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A Cognição Social

Por:   •  6/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.504 Palavras (11 Páginas)  •  476 Visualizações

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Sumário

O presente relatório enquandra-se na unidade curricular de Psicologia Social inserida no plano curricular da licenciatura em Sociologia, ministrada na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

No contexto de trabalho a que se refere este relatório foi analisado o filme “Qu'est-ce qu'on a fait au Bon Dieu?” (Que mal fiz eu a Deus?), uma comédia francesa de Philippe de Chauveron.

Numa primeira fase está presente a sinopse do filme, seguida de uma breve caracterização dos protagonistas e antagonistas.

Posteriormente é identificado o conflito central, terminando na aproximação entre algumas cenas e os pontos referentes do programa.

No final é apresentada uma reflexão crítica, dividida por aprendizagens e dificuldades.


Índice

Sumário        ii

Introdução        4

Sinopse:        5

Caracterização das personagens        6

Conflito central        8

Identificação de cenas e leitura dessas  cenas com quadros teóricos  relacionados com o programa        10

Pontos teóricos centrais        12

Conclusão        14

Bibliografia        15


Introdução

Neste trabalho pretende dar-se conta de uma análise centrada no campo da Cognição Social  e que procura contribuir para uma compreensão mais aprofundada sobre os processos de exclusão das minorias etnicas, através da análise de um filme.

A Cognição Social surge como um conjunto de processos mentais inerentes ao conhecimento que nos capacitam de intrepertar o mundo social através da perceção, memória, consciência, atenção ou até mesmo imaginação.

Na primeira parte do documento enunciaremos uma breve sinopse do filme, passando pela análise das principais personagens, bem como do conflito central . Posteriormente passaremos à identificação de algumas cenas, que ilustram temas como o racismo e o preconceito. Será ainda feita uma breve análise estética e contextual do filme Por fim, serão apresentadas as conclusões do estudo, assim como as principais referências bibliográficas.


“Que mal fiz eu Deus” de Philippe de Chauveron

Sinopse:

No filme é nos apresentado um casal francês tradicional, Claude e Marie Verneuil, que representa a típica família católica da classe média alta, com quatro filhas - Isabelle, Odile e Ségoléne e Laure. O desejo deste casal é que as suas filhas constituam família com alguém que encaixe nos seus ideais conservadores. No entanto, esse desejo não se concretiza, uma vez que, até a filha mais nova, que era a esperança de ainda agregar à família um membro proveniente de uma descendência católica de boa índole e com poder monetário, acaba por casar com um homem que, apesar de seguir os preceitos do cristianismo, é de cor negra. Assim, este casal vê-se resignado a aceitar os seus quatro genros que apresentam discrepâncias evidentes- um é árabe, o outro judeu, o terceiro chinês, e o último é negro.

Ainda assim, até que se gere um clima de proximidade entre todos os elementos da família os Vernueil e convidados estão sujeitos a diversas peripécias. É aquando da intenção partilhada tanto pelo pai da noiva, como pelo pai do noivo, no que concerna ao casamento de Laure, que estes se unem para boicotar o casamento, originando finalmente um clima familiar.

Uma comédia sobre preconceitos e expectativas sociais, escrita e realizada por Philippe de Chauveron. (2014)


Caracterização das personagens

        Ao longo do filme torna-se notória a capacidade, presente em todas as personagens, de desenvolver pensamentos estereotipados sobre as restantes.

  • Claude Verneuil (Patriarca da família): francês tradicional e católico, clamava apoiar-se em ideais republicanos e gaullistas. Denota um caráter presunçoso, sendo capaz de subjugar qualquer etnia que não a sua. Vive com uma mágoa e vergonha incessantes pelo facto dos seus genros serem todos de etnias diferentes.
  • Marie Verneuil (Matriarca da família): ainda que mais esforçada que o marido por aceitar a dinâmica familiar, acaba a seguir as suas vontades. Catolicamente tradicional, demonstra uma fragilidade intelectual.
  • Isabelle Verneuil (1ª filha a casar):segue a linha de pensamento das irmãs, não lhe sendo conhecida nenhuma profissão.
  • Rachid Benassem (marido árabe): o primeiro genro a entrar para a família, transportando e honrando os costumes e tradições mçulmanos. É um advogado sem grande sucesso.
  • Odile Verneuil (2ª filha a casar): identificada como muito inteligente, pelo pai, assume um papel semelhante ao das suas irmãs, não tendo profissão identificada também.
  • David Bénichou (marido judeu): é o segundo genro a integrar a família, impondo os seus ideais judaicos. Pensa ter aptidão para os negócios, mas não consegue arranjar financiamento para os seus projetos.
  • Ségoléne Verneuil (3ª filha a casar): pintora e mãe de gémeas, é identificada como a personagem mais sensível.
  • Chao Ling (marido chinês): é o terceiro genro e traz consigo práticas chinesas para partilhar. É detentor de um banco de investimentos, sendo o que se encontra em melhor situação profissioal.
  • Laure Verneuil (última filha a casar): a mais irreverente das quatro filhas, faz vingar o seu ponto de vista.
  • Charles Koffi (marido negro):bem disposto e alegre, seguindo os preceitos católicos, é um comediante costa- marfinense que reside em França.
  • André Koffi (pai do noivo): assume um caráter muito semelhante ao do pai da noiva, mas dirigindo o seu precoceito para com os indivíduos de raça ariana (especialmente os franceses). É prepotente e austéro, demarcando o papel de chefe de família.
  • Madeleine Koffi (mãe do noivo): tem como prioridade o bem estar dos filhos, negligenciando, por vezes, as vontades do marido, sendo capaz de o chamar à razão quando necessário.
  • Viviane Koffi (irmã do noivo): jovial e alegre, anseia disfrutar das maravilhas parisienses.
  • O padre: personagem tipo que surge como meio de caricaturar a Igreja Católica.

Conflito central

O conflito central do filme, foca-se em torno dos estereótipos, preconceitos e ideias pré-concebidas que servem como obstáculo ao casal Vernoill (católico e conservador) para aceitarem os seus genros de diferentes etnias, religiões e culturas, recém-chegados ao núcleo familiar: um muçulmano, um judeu e um chinês. A história expõe a realidade francesa, uma sociedade diversificada e marcada pela predominância dos imigrantes, constatando-se numa determinada cena do filme em que de Claude que afirma “dei três das minhas quatro filhas a descendentes de emigrantes” para justificar que não era racista.

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