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A Formação do Povo Brasileiro

Por:   •  1/12/2015  •  Resenha  •  1.335 Palavras (6 Páginas)  •  489 Visualizações

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1. Criatório de Gente

  • A formação do povo brasileiro se deu através de uma prática denominada de cunhadismo: um sistema de parentesco indígena que relacionava uns com os outros, todos os membros de um povo. Tratava de incorporar estranhos à sua comunidade, através do aceite de uma moça à tribo (“casamento”) e todos os seus familiares (temericó).
  • Com o temericó, aquele adventício passava a contar com uma multidão de parentes que podia pôr a seu serviço.
  • O europeu se apropriou dessa prática indígena para recrutar mão de obra para os trabalhos pesados.
  • O cunhadismo em relação ao europeu se fazia pela troca de adornos, espelhos, objetos de metal e assim os índios os aceitavam em suas tribos.
  • Por fim, o cunhadismo se tornou uma guerra de captura de escravos indígenas.
  • O cunhadismo fez surgir uma gente mestiçada e deu início à colonização, incorporando o índio ao sistema mercantil de produção.
  • Sem o cunhadismo era impraticável a criação do Brasil.
  • Europeus junto com os índios nas aldeias adotaram seus costumes, vivendo como eles: aprenderam a língua, faziam antropofagia, furavam os beiços e orelhas e conquistavam o indígena através do escambo: artigo europeu pela mercadoria da terra.
  • 1º núcleo é o paulista: fundado por João Ramalho e Antônio Rodrigues, talvez até antes da chegada de Cabral. Funcionava como o Porto dos Escravos. Um visitante alemão disse que se sentia mais seguro na aldeia indígena do que no núcleo paulista.
  • Os jesuítas tentavam atrair Ramalho e sua gente, pois estavam em conflitos com os confederados de Tamoios instigados pelos franceses na Baía de Guanabara.
  • Outro núcleo importante era o de Diogo Álvares, o Caramuru, na Bahia, que serviu de base para a instalação portuguesa.
  •  Outro núcleo foi o de Pernambuco, que ajudou na expulsão dos franceses do Maranhão.
  • Os franceses quase se apossaram do Brasil, criando um núcleo cunhadista também com os índios Tamoios na Baía de Guanabara - tentativa de formar a França Antártida.
  • Franceses também se faziam presente na Paraíba com os Potiguara, com os caetés em Pernambuco e havia espanhóis também infiltrado nos cunhadismos franceses tentando criar seus próprios cunhadismos.

