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A riqueza eo sofrimento do trabalho no Brasil

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Por:   •  22/1/2015  •  Artigo  •  349 Palavras (2 Páginas)  •  343 Visualizações

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Em 1980, no Brasil, com o fim da ditadura militar e o início do período Sarney, deu-se inicio aos primeiros influxos da nova divisão do trabalho com as primeiras alterações no tripé: setor produtivo estatal, capital nacional e capital internacional.

Foi observando a utilização da informatização produtiva com o uso do sistema just-in-time, produção baseada no tean work, visando os programas de qualidade total e a difusão da microeletrônica.

A intenção com métodos participativos era promover o envolvimento dos trabalhadores nos planos das empresas. O processo de reengenharia industrial estruturava-se devido às imposições das empresas transnacionais de novos padrões organizacionais e tecnológicos, uma forte competitividade internacional e adaptação ao avanço do “novo sindicalismo” e as formas de confronto e rebeldia dos trabalhadores também eram marcantes.

A reestruturação produtiva caracterizou-se pela retração de custos, realizada pela redução da força de trabalho. O aumento da produtividade veio por meio da reorganização da produção da redução do numero de trabalhadores, intensificação da jornada de trabalho dos empregados, controle da qualidade e dos sistemas de produção just-in-time.

Na segunda metade da década de 80, houve uma ampliação das inovações tecnológicas por meio da automação industrial. Em 1990, a reestruturação produtiva do capital desenvolveu-se intensamente com a implantação de vários receituários oriundos da acumulação flexível e do ideário japonês, com intensificação do lean production, do sistema jus-in-time, kaban, do processo de qualidade total, das formas de subcontratação e de terceirização da força de trabalho, da transferência de plantas e unidades produtivas, configurando como liofilização organizacional.

A busca por locais para as transferências das plantas industriais (mudanças geográficas espaciais) em busca de baixas remunerações da força de trabalho acentuou a superexploração do trabalho e os incentivos fiscais.

No Brasil, há uma mescla nítida entre o fordismo periférico e subordinado e os novos processos produtivos com as práticas toyotistas, que estão sendo fortemente assimiladas pelo setor produtivo brasileiro. O enxugamento da força de trabalho, somado às mudanças no processo produtivo e na organização social do trabalho, acarretaram na flexibilização e desregulamentação dos direitos sociais e terceirização fortalecendo o traço fordista. Em contrapartida, temos a acumulação flexível dos traços toyotistas.

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