A Cada Ano de Vida
Por: tairi • 28/3/2017 • Artigo • 3.298 Palavras (14 Páginas) • 497 Visualizações
INTRODUÇÃO
A cada ano, no mundo, ocorrem 120 milhões de gravidezes e mais de meio milhão de mulheres morrem devido a complicações durante o período gestacional. Para que seja reduzida a mortalidade materna, é necessário um atendimento de qualidade no pré-natal, pois o auxilio a este é um direito e também um dos trabalhos envolvidos na melhoria da saúde gestacional da mulher, dando assistência a Mãe, Filho e Família.
Com base nos dados obtidos pelo Ministério da Saúde (MS), em 2002 , no Brasil a mortalidade materna foi de 50,3 por cem mil nascidos vivos . Sendo que o maior índice foi da região Nordeste com 60,8, seguida da região Centro-Oeste com 60,3, região Sul com 56,6, e Nordeste com 53,2; o índice mais baixo foi encontrado na região Sudeste com 45,9.
Devido ao aumento do índice de mortalidade materna o Ministério da Saúde instituiu em suas bases programáticas o Programa de Assistência Integral á Saúde da Mulher (PAISM), que propôs uma visão ampla com ênfase no atendimento á saúde gestacional das mulheres. Logo após, o MS instituiu , em junho de 2000, o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN) no qual o respeito aos direitos reprodutivos e a perspectiva da humanização aparecem como elementos estruturadores no âmbito da atenção integral, visando a diminuição da mortalidade materna e buscando o aperfeiçoamento na assistência do serviço e o controle do pré-natal ,parto e puerpério.
O acompanhamento pré- natal deve ser iniciado o mais precocemente possível .A assistência pré-natal consiste de consultas mensais até a 28ªsemana, quinzenais até a 36ªsemana e semanais até iniciar o trabalho de parto ou ser alcançado o período de risco para pós-maturidade, em torno da 42ªsemanas.
A ausência de acompanhamento pré-natal está associada á mortalidade perinatal cinco vezes superior aquela encontrada nas pacientes com atendimento regular. Pizzani (2008)
De acordo com a lei do Exercício Profissional da Enfermagem, o pré-natal de baixo risco pode ser acompanhado integralmente pela enfermeira(o), esse possui conhecimentos específicos e essenciais na humanização e respaldo legal para prestar assistência ao pré- natal , pois tem embasamento teórico- cientifico, com proficiência nas habilidades necessárias ao atendimento e acompanhamento de gravidezes e nascimentos normais e período pós-parto imediato.
Questiona-se assim , qual o papel do enfermeiro no pré-natal diante dessa realidade? E por isso será ressaltado o papel deste profissional na assistência pré-natal á gestante .
- Estudo do estado da arte:
Para Hungler (2004) a revisão de literatura proporciona aos leitores, os antecedentes dos fatos citados para a compreensão do conhecimento atual sobre o tema apresentado em questão e esclarecer a importancia do novo estudo.
O instrumento de coleta de dados da observação sistemática, deste trabalho, foi construído com base em documentos que traduzem os padrões baseados em evidência científica na prática de assistência ao pré-natal e o papel que desempenha o enfermeiro ,como segue: Competências essenciais para o exercício básico da obstetrícia (ICM); Assistência Pré-Natal(2000) – Manual Técnico do MS.
O site utilizado para pesquisa de artigos foi Bireme; as bases de dados foram Literatura Latino-Americana e Scientific Eletronic Library Online(Scielo), com os descritores “enfermeiro e assistência pré-natal” ,incluindo todas as revistas disponíveis nesses bancos de dado
OBJETIVOS:
2.1 Objetivo geral- estudar o papel do enfermeiro no pré-natal, destacando a importância da assistência de enfermagem no pré-natal, parto e puerpério .
2.2 Objetivo específico- trata-se de uma revisão integrativa sobre o papel do enfermeiro na assistência ao pré-na1.1 Estudo do estado da arte:
tal. Tendo como questão norteadora, qual a produção científica nos últimos cinco anos acerca do enfermeiro e o seu exercício da profissão frente ao pré-natal .
PALAVRAS-CHAVES: “enfermagem”, “pré-natal”, “assistência ao pré-natal”.
REVISÃO LITERÁRIA
A revisão literária desenvolvida neste trabalho foi a qualitativa indireta, feita através de pesquisa bibliográficas, para compreender o papel desempenhado do enfermeiro na assistência a saúde da mulher no ciclo gravídico - puerperal .
Em 1983 foi introduzido pelo ministério da saúde (MS), o programa de assistência integral á saúde da mulher (PAISM) que foi, um novo programa para atenção a saúde da mulher no serviço publico; na 8ª conferencia que estaria garantido por lei o direito da saúde . Apesar da assistência pré-natal estar presente nas ações pelos serviços de saúde, até agora existe questões a serem discutidas ,como o acesso em algumas regiões .
O Ministério da Saúde, por meio do PAISM, normatizou procedimentos e condutas a ser realizada em toda consulta pré-natal, pelos profissionais de saúde que prestam assistência á gestante, destaca-se a importancia do papel do enfermeiro ,ele tem que captar a gestante na comunidade, fazer os controles periódicos ,contínuos ,garantir as consultas, bem como fazer palestras educativas, ter um espaço físico adequado para receber essa gestante , ter equipamento e instrumentos mínimos ,oferecer medicamentos básicos e apoio laboratoria .
O enfermeiro deve diagnosticar a gravidez, amenorréia ou falta de menstruação, enjôos e vômitos, fadiga ou sonolência,micções mais freqüentes (polaciúria), sialorréia (aumento de salivação), mamas aumentadas e doloridas, etc. Tem que ser feito o diagnóstico clínico;
1) Alterações mamárias (rede venosa, tubérculos de Montgomery – glândulas sebácea da aréola; saída de colostro pelo mamilo, coloração violácea vulvar – sinal de Jacquemier; Cianose vaginal e cervica. )
Modificação do volume e consistência uterina.
2) Sinal de Piskacek: sensação tátil de abaulamento e amolecimento no local de implantação.
3) Sinal de Hegar: Útero com consistência cística, elástico, principalmente no ístimo.
4) b-HCG: Positivo no soro materno após 8 à 9 dias da fecundação
Certeza
1) Ausculta dos BCFs (10a. semana – Sonar Doppler, ou 20a. semana – estetoscópio de Pinard).
2) Percepção dos movimentos fetais (18a. - 19a. semana)
3) Percepção da vitalidade fetal ( 5a. - 6a. semana por ecografia obstétrica).
4) Palpação de segmentos fetais através das manobras palpatórias de Leopold
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