Governo Geral

  • Para preservar seus interesses ameaçados pelos cunhadismos, a Coroa Portuguesa adotou o regime das donatarias em 1532: povoar e fazer produzir.
  • As donatarias eram entregues a grandes senhores, eram povoadas por criminosos e penetravam terra adentro até a linha das Tordesilhas.
  • Pernambuco e São Vicente: tiveram êxito. Outras fracassaram pelos conflitos indígenas e outras foram abandonadas.
  • Martim Afonso trouxe cabeças de gado e as primeiras mudas de cana. O donatário era investido de poder feudal pelo rei, podia fundar vila, explorar economicamente a terra e impor pena capital.
  • Os índios eram escravizados.
  • Navios holandeses, alemães e franceses transportavam para Europa: peles de onça, cera, pau Brasil, papagaios falantes; tudo levado pelos índios até as feitorias portuguesas.
  • Mas o fracasso das donatarias se deu devido principalmente às hostilidades do índio que chegaram até a devorar alguns donatários como em Ilhéus e Itamaracá.
  • A Coroa implanta o Governo Geral: na forma de vilas, pelourinhos, casas de câmara e cadeia e amplia o povoamento: funcionários civis, militares, artesãos e jesuítas como Nóbrega e Anchieta.
  • O Governo se instala na Bahia: índios ajudam na construção da cidade e chegavam de Portugal: barbeiros, pedreiros, serralheiros, canoeiros e etc. exceto mulheres solteiras.
  • Os europeus se acasalavam com as índias (escândalo religioso) o que forçou a vinda de meretrizes por pressão dos padres jesuítas. E vieram também “trombadinhas” para conviver com os indiozinhos e os aculturar.
  • Já, as filhas de europeus com índias, que não consideradas índias foram as implantadoras do catolicismo popular santeiro no Brasil.
  • O conflito mais árduo nessa época tanto para a Coroa quanto para os jesuítas foi a França Antártica.
  • Na agricultura, a múltipla roça indígena foi dando lugar à produção de mercadorias, o que criou a fartura-fome.
  • Frente ao cansaço dos índios e à falta de interesse dos mesmos nas bugigangas portuguesas, iniciou-se a escravidão indígena e as bandeiras de aprisionamentos.
  • Governo Mem de Sá: epidemia, fome e índios rebelados contra os colonos. Orientado pelos jesuítas criam-se as reduções e as povoações com vilas e pelourinhos.
  • Nas reduções indígenas toda a vida era regulada por grupo por idade e sexo: hora de caçar, hora de ler, de pescar, de fiar e até de fornicar pois a quantidade de braços já estava escassos.
  • E os colonos portugueses passaram a atacar as reduções indígenas para recrutar mão de obra, pois lá eles já estavam pacificados. Isso despovoou as reduções e criou conflitos com os jesuítas.
  • Nas reduções passaram a ocorrer epidemias de varíolas e febres malignas, matando multidões. E os índios preferiam serem escravizados pelos colonos portugueses do que morrerem nas reduções.
  • O índio sofria a peste, a fome e a escravização. E começaram a atacar os colonos. Mas os colonos venceram e quatro implantações se destacaram: Bahia (maior núcleo português: índios - colonos e negros africanos e vários engenhos de açúcar em atividade), Pernambuco (contava com dois engenhos altamente produtivos e grande quantidade de escravos negro-africano), Espírito Santo (conseguiu se manter com grande número de índios mesmo após os conflitos) e São Paulo (com povoamentos em São Vicente, Santos, Iperoig e Piratininga: índios livres e escravos e atividade de captura e venda de índios-escravos).
  • No nordeste açucareiro surgi uma nova formação de brasileiros: uma área cultural crioula baseada na casa-grande e senzala numa família patriarcal.
  • No plano lingüístico: o nordeste é suplantado pela língua portuguesa e na fração sul permanece o tupi-guarani como língua geral. A língua portuguesa só chega na fração sul com a vinda do escravo para a zona de mineração.
  • E a língua portuguesa com as variações de cada região foi dando lugar a brasis tão diferenciados um dos outros, mas homogeneizados pela língua portuguesa.
  • Outras variantes aparecem pelo país como; o caboclo amazonense adaptado à vida nas florestas e os gaúchos como criadores de gado, gente de fronteira e de guerra no sul do país.

Cativeiro Indígena

  • A escravidão indígena predominou durante todo o primeiro século: eram usados preferencialmente nas funções auxiliares como: transporte de carga ou pessoas por terra e por água, preparo e cultivo de alimentos, caça, pesca. Nas cidades aptidões para carpinteiros, marceneiros, oleiros e serralheiros. E nas reduções jesuíticas como: músicos, artistas plásticos e escritores.
  • No geral, eles eram mão de obra de subsistência. E eram caçados no mato e apropriados por seus senhores.
  • Em 1570 – Dom Sebastião autorizou o aprisionamento de índios pela chamada “guerra justa” em represálias pelas antropofagias (caso do bispo Sardinha).
  • Aprisionados de maneira arredia, os índios se tornavam os escravos dos colonos pobres. Pois os colonos ricos escravizavam os negros africanos nos latifúndios.
  • Os jesuítas viam com maus olhos a escravidão indígena que reduzia sua população em prejuízo para a colonização. A Coroa Portuguesa muitas das vezes apoiou as reduções jesuíticas contra os colonos, pois via nelas um interesse na administração: eles eram soldados nas guerras e provedores de gêneros alimentícios.
  •  Índios maiores de 21 anos em extrema necessidade vendiam a si mesmos como escravos e pais vendiam seus filhos índios menores como escravos.
  • Índios capturados por bandeirantes eram vendidos e geravam altos lucros: era um negócio lucrativo a escravidão indígena. E tudo isso legalizado como prática pela Coroa Portuguesa.
  •  À medida que se adentrava no Brasil mais tribos indígenas eram devastadas: um genocídio de proporções gigantescas.
  • Nas reduções, o índio era como um órfão entregue aos cuidados de um tutor (ele era um herege que estava sendo cristianizado).
  • E muitos padres jesuítas exploravam os índios de maneira mais cruel que os colonos em suas fazendas privadas, o que gerava revolta por parte da Coroa Portuguesa.
  • Os jesuítas foram expulsos do Brasil pela Coroa e a exploração indígena se era ruim ficou ainda pior nas mãos dos colonos: pois o índio arrendado passou a dar mais lucro ao colono em virtude de quanto mais trabalhasse e menos comesse.
  • A fome e o desgaste do trabalho rápido e compulsório foi outra forma terrível de genocídio que matou milhões de índios no Brasil.

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