A questão social no Brasil
Artigo: A questão social no Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: paulla1708 • 3/11/2014 • Artigo • 1.451 Palavras (6 Páginas) • 424 Visualizações
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
CLAUDIEDJA TAVARES DE OLIVEIRA
QUESTÃO SOCIAL
GARANHUNS
2013
Sumário
1 Introdução.................................................................3
2 Desenvolvimento.......................................................4
3 Conclusão..................................................................8
4 Refências...................................................................9
1. INTRODUÇÃO
A questão social no Brasil nasceu atrelado ao desenvolvimento capitalista tardio, ela é o conjunto das expressões sociais de uma sociedade burguesa, que por mais que se tenham visto avanços na área social, ainda existem muitos conflitos que afetam a vida dos brasileiros.
2. DESENVOLVIMENTO
Devido ao surgimento industrial as cidades urbanas foram se tornando aglomeradas sem nenhuma condição estrutural para se viver. As pessoas eram atraídas para estas cidades, que surgiram em torno dessas indústrias, com um sonho de obter melhores condições de vida para suas famílias. Mas infelizmente não era isso que encontravam, pois se viam obrigadas a ocupar as periferias dessas cidades, onde se deparavam com moradias em péssimas condições o que acabavam prejudicando a própria saúde. Estas fábricas não tinham estruturas adequadas para os trabalhadores, que eram submetidos a excessivas horas de trabalho chegando até 14 horas por dia. Era uma verdadeira exploração da mão-de-obra desses homens, mulheres e crianças, que vendiam sua força de trabalho em troca de algo para os alimentarem.
Todas essas expressões fizeram com que o proletariado começasse exigir por seus direitos, articulando-se através de movimentos sindicais, onde surgiram as primeiras greves, pois queriam se libertar desse sistema que os oprimiam. Conforme Iamamoto:
No Brasil, suas origens devem ser localizadas na emergente sociedade urbano-industrial dos anos 1930, em uma conjuntura peculiar do desenvolvimento capitalista, marcada por conflitos de classe, pelo crescimento numérico e qualitativo da classe operária urbana e pelas lutas sociais que esta desencadeia contra a exploração do trabalho e pela defesa dos direitos sociais e de cidadania.
No início do século XIX, a questão social era tratada como caso de polícia, pois os pobres eram tratados como desajustados e que precisavam ser controlados e retirados da sociedade, pois diziam que estes prejudicavam o desenvolvimento econômico do país. Então é quando a classe burguesa, junto a igreja católica procuram resolver esses problemas, buscando uma forma de fazer com que esses não atrapalhassem sistema econômico vigente, pois uma vez que parassem com sua força de trabalho, as fábricas seriam atingidas acarretando assim, a economia capitalista. Foi daí que a igreja católica passou a intervir fazendo o papel de porta-voz da classe burguesa, dando assistência aos trabalhadores por meios de caridade e filantropia, isso era uma forma de conter as rebeliões. Portanto todas essas expressões como: analfabetismo, desemprego, moradias insalubres, exploração do proletário, segundo Iamamoto(2007), são expressões da desigualdade social, é que o capital está nas mãos de poucos (os chamados burgueses), enquanto a força da mão-de-obra (trabalho) está nas mãos da grande massa os proletários explorados.
A essa altura, a pobreza era um fenômeno mundial, de massa, exigindo medidas urgentes dos governantes e das autoridades ligadas à área social. Mais uma vez era preciso rever os mecanismos e estratégias operacionais da prática social, e mais uma vez a classe dominante se uniu à Sociedade de Organização da Caridade, cobrando-lhe medidas mais globais e de maior efetividade para a “questão social”. (IAMAMOTO, 1998).
Por volta de 1930/40, essas lutas de classe foram se tornando mais fortalecidas e as ações caritativas e filantrópicas estavam se tornando insuficientes diante desses conflitos. Pois devido ao capitalismo tardio, o Serviço Social emerge atrelado aos conflitos antagônicos da sociedade-urbano industrial. É daí que o Estado passa a ver a questão social como problema de Estado e se compactua junto a burguesia e a igreja para tentar solucionar algumas demandas, pois a classe operária estava se tornando cada vez mais forte através de movimentos sociais. É quando criam o Centro de Estudos e Ação Social (CEAS), fundadora da primeira Escola de Serviço Social do Brasil.
Esse curso tinha um caráter conservador europeu, administrados apenas para as moças da sociedade burguesa, apenas estas tinham o privilégio de estudarem, porque eram feitas algumas exigências que só cabiam a elas o direito de se matricula nesse curso, pois estavam fora do alcance dos pobres. O curso era coordenado por uma professora belga, Adele de Loneux, da Escola Católica de Serviço Social da Bélgica, lá elas eram instruídas em vários assuntos, como noções de higiene e também visitas as instituições beneficentes.
O objetivo era adaptar o indivíduo ao meio social e vice-versa, pois viam a questão social como problema moral responsabilizando os sujeitos individualmente, ou seja, queriam culpar esses indivíduos pelos problemas sociais, diziam a eles que se nasceram pobres é assim mesmo estava tudo certo. As moças eram instruídas a trabalharem com essas famílias, focando no psicológico e moral, como também instruindo-as em noções de higiene.
Nos anos seguintes foram
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