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A Ideologias Políticas

Por:   •  9/9/2018  •  Resenha  •  605 Palavras (3 Páginas)  •  926 Visualizações

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R.A. ...: xxx

Turma: A - 2018/02 - Direito - Asa Norte - Noturno

Texto..: SELL, Carlos Eduardo. “Ideologias políticas”. Introdução à Sociologia Política. Petrópolis:Vozes, 2006, pp. 51-78.

        No presente texto, o autor Carlos Eduardo Sell disserta sobre as Ideologias Políticas, e trata a política não somente na sua relação com o poder, mas como uma atividade que envolve valores e princípios. Divide a ideologia em duas categorias: sentido negativo (falsas ideias) e sentido positivo (projeto político), sendo a primeira representada por Karl Marx, e a segunda por Norberto Bobbio.

O que é a Política, e a define, a princípio, como exercício de poder e suas implicações. No entanto, diante da complexidade que esse exercício envolve, alerta que a Política não se resume apenas a isso. Passa a questionar, então, sobre o significado de “ter poder” (RIBEIRO, 1998, p. 1), que não está relacionado apenas a um cargo, ao carisma, e ao dinheiro, e que “só pode ser visto, sentido, avaliado, ao exercê-lo” (Ibidem, p. 2), e essa ação pode ocorrer na vida social, na coletividade ou na administração pública.

        Ribeiro aponta que o poder tem a ver com alterar o comportamento das pessoas, e deve levar em consideração dois aspectos: um interesse e uma decisão, e elabora o conceito de Política como “um processo através do qual interesses são transformados em objetivos e os objetivos são conduzidos à formulação e tomada de decisões efetivas, decisões que ‘vinguem’” (Ibidem, p. 3). Conclui, então, que a política pode ser explicada como a relação de quem manda, por que manda e como manda, e que ela pode ser vista como arte, ciência, filosofia (teoria), ou mesmo uma profissão (prática). Por fim, atesta que “a Política se preocupa [...] com o encaminhamento de interesses para a formulação e tornada de decisões [...]” (Ibidem, p. 4).

        No capítulo 2 o autor traz exemplos das mais diversas formas de exercício do poder, e como a política pode se manifestar em locais e situações que podem ser explicitamente políticas ou não. Afinal, segundo Ribeiro, “estamos imersos num processo político que penetra todas as nossas atitudes, toda a nossa maneira de ser e agir, até mesmo porque a educação, tanto doméstica quanto a pública, é também uma formação política” (RIBEIRO, 1998, p. 5).

         Nesse contexto, mesmo que o indivíduo se considere apolítico e escolha não se envolver, está exercendo seu direito político, mas, na verdade, não tem consciência do seu papel político. Segundo Ribeiro, a Política e o jogo de poder podem se manifestar em toda parte, mesmo nas relações entre um casal, no lar, na organização de um time de futebol de garotos, ainda que não interessem à sociedade ou à coletividade e não estejam ligadas a natureza pública da Política.

        Esclarece, então, que “a Política não se ocupa de todos os processos de formulação e tomada de decisões, mas somente daqueles que afetem, de alguma forma, o conjunto dos cidadãos” (RIBEIRO, 1998, p. 8-9). Nesse sentido, alerta para a importância de observar o comportamento dos políticos e de quem toma as decisões pela coletividade, nos diversos setores e categorias da sociedade, para que não seja tomada por interesses pessoais, e não pelo bem-estar público.

Por fim, traz algumas sugestões para reflexão ao leitor, demonstrando que a política pode se fazer presente nos locais e situações em que não se imaginam que poderiam ser ou não políticas, dependendo de como é colocada no cotidiano das pessoas.

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