A cultura do patrimonialismo

Conforme leituras, de acordo com Bergue(2010), a cultura é algo que permeia a estrutura, os processos e as pessoas de uma organização, interferindo de forma determinante no seu desempenho.

Mas, como faremos para mudar esta cultura do patrimonialismo e clientelismo político existente não só em nosso município, como em todos do Brasil? Quem sabe terá que ser acionado o Judiciário para corrigir erros do Legislativo e Executivo, e insucessos verificados nas reformas administrativas (PINHO, 1998; COSTA, 2007), e em muitas outras ações do governo. Quem o fará, se também tão comum quanto é a cultura da dispersão de responsabilidade, onde cada um espera que o outro faça algo?

De acordo com Ferreira et al.(2005), “compreender como os valores inerentes a cada pessoa interagem na organização, e de que forma são construídos e reconstruídos com base na interação com os valores de outrem e daqueles que gerenciam a organização, pode ser da maior relevância no processo de condução das organizações em direção à realização de seus objetivos”. Sendo assim, quais valores podemos atribuir às pessoas que praticam o nepotismo, “arranjam” a vida de parentes, amigos e simpatizantes? Lembrando, ainda, que mancham a imagem do Estado, já que o construir e reconstruir valores por estas pessoas formam o caráter da Organização, interferem em todo o propósito de existência do Estado, já que valorizam o interesse privado, próprio, em detrimento do interesse e bem-estar coletivo, público.

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