores e maior independência de atuação no âmbito social, hoje, o patrocínio recebido do governo e de empresários, gera um comprometimento dessas entidades, para com as partes acima mencionadas. É comum presenciarmos nos movimentos organizados pelas ONGs na televisão e em outros meios de comunicação, a divulgação de marcas e promoções mercantilistas.

Apesar dos avanços ocorridos no Brasil no âmbito social, muitos são os problemas sociais enfrentados pelos brasileiros como desemprego, violência, problemas ambientais, dificuldade de acesso à saúde, a educação, déficit de habitação, enfim. Quem possui condições financeiras opta pelos planos de saúde, escolas particulares e procura se proteger como pode da violência e da criminalidade. No entanto, a grande maioria da população, não tendo condições para adquirir esses serviços, que pesam no bolso do trabalhador, fica a mercê do Estado e sofrem as consequências de um Estado inoperante e incapaz de oferecer os serviços que o povo precisa.

Crianças e Adolescentes dependentes químicos e em situação de risco residentes em favela.

O uso de drogas entre crianças e adolescentes é cada vez mais comum e mais precoce em nosso país, e o perfil socioeconômico e cultural dessas famílias é sempre muito parecido. São famílias pobres, residentes em áreas de risco, vivendo em condições sub-humanas, com baixo nível de escolaridade, onde geralmente predomina a violência e os maus tratos, percebemos também, na maioria dos casos, a ausência paterna, por abandono ou até por morte em decorrência das drogas.

Observamos que ocorre frequentemente a reprodução dos fatos dentro das famílias e a degeneração cada vez maior da nossa sociedade, onde o Estado se sente cada vez mais impotente em suas ações e a sociedade carente de um olhar mais humano e igualitário, isso mostra o cenário da desigualdade social que cresce assustadoramente em nosso meio social.

Diante disso a ciência antropológica contribui de maneira significativa para a atuação do profissional da assistência social, para o esclarecimento das indagações do ser humano e suas questões interiores, através dos dados obtidos com pesquisas de campo, em conjunto com outras ciências que também buscam compreender as diversidades socioculturais da humanidade.

Todas essas ferramentas são necessárias e relevantes para garantir um atendimento integral a essas demandas, onde os assistentes sociais usam base teórica para fazer uma leitura crítica das realidades e suas diversidades culturais, garantindo assim uma intervenção bem sucedida. Nesse momento o assistente social deve atuar junto a uma equipe multidisciplinar para intervir nessa questão social, usando as ferramentas como: visita domiciliar, fazer avaliação do caso através do estudo da família, e direcionando para os centros de referências de assistência social (CRAS) que vão garantir a inserção desse menor em projetos e programas de profissionalização ajudando a diminuir a ociosidade, que funciona como tratamento terapêutico garantindo assim, uma melhor autonomia e minimizando os danos causados pelos entorpecentes e reestruturando o ambiente familiar.

Droga é a maior causa de abandono de crianças

SÃO PAULO — Pelo menos 46 mil crianças e adolescentes vivem hoje em abrigos no Brasil. Nos últimos dois anos, a cada dia 38 meninas e meninos de até 15 anos de idade foram vítimas de abandono ou negligência, segundo dados do Mapa da Violência 2014 — Crianças e Adolescentes, antecipados ao GLOBO, que reúne notificações da rede de saúde. Ao mesmo tempo em que pratica regras mais rígidas e evita separar pais e filhos, o país perde a guerra contra os efeitos devastadores do crack nas famílias. Segundo pesquisa do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), mais de 80% dos encaminhamentos de crianças e adolescentes a abrigos

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