A Educação para além do capital
Por: Matheusoli.mos31 • 23/4/2018 • Resenha • 1.066 Palavras (5 Páginas) • 325 Visualizações
MÉSZÁROS, István. A educação para além do capital. São Paulo: Boitempo 2005.
Matheus de Oliveira Souza
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
István Mészáros nasceu em 1930 em Budapeste; defendeu a tese do doutorando em filosofia e trabalhou como assistente de Georg Lukács no Instituto de Estética da Universidade da Capital magiar. Em 1991, recebeu o título de professor Emérito da Universidade de Sessex – Inglaterra – e, quatro anos depois, tornou-se membro da Academia de Ciências da Hungria. Suas publicações foram traduzidas em diversas línguas, como destaque para os livros: Marx: a teoria da alienação; Filosofia, Ideologia e Ciência Social; O poder da Ideologia; e Para Além do Capital. Se tornou operário na adolescência em uma indústria de aviões de carga. Com apenas doze ano, alterou seu registro de nascimento para alcançar a idade mínima de dezesseis anos a ser aceito na fábrica passado a ganhar mais que sua mãe.
A educação para além do capital é um livro publicado a por István Mészáros. A obra apresenta o debate de processos educativos amplos, nos quais se anuncia a abertura de uma sociedade para além do capital.
Nesse livro o autor expande algumas da suas reflexões mais importantes, reunidas ele não se refere à escolas, aos níveis de ensino ou sistemas escolares, mas à educação como o processo vital de existência do homem, isto é, aquilo que caracteriza a sua especificidade de ser social, saber a capacidade de conhecer, de ter ciência do real portanto, transforma-lo de forma consciente. O mesmo inicia resgatando algumas das concepções filosóficas já foi produzidas acerca da educação e coloca no âmbito da história, mostrando as suas delimitações e seu comprometimento, em ultima aproximação, com limites imposto pela sociedade do capital.
A discussão desse livro inicia destacando a ideia de que as reformas educacionais não provocam mudanças significativas na sociedade capitalista porque o seu sistema não admite controle. Considerando o caráter reincidente do capital Mészáros chama bastante atenção para o fato de que essas reformas necessariamente fracassam, entretanto, não significa que nenhuma modificação visível, seja possível, pois algumas são até desejáveis a fim de amenizar as consequências dos defeitos estruturais desse sistema, permitindo a sua incessante reprodução. O autor refere-se a Adam Smith e Robert Owen para mostrar a ineficiência das reformas educacionais em relação a mudanças fundamentais, demonstrando que não ultrapassam os limites da correção dos efeitos do sistema do capital. Smith reconhece os danos da divisão do trabalho na vida do trabalhador, contudo suas sugestões aos apelos mirabolantes em torno da utilização do tempo fora dos trabalhos Owen apostou no esclarecimento dos capitalistas como saída para as relações de exploração.
Através dessas concepções acerca da educação que se identifica com a demonstração de suas limitações e comprometimento com os limites imposto pela sociedade do capital, trata-se de contínua necessidade do sistema capitalista e de acumulação para a qual se deve produzir e reproduzir as condições objetivas de sua conservação. No qual as forças objetivas do capital se mostraram capazes de reverter todas as formas de controle sobre os processos. Ele expande está temática para o âmbito educacional como o intuito central de pensar uma alternativa educacional que seja formulada do ponto de vista da emancipação humana. Isso é essencial por conta das limitações que o sistema do capital impõe também sobre a produção de ideias.
A escola reforça a internalização do modo de sistema social capitalista, contribuindo para impedir a transformação do entendimento dominante. Por essa razão, o autor expressa um alívio pelo fato de que a educação não se esgota na escola, mas se estende a outros espaços, onde é possível nesse sentido a educação das escolas somente pode se tornar significativa na constituição de outra sociedade, caso seja associada a educação em sentido9 amplo, ou seja, à vida. Dessa madeira a educação em sentido é enfatizado para o alcance de outras sociedade onde a lógica do capital tenha sido superada em várias passagens do livro Mészáros fala sobre o papel da educação escolar, que contribui para a confirmação e subordinação as exigências do sistema social, ao passo de que as formas de educação mais abrangentes são por eles consideradas necessárias para a transformação da sociedade. Estrutura do capital, contudo, considerando que a crise estrutural do sistema do capital já estar ocorrendo e que se anuncia uma época de modificação na direção de outra sociedade, autor chama atenção para uma educação que vá além do capital, pois essa sociedade diferente e a educação livre dos propósitos do capital. A educação no sentido amplo considerada permanente ao propósito de superação da sociedade que a generalização do trabalho e da educação somente possa ocorrer em outra sociedade
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