ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE UMA

a análise”. Optou-se também por manter a estrutura do balanço patrimonial e da

DRE de acordo com a Lei 6404/76, porque as demonstrações analisadas no capítulo

quatro foram elaboradas conforme essa mesma lei.

2.2 A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E SUA IMPORTÂNCIA

A análise das demonstrações contábeis é uma técnica contábil pela qual é

possível extrair das demonstrações contábeis o máximo possível de informações

úteis aos usuários da contabilidade.

Para Franco (1989, p. 93) “analisar uma demonstração contábil é decompôla

nas partes que a formam, para melhor interpretação de seus componentes”.

Já Iudícibus (1982, p. 20) conceitua a análise como “a arte de saber extrair

relações úteis, para o objetivo econômico que tivermos em mente, dos relatórios

contábeis tradicionais e de suas extensões e detalhamentos”. O autor refere-se a

uma arte por se tratar de uma técnica que apresentará resultados que podem ser

semelhantes, mas nunca idênticos, pois sofre influência da visão do analista.

Para Matarazzo (2003, p.15) o objetivo da análise das demonstrações

contábeis “é extrair informações das demonstrações financeiras para a tomada de

decisões”.

Franco (1989, p. 20) contribui com o tema quando reconhece a importância

da análise das demonstrações contábeis, o autor afirma ser “através dela que a

contabilidade fornece informações analíticas e detalhadas que facilitam a leitura e a

interpretação das demonstrações contábeis”.

Para Franco (1989, p. 93) “se faz necessário analisar as demonstrações

contábeis para conseguir um maior grau de detalhamento das informações sobre o

estado em que se encontra o patrimônio e suas variações”.

Segundo Franco (1989), uma análise bem elaborada deve primeiramente

decompor o todo em partes, em seguida é indispensável compará-las entre si e

também no conjunto como um todo verificando a eficiência que cada uma representa

para o patrimônio.

“A análise das demonstrações contábeis de balanços pode determinar as

potencialidades e perspectivas para a empresa no futuro através do exame de

balanços projetados”. (FRANCO, 1989. p. 94).

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A técnica de analisar balanços possui muitos usuários como as instituições

financeiras e fornecedores que avaliam as contas a receber e a pagar devido ao

risco de conceder empréstimo ou comercializar com determinada instituição, os

investidores que antes de escolher seu investimento, mas certamente o maior

usuário são os administradores.

2.3 ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES

A partir do momento em que as Demonstrações Contábeis estiverem

prontas, ou seja, padronizadas é possível dar inicio a análise através dos índices. A

utilização das demonstrações faz maior sentido quando se mede o desempenho da

empresa, como a capacidade de solver seus compromissos, grau de risco e

lucratividade ou rentabilidade.

Os índices constituem uma técnica de análise muito empregada pelo fato de

facilitar o trabalho do analista, pois a interpretação através de percentuais é mais

significativa que a observação de montantes. De acordo com Matarazzo (2003, p.

147) “a característica fundamental é fornecer visão ampla da situação econômica ou

financeira da empresa”.

Conforme Matarazzo (2003) os índices podem evidenciar dois tipos de

situações: a financeira e a econômica, visto que os índices da situação financeira se

dividem em índices de estrutura de capitais e índices de liquidez. Aplicando-se os

índices de estrutura de capital é possível conhecer as fontes financiadoras de

recursos e onde estes foram aplicados, com isso tem-se noção das grandes linhas

de decisões financeiras tomadas na empresa.

Os índices de liquidez avaliam a capacidade da empresa em saldar seus

compromissos seja no curto ou longo prazo. Para evidenciar a situação econômica

utiliza-se os índices de rentabilidade, trata-se de índices que mostram quanto

renderam os investimentos, avaliando o êxito econômico obtido pela empresa.

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Índices para Análise

Símbolo Índice Fórmula Indica Interpretação

CT/PL

PC/CT

AP/PL

AP/PL+ELP

Estrutura Capital

Participação de

capital de terceiros

(endividamento)

Composição de

endividamento

Imobilização do

Patrimônio