A Sociologia O Homem Como Ser Social
Por: selma cezar • 2/10/2020 • Dissertação • 2.477 Palavras (10 Páginas) • 889 Visualizações
Sociologia
O homem como ser social
O homem é um ser social, não sendo capaz de compreende-lo somente pela sua parte biológica, ele tem sentimentos e uma forma de ver o mundo.
Para viver em sociedade, o homem precisa aprender a viver na mesma, ter um comportamento que se molde ao convívio dos outros seres iguais a ele. E esse aprender a viver em sociedade é dado pelo processo de socialização.
É exatamente esse convívio social que diferencia os homens dos animais.
A educação, seja ela formal ou informal, é fundamental para esse processo de socialização do ser humano, já que é um processo também de aprendizado.
Conceito
A educação formal é um aprendizado institucional.
Já a educação informal é tudo aquilo que se aprende fora dessa instituição, com as pessoas que convivemos, sejam amigos, conhecidos e etc.
É pela socialização que o ser humano aprende a cultura de sua época, de seu lugar.
Sociologia vê a cultura como um conjunto de valores, hábitos, costumes e normas, que organizam a vida em sociedade.
Um homem adequado ao seu meio social, mostra um homem que aprendeu a agir socialmente.
A sociologia é uma ciência social
As formas de organização social do ser humano são os objetos de estudo da Sociologia.
Três ciências sociais básicas: Sociologia, Antropologia e Ciência Política.
A Antropologia estuda as diferenças culturais no mundo; A Ciência Política estuda as relações de poder da sociedade; E a Sociologia estuda as relações sociais que os homens estabelecem entre si por meio das instituições.
Breve história da ciência
A ciência é conhecimento, é um saber sistematizado que procura as leis universais, e a legitimidade dessas são dadas por comprovar que a realidade existe.
Nos séculos XVI e XVII, a perspectiva do que era ciência, se baseava na razão e na fé.
Copérnico, Galileu, Bacon, Descartes, Newton são os grandes cientistas desses séculos, que passou a ser chamado de Idade da Revolução Científica.
Revolução Copernicana – Nicolau Copérnico desestruturou toda noção de mundo com sua primeira teoria, que ia contra a concepção geocêntrica da Igreja - de que a Terra era o centro do universo – quando provou com a concepção heliocêntrica, que mostra que o centro do universo é o Sol.
Galileu Galilei - inventor do telescópio – foi o precursor na abordagem empírica – do qual o conhecimento provém da experiência – e no uso da descrição matemática da natureza, e se tornou referência nas teorias científicas.
Francis Bacon, foi o primeiro a formular um esclarecimento sobre o método indutivo – realizar experimentos e extrair deles conclusões gerais.
Issac Newton desenvolveu uma teoria matemática, chamada de cálculo diferencial – que descreve o movimento dos corpos – Inspirou sua teoria na queda da maça.
René Descartes - fundador da filosofia moderna – mostrava a ciência como o conhecimento que é certo, a verdade. Para ele, ciência era o mesmo que matemática. A dúvida era o princípio fundamental do seu método – chamado cartesiano.
O pensamento é a essência da natureza humana, logo tudo que o ser pensa, intui e deduz é verdade.
Mesmo a notória importância desse pensamento, o mesmo também foi responsável pelo dualismo, que separa a mente da matéria, e a natureza dos seres humanos, o mundo físico do mundo social e espiritual.
A ideia de tratar dos homens como máquinas, obviamente trouxe consequências – na medicina por exemplo – ao se tentar entender uma parte e não o todo, você as vezes não consegue compreender nada.
Esse paradigma sustentou a sociedade até o início do século XX.
Mostrando que no final das contas, a história do conhecimento científico é nada mais do que uma busca pela verdade universal.
As revoluções e as novas formas de organização social
Final do século XVIII, e inicio do XIX, marcados por duas Revoluções: Francesa e Industrial – simultaneamente ao termino do sistema feudal, e consolidação do capitalismo. Todas essas movimentações na sociedade geraram impactos que não foram possíveis de serem explicados.
Por todas as movimentações e mudanças que aconteceram, foi necessário um olhar especial sobre a sociedade, a necessidade de uma ciência própria para estudar esses fenômenos, que até então não existia.
Revolução Francesa 🡪 Proclamação dos valores de liberdade, igualdade e reconhecimento do individuo como cidadão, o que seria a Democracia e Estado de Direito; Pessoas portadores de direitos e deveres – Declaração Universal dos Direitos dos Homens.
Revolução Industrial 🡪 Inovações de técnicas e industrialização crescente; Conjunto de mudanças sociais e econômicas.
Concentração de pessoas nas cidades, por causa do êxodo rural.
Substituição do trabalho humano por maquinas.
Divisão de trabalho em setores, cria a necessidade de alguém coordenar tudo.
As industrias impuseram sobre o trabalhador agrícola e artesão, uma nova disciplina - se submeter aos controles externos.
Produção em massa, por causa do ritmo acelerado que é feito pelas maquinas; e as maquinas possibilitam uma produção sempre igual.
Novas classes socias, o capitalista – quem compra o trabalho dos outros e é donos das empresas, e o operário – quem vende sua força de trabalho para se sustentar.
Todas as mudanças advindas dessas duas Revoluções, podem ser consideradas o contexto das origens da sociologia, que surgem com a necessidade de compreender todas essas alterações em tão pouco tempo.
O surgimento e o desenvolvimento da Sociologia
A sociologia é uma ciência que tem como princípio, para o seu estudo, sair do senso comum que se tem ao analisar os fatos sociais, onde para entender a sua complexidade é necessário um olhar profundo e crítico sobre o mundo.
Senso comum ou Conhecimento Espontâneo 🡪 É um conhecimento passado de geração por geração, por meio da cultura tradicional, onde se tem uma série de certezas incoerentes e explicações rasas, que acabam sendo reproduzidas e tomadas como verdadeiro, sobre assuntos dos quais as vezes nem se conhece.
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