ATPS CIENCIAS SOCIAIS
Casos: ATPS CIENCIAS SOCIAIS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: michela.putini • 15/8/2013 • 3.135 Palavras (13 Páginas) • 376 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
O presente desafio consiste na produção de um relatório, contendo um conjunto de registros argumentativos/críticos/reflexivos sobre a temática das Ciências Sociais e sua representação na sociedade.
Ao entender que as Ciências Sociais estudam a vida dos indivíduos em sociedade — sua origem, desenvolvimento, organização, grupos sociais e cultura —, compreende-se que, além de investigar as relações entre os sujeitos e seu coletivo, seu estudo permite interpretar problemas e refletir sobre os processos de transformação destas relações/estruturas sociais.
Este desafio torna-se relevante para a formação de profissionais críticos que entendam não somente as situações problematizadas em aula, mas que atuem com consciência na sociedade, ao cotejarem as diversas teorias e práticas presentes no universo acadêmico e ao proporem e produzirem situações de aprendizado reflexivo em relação às vivências. Para a produção deste material, a equipe deverá ler artigos e obras, assistir a filmes e elaborar textos crítico-reflexivos.
2. DESEMVOLVIMENTO
2.1 SIGNIFICADO DE CULTURA.
Cultura significa cultivar, e vem do latim colere. Genericamente a cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo homem não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade como membro dela que é.
Cultura na língua latina, entre os romanos tinha o sentido de agricultura, que se referia ao cultivo da terra para a produção, e ainda hoje é conservado desta forma quando é referida a cultura do soja, a cultura do arroz, etc.
Cultura também é definida em ciências sociais como um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais, aprendidos de geração em geração através da vida em sociedade. Seria a herança social da humanidade ou ainda de forma específica, uma determinada variante da herança social.
Cultura em filosofia é explicada como o conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou o comportamento natural. Já em biologia a cultura é uma criação especial de organismos para fins determinados. Cultura na antropologia é compreendida como a totalidade dos padrões aprendidos e desenvolvidos pelo ser humano.
A principal característica da cultura é o mecanismo adaptativo que é a capacidade, que os indivíduos tem de responder ao meio de acordo com mudança de hábitos, mais até que possivelmente uma evolução biológica. A cultura é também um mecanismo cumulativo porque as modificações trazidas por uma geração passam à geração seguinte, onde vai se transformando perdendo e incorporando outros aspectos procurando assim melhorar a vivência das novas gerações.
2.2 O INDIVIDUO E A SOCIALIZAÇÃO.
Socializar é interiorizar os conceitos, valores, crenças de determinada cultura, é o indivíduo construir para si um mundo histórico, humano, rodeado de significações. É a cultura em suas relações de interação entre os homens e a natureza que irá instituir a possibilidade de construção deste mundo histórico. Segundo Vaz (1966) a cultura possui um caráter objetivo e outro subjetivo, sendo que a face objetiva da cultura são as obras e a produção material do homem, e é no exercício do ato de criação cultural que o homem se realiza e emerge para o espaço humano da consciência de si mesmo. É neste espaço humano que o homem exprime a cultura subjetiva. Ele concebe a cultura como social e histórica, é o próprio sentido do homem no mundo e por isto ela é, também, humanizadora.
A cultura se constitui tanto no trabalho – em seu caráter objetivo – quanto em símbolos, regras, valores, ações, modo de ver e de ser no mundo – em seu caráter subjetivo – neste sentido ela se cria, se recria, se forma, se transforma, se externaliza, se objetiva e principalmente, se universaliza. O caráter universal da cultura, que possibilita ao homem “ser” humano, é que gera a possibilidade de socialização, de interiorização do conhecimento produzido pelas diferentes sociedades. Um mundo humano construído como um mundo de significações e valores.
Para Berger e Luckmann (1985), qualquer estudo teórico sobre sociedade deve abranger seus aspectos objetivos e subjetivos, pois estar em sociedade significa participar de sua dialética.
O ponto inicial deste processo é a interiorização, a saber a apreensão ou interpretação imediata de um acontecimento objetivo como dotado de sentido, isto é, como manifestação de processos subjetivos de outrem, que desta maneira torna-se subjetivamente significativo para mim. (BERGER E LUCKMANN, 1985, p. 174)
3. TRABALHO, CONSUMO E SOCIEDADE.
3.1 TRABALHO
O conceito do trabalho pode ser abordado a partir de diversos enfoques. A sua definição básica indica que é a medida do esforço feito pelos seres humanos. Na visão neoclássica da economia, por exemplo, constitui um dos três fatores da produção, juntamente com a terra e o capital.
Ao longo da história, a forma predominante do trabalho foi à escravidão (trabalho forçado, em que um homem domina outro, impedindo-o de tomar decisões livremente). A partir de meados do século XIX, a escravidão começou a diminuir e foi declarada ilegal. Desde então, o trabalho assalariado passou a ser a forma dominante do trabalho.
Esta concepção do trabalho indica que um indivíduo realiza uma certa atividade
produtiva pela qual aufere um salário, isto é, o preço do trabalho dentro do mercado
laboral. A relação de trabalho (relação laboral) entre o empregador (a entidade patronal)
e o empregado está sujeita a diversas leis e convenções, embora também exista aquilo a
que se chama de trabalho ao negro (aquelas contratações realizadas de forma ilegal e
que permitem explorar os interesses do trabalhador).
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