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A QUESTÃO SOCIAL E SUAS EXPRESSÕES CONTEMPORÂNEAS

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Por:   •  5/5/2014  •  1.319 Palavras (6 Páginas)  •  2.124 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

A questão social foi iniciada no século XIX e teve sua evolução ao longo dos séculos inclusive atualmente, na qual continua determinada pelas relações sociais, políticas, econômicas, culturais e principalmente no que diz respeito ao trabalho, suas formas de exploração e expressão.

Na contemporaneidade a expressão social se expressa sob novas e diferentes formas, como nos efeitos das mudanças no mundo do trabalho, nas singularidades da formação econômica e social do país, nos padrões de segurança social e no enfrentamento das expressões pelos trabalhadores.

Embasado nestas mudanças, é necessário esclarecer os reflexos oriundos das expressões sociais diante das mudanças na sociedade em especial no mundo do trabalho, com o auxílio de um condutor de informações direcionado ao público jovem, e assim, fomentar uma reflexão sobre a questão social e os desafios do Assistente Social na atualidade.

2 DESENVOLVIMENTO

A expressão “questão social” começou a ser utilizada na terceira década de XIX, surge para nomear o fenômeno do pauperismo da classe trabalhadora que é resultado do capitalismo industrial crescente à medida que aumentava a produção. Questão social pode ser definida como resultado e expressão da contraditória relação entre o capital e trabalho, tornando-se um desafio histórico estrutural, resultado das oposições consistentes entre si, a partir da industrialização capitalista, tendo como determinantes o empobrecimento da classe trabalhadora, a consciência dessa classe e a luta política deles contra seus opressores. Tal divergência é proveniente do desenvolvimento da sociedade, em que o homem tem acesso à cultura, natureza, ciência e às forças produtivas do trabalho social; e do outro lado, cresce a distância entre concentração de capital e aumenta a pobreza.

Não apenas a burguesia foi afetada no movimento surgido na Europa Ocidental em 1848, mas os pilares da cultura política que sustentava o movimento dos trabalhadores também foram atingidos, visto que daí surge interesses divergentes. A questão social é criminalizada e as manifestações são vistas como caso de polícia, ou seja, existe uma intolerância ao reprimir e culpar, ao invés de tratar como um problema da assistência social que deveria explicar e resolver.

Pode-se dizer que essencialmente a questão social na sua estrutura continua sendo expressão da mesma questão surgida na Europa no século XIX, caracterizada pelas contradições entre as classes e o Estado.

Na contemporaneidade estas expressões aparecem sobre novas e diferentes óticas, a partir dos efeitos sobre as transformações do trabalho e suas relações, as particularidades existentes na formação social e econômica de cada país e sobre as mudanças nos padrões de proteção social. Desta forma, pode-se dizer que a questão social continua a mesma, visto que está historicamente vinculada a luta de classes e exploração da classe trabalhadora pela tomada de consciência sobre a desigualdade social e seu enfrentamento.

Diante deste cenário, a pobreza é a expressão direta destas relações fundamentadas pelo desenvolvimento desigual vivenciado pelo enriquecimento e miséria, pela mão de obra barata, pelo desemprego e vulnerabilidade do trabalhador, caracterizando além da miséria a ausência de direitos. A proteção do trabalhador é cada vez mais distante de sua realidade e as oportunidades são cada vez mais competitivas entre jovens, adultos e idosos.

É possível perceber claramente nos anúncios de jornais, revistas, televisão e internet as profissões consideradas “do futuro” indicando para o público alvo as necessidades para concorrer no mercado de trabalho: adaptar às novas tecnologias, trabalho a distância e às vezes terceirizado, formação interdisciplinar, fluente em pelo menos dois idiomas e ter uma boa cultura. Percebem-se claramente as mudanças nas relações de trabalho, da expansão capitalista e do avanço tecnológico.

Neste aspecto é possível perceber como a globalização se impõe de uma forma severa sob as informações e o dinheiro, que suportaram ideologicamente a fim de reconhecer e conformar as relações interpessoais e sociais.

Em meio as grandes transformações é possível detectar a divisão sociotécnica do trabalho, onde a competitividade ganhou força no que tange à produção e o consumo, dando forma a uma violência estrutural nas ações das empresas, Estados e indivíduos.

As transformações na sociedade são visíveis na década de 70 quando ocorreu a explosão da primeira recessão da economia capitalista desde a Segunda Guerra Mundial. Este período marcou o fim do capitalismo monopolista em que o mercado globalizado era a base do seu desenvolvimento.

Com a fragmentação da produção e a organização do trabalho, os indivíduos são cada vez mais condicionados ao seu desempenho, com necessidades de ter um espírito empreendedor. O regime de acumulação de capital desencadeou uma série de mudanças na sociedade a começar das formas de contratação. Resultando em preconceitos de toda espécie, seja por gênero, raça, idade, mantendo o padrão de exploração junto aos imigrantes, jovens e mulheres.

Atualmente vivemos num contexto de conflito de gerações, onde as empresas não entendem os jovens formados na era da informação e estes não compreendem o que as empresas exigem. Os jovens não aprenderam a respeitar as hierarquias, embora tenham inúmeras habilidades como a rapidez em realizar tarefas simultâneas e aprendizado veloz, todavia falta foco e aprofundamento. Desta forma fica evidente que o jovem do futuro precisa desenvolver características voltadas

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