A questão da pessoa com deficiência

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

SERVIÇO SOCIAL

JULIANA SILVA SANTANA

A QUESTÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Jequié/BA

2013

JULIANA SILVA SANTANA

A QUESTÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná - como requisito parcial para a obtenção de média nas disciplinas Ética, Política e Sociedade, Antropologia, Formação Social Política e Econômica do Brasil, FHTM do Serviço Social.

Prof. Marcia Bastos, Giane Albiazetti, Gleiton Lima e Rosane Malvezzi

Jequié/BA

2013

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................4.

2. DESENVOLVIMENTO......................................................................................5

2.1 - Pessoa com Deficiência e Evolução Histórica ................................5

2.2 - Barreiras Física e Sociológicas........................................................... .....7

2.3 - Ações Positivas..........................................................................................8

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................10

4. REFERÊNCIAS.................................................................................................11

1. INTRODUÇÃO

Verifica-se por retrospectiva histórica, que os deficientes, hoje chamados de pessoa com necessidades especiais de forma geral, eram vistas com um olhar supersticioso, como um sinal de desarmonia e pecado, onde a existência da contradição do puro e impuro, perfeito e imperfeito eram marcas enraizadas que ainda nos dias atuais se perpetua em muitas culturas com muita força.

Na década de 70, surgiu o movimento da Integração com o conceito da normalização, expressando que a pessoa com deficiência deve ser proporcionada condições favoráveis no desenvolvimento social, profissional e intelectual na sociedade em que ela vive. Em meados da década de 90 começaram as discussões em torno do novo modelo de inclusão.

A pessoa com deficiência que na maioria das vezes são tratadas como “diferente”, tem sido vítimas de discriminação, exclusão e violência em nossa sociedade. O objetivo deste trabalho é expor de maneira crítica as dificuldades que os deficientes enfrentam no seu dia-a-dia, tendo como problemática o que a sociedade dispõem para lidar com questões que fogem do padrão normal, especificando algumas atitudes para facilitar a vida de pessoas que contam com o amparo social e de uma legislação. Legislação essa, que diz no Capítulo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988: “Que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito a vida, a igualdade, a segurança e a propriedade.”

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 - Pessoa com Deficiência e Evolução Histórica

O conceito de deficiência pode ser entendida como algo que foge dos padrões do tipo ideal ou que não é comum estatisticamente, quando uma pessoa apresenta algo que é diferente da maioria, podendo ser física, sensorial ou intelectual. A sociedade perpassou por esses conceitos de deficiência, passando a gerar práticas sociais diferentes, primeiramente os excluiu, depois começou a atendê-los em escolas especiais ou centros de reabilitação e integração social.

Quase 46 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência: Mental, Motora, Visual, Auditiva ou Intelectual, esse número corresponde a 24% da população total do País, sendo que a maior proporção está na região Nordeste e Sudeste.

Durante, a maior parte da História da Humanidade, a pessoa com deficiência era considerada pessoas incapacitadas, inferiores e sem condição de viverem socialmente, sendo isolados do convívio social, vivendo em um mundo à parte, sem autonomia. Podemos constatar que a maneira pela qual as diversas formações sociais lidam com as pessoas com deficiência, reflete a estrutura econômica, social e política do momento.

As pessoas com deficiência enfrentam muitos obstáculos em seu dia-a-dia e, nem todas são barreiras físicas, tais como o preconceito, a discriminação, a comiseração exagerada, certamente o sistema capitalista, mantenedor das desigualdades sociais, influencia de forma profunda no crescimento das dificuldades de acesso das pessoas com necessidades aos recursos sociais.

Segundo RAIÇA (1990, p.10) esses alunos “são vivos, sentem, observam, tem as mesmas necessidades que as outras crianças. Não se pode confiná-los em um mundo à parte.”

Dessa forma para fundamentar ainda mais a discussão acerca da historicidade das pessoas com necessidades especiais na sociedade brasileira, descrevemos para uma maior compreensão os principais fatos e acontecimentos decorridos entre os anos de 1954 a 2010:

1954 – Inicio do atendimento escolar aos indivíduos com deficiência no Brasil. Foi criada a APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais sendo