A ELABORAÇÃO DE UM DIAGNÓSTICO A PROBLEMÁTICA SOCIAL LOCAL/REGIONAL E A IMPORTÂNCIA DOS INDICADORES SOCIAIS.

1 INTRODUÇÃO

No Brasil, o tema “indicadores sociais”, configura-se em uma discussão recente, porém, torna-se cada vez mais evidente a sua importância para o processo de gestão. A utilização de indicadores sociais apresenta-se imprescindível, são estatísticas que, por meio de pesquisas, obtém dados abstratos de certa sociedade, região ou país. Como nível de alfabetização, renda per capita, desigualdade, violência, etc..

Os Indicadores Sociais são estatísticos sobre os aspectos da vida de uma nação que em conjunto retratam o estado social dessa nação e permitem conhecer o seu nível de desenvolvimento social. Os Indicadores constituem um sistema, isto é, para que tenham sentido é preciso que sejam vistos como elementos de um mesmo conjunto. A escolha dos aspectos que retratam o estado social de uma nação é uma tarefa difícil, pois isto depende de acordo entre o governo, políticos em geral e a sociedade organizada sobre os critérios mais importantes para se fizer esta escolha.

A importância dos Indicadores Sociais para o profissional de Serviço Social é que este profissional consiga problematizar o objetivo proposto, onde podem ser selecionados alguns procedimentos e instrumentos considerados adequados para o desenvolvimento do trabalho no serviço social. Onde pode ser desenvolvidas pesquisas de campo através de mediações entre a realidade empírica e a pesquisa bibliográfica.

Neste trabalho iremos apresentar informações sobre a cidade de Salto da Divisa – MG e sua região, explanando importância dos indicadores sociais para a construção das políticas sociais, com enfoque na POLITICA DA EDUCAÇÃO, fazendo assim análise dos dados.

2 DESENVOLVIMENTO

A mesorregião do Jequitinhonha ou vale do Jequitinhonha é uma das doze mesorregiões do estado brasileiro de Minas Gerais.

É formada pela união de 80 municípios agrupados em cinco microrregiões. Microrregiões que são Almenara, Araçuaí, Capelinha, Diamantina e Pedra Azul. Dividindo-se então em Microrregião de Almenara: Almenara, Bandeira, Divinópolis, Felisburgo, Jacinto, Jequitinhonha, Joaíma, Jordânia, Mata Verde, Monte Formoso, Palmópolis, Rio do Prado, Rubim, Salto da Divisa, Santa Maria do Salto, Santo Antônio do Jacinto. Microrregião Araçuaí: Araçuaí, Caraí, Coronel Murta, Itinga, Novo Cruzeiro, Padre Paraíso, Ponto dos Volantes, Virgem da Lapa. Microrregião de Capelinha: Angelândia, Aricanduva, Berilo, Capelinha, Carbonita, Chapada do Norte, Francisco Badaró, Itamarandiba, Jenipapo de Minas, José Gonçalves de Minas, Leme do Prado, Minas Nova, Turmalina, Veredinha. Microrregião Diamantina: Couto de Magalhães de Minas, Diamantina, Felício dos Santos, Gouveia, Presidente Kubitschek, São Gonçalo do Rio Preto, Senador Modestino Gonçalves. Microrregião de Pedra Azul: Cachoeira de Pajeú, Comercinho, Itaobim, Medina, Pedra Azul.

A área ocupada por 80 municípios é de cerca de 85 mil km² e nela vivem mais de 1 milhão de pessoas, a grande maioria em nas áreas rurais.

O Vale do Jequitinhonha está situado no norte do estado. É uma região amplamente conhecida devido aos seus baixos indicadores sociais e também ao norte é conhecida por ter características do sertão nordestino. Por outro lado, é detentora de exuberante beleza natural e de riqueza cultural, com traços sobreviventes da cultura indígena e da cultura negra.

Segundo o Censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o município de Salto da Divisa – Mg possui uma área territorial de 937,924 km² população residente de 6.859 pessoas. O município de Salto da Divisa, situado no Vale do Rio Jequitinhonha é uma região de pouco desenvolvimento econômico e grandes desigualdades sociais.

A cidade segundo o IBGE possui 1.980 domicílios permanentes, sendo eles 371 zona rural e 1.609 urbano, o que significa que grande parte a economia de Salto da Divisa é a partir da agricultura ou pecuária.

Segundo o censo demográfico de 2010, encontra-se em Salto da Divisa, 3,8% de pessoas de 15 a 24 anos que não sabem ler e escrever, 15,1% de pessoas de 25 anos a 39 anos que não sabem ler e escrever, 31, 6% de 40 a 59 anos de pessoas que não sabem ler e escrever, e 63, 8% de 60 anos ou mais que não sabem ler e escrever. Tal situação nos mostra uma preocupação maior para a população idosa, que nos revelou alta taxa no índice que não bem ler e escrever, o que deve buscar políticas públicas que atinja alvo em população que é de grande relevância para qualquer município.

Neste contexto, entram em cena as políticas públicas para a melhoria da qualidade de vida da população. E para formulação dessas políticas é necessária à utilização de indicadores sociais como o censo demográfico utilizado acima.

Para a elaboração de um sistema de monitoramento e avaliação de programas públicos é importante dispor de medidas sensíveis e específicas às ações previstas nos programas, que possibilitem