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A Exclusão Social E Sua Solução: CARE

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Por:   •  29/11/2013  •  6.306 Palavras (26 Páginas)  •  893 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Esse trabalho levanta o problema da exclusão social que assola nosso país, dando sugestões de inclusão de tal parcela da sociedade num ambiente de convívio igualitário entre ricos e pobres.

Tem como intuito analisar o problema da exclusão social no Brasil e sua solução com o apoio da mídia, utilizando como objeto de estudo as campanhas da ONG CARE International ainda pouco conhecida no Brasil, mas muito respeitada no exterior.

Exclusão social, um assunto que abrange todos os que de alguma forma não tem total participação social em qualquer que seja sua parte, mas ao desenvolver a análise deste assunto, decidimos abranger nossa pesquisa incluindo o estudo da exclusão econômica, desigualdade, a pobreza e a fome, pois são tipos de exclusões mais generalizada e emergenciais.

Trata-se de uma pesquisa teórica e empírica baseada em livros, na internet (ferramenta importante que nos trouxe alguns detalhes essenciais para tal resultado do projeto) e na pesquisa de campo com aplicação de questionários.

O material da análise em questão, os comerciais da CARE, foram escolhidos devido à interessante metodologia de trabalho da organização onde, ao escolher uma determinada comunidade a ser trabalhada, ela busca sua reintegração social. Além de analisar o próprio material da CARE (site, anúncios em rádio e TV, etc.) outros métodos de pesquisa foram utilizados:

- Pesquisa de campo – Um questionário com dez questões foi aplicado à 100 pessoas com perguntas relacionadas a exclusão social e ao trabalho da CARE. Gráficos foram desenvolvidos a partir do resultado adquirido com a pesquisa.

- Pesquisa acadêmica – Alguns autores que trabalham a questão da exclusão social e também, autores que trabalham a questão da inclusão social a partir da mídia foram pesquisados, e uma análise a partir deste conteúdo foi elaborado para uma maior compreensão sobre o assunto.

A Exclusão Social e sua solução: CARE

2. DELIMITAÇÃO DO TEMA

2.1 INCLUSÃO E EXCLUSÃO SOCIAL

A pobreza existe quando um segmento da população é incapaz de gerar recursos suficiente para ter acesso sustentável aos recursos básicos que garantam uma qualidade de vida digna.

Os elementos essenciais para essa qualidade de vida digna são: alimentação, água potável, moradia, renda, educação, saúde, cidadania, meio ambiente, segurança pessoal e tempo para participação na vida social.

Um país tem pobreza quando existe escassez de recursos ou quando, apesar de haver um volume substancial de riquezas, elas estão mal distribuídas.

O Brasil não é um país pobre, e sim um país desigual. Nosso país é um dos primeiros do mundo em desigualdade social. Aqui, 1% dos mais ricos se apropria do mesmo valor que os 50% mais pobres. A renda de uma pessoa rica é 25 a 30 vezes maior que a de uma pessoa pobre. Na Suécia, a diferença de renda entre ricos e pobres é de no máximo seis vezes. Nos Estados Unidos e no Uruguai, de dez vezes.

Tal desigualdade da nossa população causa a exclusão de parte da nossa sociedade. A considerada dominante exclui a dominada.

A exclusão se da muitas vezes por um certo preconceito pelo diferente, onde quem não estiver dentro dos padrões da classe dominante será automaticamente excluído da sociedade, não tendo oportunidade de emprego, moradia, serviços de saúde, etc.

A renda média brasileira é seis vezes maior que o valor definido como linha de indigência. Ou seja, se a renda brasileira fosse igualmente distribuída, estaria garantido a cada pessoa seis vezes aquilo de que necessita para se alimentar.

Além da distribuição da renda, outro fator de desigualdade é a educação. Uma pessoa com mais anos de estudo ganha cerca de 15 vezes o que ganha uma pessoa sem nenhuma educação. As crianças vêm de famílias em que os pais apresentam enorme diferença educacional, e esta diferença é transmitida desde o berço.

Parte-se de uma acentuada desigualdade, reproduzida pelo sistema educacional e ampliada por um mercado de trabalho altamente tecnológico. Por ser tão escassa, a educação é super valorizada no mercado de trabalho. Pequenas diferenças educacionais são transformadas em enormes diferenças de renda e consequentemente provoca a exclusão dos menos letrados.

Os projetos de inclusão social criados por entidades não governamentais baseia-se em instruir tal parte da população dando base para ser reinclusas na sociedade. Tais entidades se preocupam não só em fornecer condições básicas para se viver com arrecadações de roupas e alimentos, mas principalmente preparando para a auto sustentação a médio- longo prazo, ensinando profissões, dando educação e devolvendo a dignidade e a esperança para tais pessoas.

2.2 EXCLUSÃO E VIOLÊNCIA

A discriminação das favelas por causa da violência pode acirrar ainda mais as diferenças sociais e agravar o problema da segurança no Brasil.

Tal problema é tão grave que as favelas já estão sendo consideradas guetos. Gueto é um lugar homogêneo em termos sociais e excluído pela sociedade, do ponto de vista social, simbólico, cultural. As favelas ainda têm interação com o asfalto e com o poder público. No Rio, elas estão organizadas, com associações, escolas. Já os guetos são desertos cívicos. Não são capazes de se associar em nada.

A falta de política de segurança pode levar a esse processo. A desmobilização de associações devido à violência do tráfico pode levar à desertificação cívica.

Antes predominava em nossa sociedade uma cultura hierárquica, com diferenças de direitos entre ricos e pobres, brancos e não brancos. Uma cultura de subordinação, onde o pobre só poderia crescer até um ponto e o patrão, em contrapartida, era paternalista. O pensamento mudou, mas as condições para que os pobres possam ter as mesmas oportunidades ainda não mudaram. A estrutura é a mesma, ou seja, a justiça é para quem pode pagar, o estado é clientelista e o rico deixou de ser paternalista e passou a pensar mais em si, se isolando em condomínios fechados e contratando seguranças particulares. Esta desigualdade gera a violência.

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