A Prática Do Ass.social (conhecimento, Instrumentalidade E Intervenção Profissional)
Monografias: A Prática Do Ass.social (conhecimento, Instrumentalidade E Intervenção Profissional). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: junior85 • 11/3/2015 • 7.787 Palavras (32 Páginas) • 990 Visualizações
A prática do assistente social: conhecimento,
instrumentalidade e intervenção profi ssional*
The social worker practice: knowledge, instrumentality
and professional intervention
Charles Toniolo de SOUSA**
Resumo: Este artigo tem por fi nalidade apresentar uma refl exão sobre a prática profi
ssional do Assistente Social, reconhecendo suas dimensões, com o objetivo de situar
a instrumentalidade do Serviço Social bem como seu arsenal técnico-operativo. Em
seguida, serão apresentados, de forma sucinta, alguns dos principais instrumentos de
trabalho utilizados pelos Assistentes Sociais no exercício da prática profi ssional, bem
como algumas considerações fi nais.
Palavras-chave: Serviço Social, Instrumentalidade, Instrumentos de trabalho do Assistente
Social.
Abstract: This article has in view to introduce a refl ection about the Social Worker
professional practice, recognizing dimensions, in order to situate the Social Work instrumentality
and the technical-operation that the professionals use. After, will be introduced,
succinctly, some principal tools used for the Social Workers in their professional
practice, and also some fi nal considerations.
Keywords: Social Work, Instrumentality, Social Workers tools.
Recebido em: 07/04/2008. Aceito em: 30/04/2008.
∗ Este texto é fruto das refl exões e estudos realizados a partir das diferentes experiências adquiridas durante a vida profi ssional, e, sobretudo,
da experiência com a disciplina de Técnicas de Intervenção Social, ministrada para as turmas do curso de Serviço Social da Universidade do
Grande Rio. A produção deste artigo teve como objetivo nortear a Semana do Curso de Serviço Social da UNIGRANRIO, realizada em setembro
de 2006, a fi m de orientar estudantes do 1º ao 8º períodos letivos, culminando em atividade de avaliação conceitual requerida à totalidade
dos alunos do curso.
∗∗ Assistente Social do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Mestrando em Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro
e Professor da Escola de Serviço Social da Universidade do Grande Rio.
Emancipação, Ponta Grossa, 8(1): 119-132, 2008. Disponível em <http://www.uepg.br/emancipacao>
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Charles Toniolo de SOUSA
Emancipação, Ponta Grossa, 8(1): 119-132, 2008. Disponível em <http://www.uepg.br/emancipacao>
Na trajetória histórica do Serviço Social, podemos
identifi car várias correntes que discutem
a questão da sua instrumentalidade, que trazem
consigo um corpo conceitual específi co que dá a
esse tema um determinado signifi cado. Entendemos
por instrumentalidade a concepção desenvolvida
por Guerra (2000) que, a partir de uma
leitura lukacsiana da obra de Marx, constrói o debate
sobre a instrumentalidade do Serviço Social,
compreendendo-a em três níveis: no que diz respeito
à sua funcionalidade ao projeto reformista
da burguesia; no que se refere à sua peculiaridade
operatória (aspecto instrumental-operativo); e
como uma mediação que permite a passagem das
análises universais às singularidades da intervenção
profi ssional.
Desde o período em que o Serviço Social
ainda fundava sua base de legitimidade na esfera
religiosa, passando pela sua profi ssionalização e
os momentos históricos que a constituíram, a dimensão
técnica-instrumental sempre teve um lugar
de destaque, seja do ponto de vista do afi rmar deliberadamente
a necessidade de consolidação de
um instrumental técnico-operativo “específi co” do
Serviço Social (falamos aqui em especial da tradição
norte-americana, que teve forte infl uência sobre
o Serviço Social brasileiro, sobretudo entre os
anos 40 e 60), seja no sentido de afi rmar o Serviço
Social como um conjunto de técnicas e instrumentais
– em outras palavras, uma tecnologia social1.
Em outros momentos, no sentido de atribuir à instrumentalidade
do Serviço Social um estatuto de
subalternidade diante das demais dimensões que
compõem a dimensão histórica da profi ssão2.
Esse debate é apenas introdutório para localizarmos
as razões que fazem da instrumentalidade
do Serviço Social uma questão tão importante à
profi ssão, digna de um real aprofundamento teórico.
Não nos caberá neste artigo aprofundar, do
ponto de vista teórico-fi losófi co, o debate sobre a
1 Essa visão pode ser identifi cada como uma componente da
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