A Organização Social No Brasil

A colonização foi o principal processo que definiu a formação populacional brasileira. Com a vinda dos colonizadores para povoar e explorar o Brasil, a rica diversidade cultural das populações indígena foi afetada negativamente e a maior parte da população foi dizimada. Os africanos foram trazidos à força para o Brasil, como escravos, para atender aos interesses do mercantilismo europeu, e a abolição da escravatura não representou melhoria das condições de vida dos ex-escravos. Os descendentes de africanos formam a maior parte da população brasileira têm condições de vida muito piores que as da população de origem europeia, que está presente no território brasileiro desde o início do processo de colonização.

Os Índios nativos, negros de origem africana e brancos europeus formam a tripé da sociedade brasileira, cada qual com religião, língua, culinária, vestimentas, datas comemorativas, folclore diferentes. Com o processo de miscigenação no Brasil, as populações branca e negra tendem a diminuir, dando maior espaço para a população parda. Essa situação somente ficou clara quando o próprio habitante passou a se declarar mestiço no Censo Populacional.

Com relação ao mito da democracia racial na sociedade brasileira, os negros continuam a ser discriminados, possuem pouca qualificação profissional, ficando restritos à execução de trabalhos braçais com os piores salários e condenados a viver nas periferias das grandes cidades, vítimas da discriminação. As terras indígenas são cobiçadas por grupos madeireiros, mineradores e garimpeiros que questionam que as áreas destinadas aos indígenas são extensas e impossibilitam a viabilidade econômica de investimentos. A população negra e parda no Brasil ainda tem renda menor e menor escolaridade, fruto da discriminação herdada do século 19.

As atuais ações afirmativas vão desde campanhas de auxílio financeiro para as famílias menos favorecidas, até a adoção de políticas de cotas nas universidades para as populações mais discriminadas.