A Globalização Mudou O Mundo

A globalização mudou o mundo. Quando um ciclone nos EUA devasta uma região produtora de algodão, o que acontece? Apenas os produtores são prejudicados pelos prejuízos? O comercio local é prejudicado pela falta de dinheiro dos produtores e empregados daquele ramo naquela região afetada? Somente as agencias bancárias da região, que fomentam o negócio, deixam de receber as parcelas de empréstimos já contratados?

O alcance dos efeitos de uma catástrofe numa região como essa podem ser imensuráveis. Empresas de beneficiamento do país inteiro que usam algodão, como no exemplo acima, com contratos de fornecimento, podem ficar sem matéria-prima para industrializar e cumprir seus contratos, sendo forçadas a comprar de outras áreas de produção em partes diferentes do mundo. Isso pode forçar os preços do algodão para cima, elevando os preços dos produtos industrializados também para cima podendo ajudar a elevar níveis de inflação em países muito distantes dos EUA, lugar onde ocorreu a catástrofe. E um desequilíbrio inflacionário em um determinado país com sua política e economia fragilizada podem acarretar em medidas intervencionistas governamentais erradas e que atrapalhem a harmonia de um bloco econômico de países.

Vivemos numa aldeia global, onde o neoliberalismo econômico tem predominado nos países capitalistas. Desenvolvem economia de mercado reduzindo cada vez mais a participação do governo na economia.O governo Britânico sob a condução da primeira ministra Margaret Thathcer, na década de 1980, privatizou muitas empresas reduzindo a participação do estado britânico em varias áreas, reduziu impostos na produção para incentivar a o crescimento econômico. Da mesma forma muitos países da América Latina agiram na década de 1990 privatizando as empresas e diminuindo o estado. De uma forma geral, os países capitalistas tem optado, pela abertura de seus mercados para as relações exteriores e cada vez mais buscam alargar suas fronteiras comerciais.

As empresas multinacionais mudaram suas indústrias para países onde a oferta de mão-de-obra é mais barata. Muitos crêem que esta atitude é nociva, pois estas empresas exploram os recursos naturais dos países em desenvolvimento, agem sem se importar com o meio ambiente como seriam obrigadas a fazê-lo em seus próprios países, exploram a mão-de-obra sem os mesmos encargos que teriam que pagar em seus países originais, aumentam seus lucros sem dividir com aqueles que trabalham para isso.

Encaramos aqui dois lados dos mercados livres. Primeiro temos os países desenvolvidos que têm uma sua força econômica em tecnologia, farmacêutica, pesquisa, artes, gestão, diversão, cinema e turismo. Enquanto os países em desenvolvimento optam por extrair seus recursos naturais como fonte de riqueza, pagamento de juros altos para atrair investimentos e oferecer mão de mão-de-obra barata para gerar empregos tentando promover desenvolvimento e renda para a população.

A tendência é que as grandes empresas com seus muitos diferenciais do novo século se desenvolvam e enriqueçam cada vez mais pela vantagem de sempre estarem usando os mais fracos e vendendo suas novas tecnologias para mercados que podem pagar por elas. Como exemplo podemos citar as novas descobertas no tratamento do câncer que é uma doença de países ricos onde se vive por mais tempo. Milhões de dóllares são investidos para