A Primeira Entrevista em Psicanálise da Autora Maud Mannoni
Por: Jefferson2900 • 28/10/2019 • Artigo • 788 Palavras (4 Páginas) • 295 Visualizações
Resenha baseada no livro:
A Primeira Entrevista em Psicanálise da Autora Maud Mannoni
O livro: A primeira Entrevista em Psicanálise escrito pela psicanalista infantil a Autora Maud Mannoni apresenta conteúdos desenvolvidos baseados em entrevistas clínicas realizadas com crianças e seus pais.
O início do texto revela a participação de Françoise Dolto eu vem trabalhando em diferentes tópicos como determinantes em seu estudo. Maud expõe os questionamentos dos pais e até das crianças em relação a resolução de problemas no âmbito escolar, as dificuldades encontradas e ainda manifestações psicóticas na clínica, além da procura no outro como justificativa para falhas e fracassos. Baseada nesse relato o analista buscará uma forma de organização da narração do paciente para dar um sentido a história contada.
No capítulo 1 do livro de nome “ A situação” a autora apresenta entrevistas realizadas com 30 crianças e adolescentes, onde algumas delas foram por encaminhamentos de médicos psiquiatras e pediatras, pois as crianças e adolescentes apresentavam comportamentos chamados como “desorganização escolar”, dificuldades caracteriais, algumas reações somáticas e sintomas de psicoses.
No capítulo 2, com o tema “ O sentido dos sintomas”, Maud desenvolve um trabalho relacionado a busca de um sentido para a explicação desses distúrbios e sintomas relatados por cada paciente na clínica em sua entrevista anterior. Maud toma como foco central o discurso dos pais e em especial a palavra da mãe que muita das vezes é quem pede o encaminhamento ao médico.
No capítulo 3, Maud aborda sobre os exames psicológicos e testes realizados como um meio e não como um fim e o resultado desses testes deve ser analisado levando em conta a história abordada pelo paciente em sua consulta. No trabalho desenvolvido com as crianças é fundamental que se dê ênfase ao relacionamento dos pais para com essas crianças.
Maud mostra também a questão da vulgarização simplista relacionada as avaliações psicológicas, mostrando os riscos e as dificuldades encontradas pelas quais se estará disposto a fazer o uso desses instrumentos.
No Capítulo 4, Maud expõe com uma linguagem teórica e mais esclarecedora questão da entrevista com o psicanalista, que ao lidar com o paciente ouve sua história, o qual traz em seu discurso uma história que tem como principal função trazer à tona o não dito e fazer assim a palavra circular. Maud encerra o capítulo retomando a questão das entrevistas iniciais expostas no conteúdo do livro e valorizando sempre a primeira consulta, destacando-a como: “ ...um encontro através do outro, com sua mentira, ou seja, um encontro com o próprio eu. [ p.95]
A Maud encerra seu texto abordando algumas questões relacionadas a psicanálise e também a pedagogia. Ela destaca a importância de se valorizar as questões pedagógicas na análise das mães em relação as crianças, levando em conta o ambiente familiar inserido nas queixas apresentas.
Autores como Hachet, (2006) destaca em sua obra que quando os pais levam uma criança ao psicólogo, é comum haver um pedido velado para “consertá-la’’, incluindo-a, assim, em um ideal de saúde física e mental: saber falar, ler, escrever e contar perfeitamente; ser dócil e simpática;
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