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A LINHA DO TEMPO DA CATALOGAÇÃO

Por:   •  6/5/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.593 Palavras (11 Páginas)  •  290 Visualizações

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LINHA DO TEMPO DA CATALOGAÇÃO

Na antiguidade as bibliotecas buscavam manter o controle dos seus acervos por meio de Lista por assunto, que não pode ser considerada uma catalogação. Cada biblioteca tinha uma forma de controle diferente e por isso surgem algumas dúvidas em relação a organização e afins.

Terceiro Milênio a.C - Biblioteca de Ebla – Síria Possuía entre 15 e 17 mil tábulas de argila, correspondendo a cerca de 4 mil documentos, organizados em estantes de acordo com seu conteúdo temático. Também apresentavam tábulas com o resumo dos documentos.

1300 a.C – Babilônios faziam os primeiros registros em placas de argila.

Entre 668-626 a.C - Biblioteca de Assurbanipal, em Assíria.

Século III a.C - Egípcios faziam os registros informacionais em papiros.

250 a.C - Gregos criaram as Bibliotecas em Alexandria, onde Calímaco realizou, na Biblioteca de Alexandria, a primeira iniciativa para a organização de um  catálogo metódico.

Século IV -  Em Monte Cassino os Monges do Mosteiro São Bento passam a transcrever manuscritos e por alguns séculos, os mosteiros passaram a ser os únicos preservadores, copistas e catalogadores de livros.

Século VIII - Primeiras listas de obras de Bibliotecas Medievais.

Século IX - Na Alemanha a Biblioteca de Richenau fazia a compilação de vários catálogos entre 822 e 842 que indicavam as obras contidas em cada volume e o número dos volumes ou rolos em que cada obra estava contida.

Século IX - Mosteiros de Saint Requier fazia a compilação de catálogos de 831.

Século X - As bibliotecas crescem de tamanho, o catálogo do mosteiro de Bobbio, na Itália, registra quase 700 volumes, e o de Lorsch, na Alemanha, quase 600.

1247 - Na Biblioteca de Glastonbury, na Inglaterra. O acréscimo feito ao registro dos livros trazia termos como: (“inúteis”, “legíveis”, “velhos” e “bons”, provavelmente se reportando às condições do livro.)

Século XIII - Mais precisamente no final do século XIII as Bibliotecas Monásticas inglesas faziam um catálogo coletivo em que cada biblioteca era identificada por um código numérico. O registro nunca foi concluído.

Século XIII - Os catálogos por ordem de autor passam a ser usados.

Século XIV - No início das bibliotecas universitárias elas não traziam muitas contribuições à catalogação, pois a maioria possuía poucos exemplares, com o passar do tempo esses sistemas de catalogação foram aperfeiçoados e surgem registros da localização dos livros nas estantes e de obras encadernadas com outras.

1372 - York Frades Agostinianos separavam obras dos autores por assunto e faziam o registro das palavras iniciais da segunda folha de cada volume.

1389 - No Convento de Saint Martin as obras eram divididas em três sessões:

  • nº de localização do volume na estante com título breve;
  • nº de páginas do livro; e
  • nº de obras contidas no volume.

 1450 - Com a prensa de tipos móveis inventada por Johannes Gutenberg os catálogos das bibliotecas deixaram de ser apenas índices bibliográficos para se tornarem instrumentos de relevância para as consultas e pesquisas dos usuários.

Século XV - Surgem as remissivas (registros que remetem a outros registros ou obras),  esse foi o marco principal desse período.

Século XV - Mais precisamente no fim do século, Johann Tritheim (Bibliógrafo e bibliotecário alemão) compilou uma bibliografia, apresentando-a em ordem cronológica e em apêndice; um índice alfabético por autor, pela primeira vez.

Século XV - Em meados do século XV com a descoberta da imprensa por Gutenberg, os catálogos das bibliotecas deixaram de ser apenas índices bibliográficos para se tornarem instrumentos de relevância para as consultas e pesquisas dos usuários.

Século XVI - evidenciado pelo uso da ordem alfabética e pela aparição de três (03) trabalhos notáveis:

  • Conrad Gesner (catálogo básico de livros na ordem de arrumação)
  • Florian e de Treffler (1º manual de biblioteconomia)
  • Andrew Maunsell (entrada pelo sobrenome - o Concílio de Trento, no séc. XVI, estabeleceu o uso de sobrenome n o Ocidente- tratamento de obras anônimas e de obras traduzidas.

1558 - Catálogo do convento de Bretton introduz nos registros os nomes dos editores e tradutores das obras.

1560 a 1761 - Muitos estudiosos apresentaram sugestões de melhorias para o sistema de catalogação e das bibliotecas.

Século XVIII - Bodley atua na reconstrução da Biblioteca de Oxford, cria um código manuscrito de catalogação através de um arranjo sistemático com índice alfabético organizado pelo sobrenome dos autores e incluindo entradas analíticas.

Século XVIII - a entrada pelo sobrenome passa a ser usual e surgem o uso da imprensa, a remissiva e a analítica. Na França surge o uso da ficha no catálogo e o primeiro código nacional de catalogação.

1791 - Durante a Revolução Francesa o governo confiscou as bibliotecas dos nobres as transformando em bibliotecas públicas e estabeleceu normas para a sua organização com o (primeiro código nacional de catalogação e uso de catálogos em fichas.)

O código francês determinava:

  • Que se transcrevesse a página de rosto, sublinhando o sobrenome do autor para a alfabetização.
  • Quando não houvesse autor, seria sublinhada a palavra mais significativa do título.
  • Incluíam-se dados físicos: número de volumes, tamanho, ilustrações, material de que o livro era feito, encadernação e indicação de falta de páginas.

 Século XIX - Alguns pontos importantes desse período são:

  • Muita influência na prática moderna.
  • Bibliotecários e estudiosos de outras áreas publicavam muitos estudos a favor ou contra os catálogos alfabéticos e classificados.

  1. Eventos que mudaram a catalogação moderna!

Século XIX - ficou chamado século de ouro da catalogação. Aparecem trabalhos de bibliotecários notáveis. As grandes instituições bibliotecárias (bibliotecas e associações) passam a ter influência no mundo da catalogação.

1839/1841 - Anthony Panizzi publica 91 regras para aplicação no Museu Britânico, considerado o primeiro código de catalogação propriamente dito, provocando tantos debates que o movimento 16 ficou conhecido como “Batalha das regras”.

1847 - Crítica de Collier às regras de Panizzi.

1850 - Código de Munique.

1852 - Charles C. Jewett  idealizador do catálogo coletivo, publicou o Código para o Smithsonian Institution de Whashington, baseado nas regras de Panizzi. responsável pelas primeiras regras americanas de catalogação.

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