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A Células Tronco

Por:   •  15/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.507 Palavras (7 Páginas)  •  231 Visualizações

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ESCOLA TÉCNICA MONTEIRO LOBATO - CIMOL

CURSO TÉCNICO DE INFORMÁTICA

GUILHERME SAGAZ PEREITA

CÉLULAS TRONCO

TAQUARA

2017

Introdução

No século XXI discutimos o que fazer com o estágio do nosso conhecimento

científico e os poderes conferidos por nossa tecnologia. Os benefícios e os malefícios,

quanto à utilização de células-tronco de pré-embriões produzidos mediante

reprodução assistida, seja pela fertilização in vitro, ou com as técnicas de clonagem

(clonagem terapêutica), passa inevitavelmente pela definição que quisermos atribuir

a um conjunto de células o respeito devido à vida. A retirada de células-tronco produz

a morte desse "conjunto de células", aí é que está a polêmica.

O princípio da responsabilidade como freio às novas possibilidades

tecnológicas, relativas à genética e a embriologia, indica a preocupação social aos

processos de desenvolvimento da matéria humana, incluindo o poder de

transformação da nossa própria espécie.

Com as evoluções científicas para a cura de várias doenças, como por exemplo

a possibilidade de usar as células-tronco com fins terapêuticos, tem a necessidade de

uma reflexão ética que acompanhe as investigações científicas, suas aplicações e

resultados.

O que é célula-tronco?

Célula-tronco é aquela “com capacidade de auto renovação

ilimitada/prolongada, capaz de produzir, pelo menos, um tipo de célula altamente

diferenciada, ou seja, a que tem a capacidade de se dividir em células idênticas a ela

ou em diferentes tipos de células” (Pereira, 2002, p.65).

As células-tronco embrionárias são aquelas que primeiro se formam no

organismo e que dão origem a todas as demais células e aos tecidos do corpo

humano. O embrião humano, até a fase de mórula (terceiro dia de desenvolvimento),

é composto de células totipotentes, isto é, cada uma pode gerar um novo embrião.

Retiradas da massa celular interna de blastocistos(quinto dia de desenvolvimento), as

células-tronco embrionárias não geram novo embrião, mas formam qualquer tipo de

tecido, isto é, são pluripotentes. É necessário desfazer o embrião a fim de retirar as

células. Existem também células-tronco de tecidos adultos. As células-tronco adultas

podem ser isoladas de tecidos do próprio paciente, eliminando o problema da rejeição

em caso de transplante, e o problema da destruição de embriões

As células-tronco embrionárias são extraídas dos embriões e elas podem se

transformar em qualquer outra célula. As células-tronco adultas são mais limitadas,

podendo apenas gerar tecidos específicos.

No Brasil, o uso do embrião humano foi regulamentado pela Lei de

Biossegurança (Lei11.105), de 24 de março de 2005, que diz:

Art. 5º

É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco

embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro

e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes

condições: I – sejam embriões inviáveis; ou

II – sejam embriões congelados há 3 (três) anos ou mais, na data da

publicação desta Lei, ou que, já congelados na data da publicação desta Lei,

depois de completarem 3 (três) anos, contados a partir da data de

congelamento.

§ 1oEm qualquer caso, é necessário o consentimento dos genitores.

§ 2oInstituições de pesquisa e serviços de saúde que realizem pesquisa ou

terapia com células-tronco embrionárias humanas deverão submeter seus

projetos à apreciação e aprovação dos respectivos comitês de ética em

pesquisa.

Art. 6º

Fica proibido:

[...]

IV – clonagem humana;

Essas pesquisas poderão propor novas opções terapêuticas para várias

doenças. No entanto ocorrem muitos debates éticos acerca da obtenção desse

material biológico e a aplicabilidade clínica dessas novas modalidades terapêuticas

ainda está muito distante para a maioria das doenças.

Quando começa a vida?

As polêmicas e os debates do âmbito religioso, ético-científico, que envolvem

o uso das células-tronco embrionárias, partem do pressuposto que para extração

dessas células é necessário a total destruição do embrião.

Dessa maneira, a necessidade de “conhecer” o início da vida é essencial para

a condenação da extração ou não das células embrionárias.

Para a religião, a vida nasce a partir da fecundação, ou seja, da fusão genética

do

...

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