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A Cultura do novo capitalismo

Por:   •  14/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  664 Palavras (3 Páginas)  •  263 Visualizações

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Centro Universitário Autônomo do Brasil

Escola de Comunicação

Curso de Design

Disciplina de Antropologia

Professora: Luciene Pazinato

Nome: Juliana Colucci Lucinda

Data: 16/03/18

1Introdução

        Neste trabalho, será falado sobre a vida e obra de Marshal Sahlins. Contendo também um resumo do capítulo 4 “La pensée bourgeoise- a sociedade ocidental enquanto cultura” do livro “Cultura e Razão Prática”, onde neste capítulo o autor discute o sistema econômico ocidental, contrapondo o utilitarismo. Fazendo assim uma discussão antropológica, entre cultura e utilitarismo.

2 Desenvolvimento

2.1         Marshal David Sahlins é antropólogo dos Estados Unidos. Nasceu em Chicago no ano de 1930. Recebeu título de bacharel e de mestre pela Universidade de Michigan, onde foi influenciado por Leslie White. Conquistou o PhD na Universidade de Colúmbia em 1954, onde foi influenciado por Karl Polanyi e Julian Steward. Sahlins lecionou na Universidade de Michigan, onde em 1960 começou sua atividade política, incluindo um movimento contra a Guerra do Vietnã. No final da década de 1960, ficou dois anos em Paris, onde sofreu influencias da vida intelectual francesa, principalmente de Claude Lévi-Strauss. Participou dos protestos estudantis de maio de 1968. Em 1973 transferiu-se para a Universidade de Chicago, hoje é professor emérito.         Completa 87 anos em 2018. Sahlins teve em torno de 15 livros e 2 artigos publicados. Dentre eles “Cultura e Razão Prática” – 1976; “Cultura na Prática” – 2000; “Entre evolução e cultura” – 1960.

2.2         No capítulo 4, Sahlins traça um diálogo com Marx, falando que tanto o materialismo histórico quanto a economia burguesa, tratam a produção como determinada por uma razão prática ou utilitarista, por “satisfação de necessidades” (p. 166). Continua dizendo que para o consumidor o apelo do produto está em sua pretensa superioridade funcional em relação a outros produtos, como marca, estilo, o nosso famoso “status”. Isso seria a causa para as principais relações de classes e políticas, geradas por essa busca de felicidade material. O autor continua dizendo, que isto não ocorre somente com objetos, mas também com as relações, “os homens nunca se reproduzem como seres biológicos em um universo de necessidade física” (p.168), e que sem o consumo o objeto não se completa. Dessa maneira o valor do bem não por der mensurado por seu nível de desejo ou necessidades. A produção de bens é uma interação cultural. Um outro exemplo citado por Sahlins é o habito cultural de cães e gatos serem membros da família e não alimentação, mesmo que esse seja mais barato e fácil de procriação.

        Sahlins deixa claro como tudo é determinado pela oposição, um exemplo é o vestuário, o preço da calça é determinado pelo preço da saia e vice e versa. E como há uma separação para roupa feminina e masculina, e o autor afirma que tudo isso é um sistema simbólico que a natureza do objeto tem capacidade de satisfazer uma necessidade material.

3 Conclusão

        Após tudo isso ser dito por Sahlins, vemos que sua intenção é que olhemos com estranhamento para o comportamento da nossa sociedade burguesa e nos mostra que não é só racionalidade econômica, mas também o simbolismo que define esse sistema, e como o código cultural governa a “utilidade”. “A demarcação de correspondências correras entre o perceptivo e o significativo mostraria não a delimitação da cultura pela natureza, mas a apropriação da natureza pela cultura” (p. 198).

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