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A doença como metafora

Por:   •  30/1/2017  •  Artigo  •  279 Palavras (2 Páginas)  •  236 Visualizações

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O texto se apropria de uma perspectiva sócio antropológica, usando como referência no primeiro momento, as doenças tuberculose e câncer, em analogia ao século XIX, e no segundo momento a sífilis e o câncer, ambas no século XX.

A tuberculose foi apresentada sincronicamente no século XIX como uma doença mítica punitiva, que se apresentava ao indivíduo como sequela de algum ato provindo da promiscuidade ou desvio sociais.

O câncer se apresenta como diacronicamente no século XX como uma doença que se manifesta se prévia apresentação, invasiva, punitiva também.

Sontag demonstra como ambas, através desta analogia temporal, que ambas participam de um processo civilizador, pois os hospedeiros destas doenças, além de suas consequências em estágio de saúde, sofreram a coerção social que as mesmas proporcionavam.

Sob uma perspectiva antropológica, Sontag demonstra que a tuberculose, através do pensamento mítico, classificava “alguns” como portadores de uma doença benéfica, como foi o caso dos grandes literatos do século XIX, cuja carreira só teria devida apreciação se comungasse dos efeitos promovidos pela tuberculose.

O câncer, porém, sobre a perspectiva antropológica, por certas comunidades, passa a ser classificado como um tabu, em casos excepcionais, a pronuncia da palavra câncer, tende a ser proibida simbolicamente.

Sontag explicita também como determinadas doenças participam das esferas de coerção entre sagrado e profano, e nos traz os exemplos de A Ilíada, onde Apolo apresenta doenças sobre o povo que rapta a filha de Crises, ou na obra Édipo rei, onde Tebas é punida com a doença por abrigar um incestuoso.

Podemos desta maneira avaliar, como sugerido no próprio título deste ensaio, a doença como metáfora, onde seu usufruto participa de elementos estruturais, que perpassando o campo da medicina, se apresenta como elemento coercitivo, no sentido durkheimiano.

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