ATPS CIÊNCIAS SOCIAIS

Introdução

A sociologia é uma ciência relativamente nova quando comparada as ciências naturais, como a matemática, a física e a química. E só foi ser considerada disciplina científica quando intelectuais envolvidos no seu estudo começaram a usar métodos sistematizados para comprovar ideias, teses, pensamentos e observações, o que, assim como em outras ciências, consiste no chamado método científico.

O método científico é por definição a maneira ou o conjunto de regras básicas empregadas em uma investigação científica com o intuito de obter resultados o mais confiáveis quanto for possível, ele geralmente engloba algumas etapas como: a observação, a formulação de uma hipótese, a experimentação, a interpretação dos resultados e, por fim, a conclusão.

A palavra sociologia foi empregada inicialmente por Augusto Comte, em 1839, e é de constituição híbrida, formada pelo termo latino, socio, que exprime a ideia de social, e pelo termo grego, logos, relativo a estudo. E acabou por substituir o termo física social, antigamente usado para designar o campo dos estudos sociais.

Ela surge então, com o objetivo de compreender as novas formas de organização das sociedades e suas estruturas, que foram transformadas pelo surgimento da Revolução Industrial e posteriormente da Revolução Francesa, marcando assim, o início da sociedade moderna.

A Sociologia tem a função de, ao mesmo tempo, observar os fenômenos que se repetem nas relações sociais – e assim formular explicações gerais ou teóricas sobre o fato social –, como também se preocupa com aqueles eventos únicos, como por exemplo, o surgimento do capitalismo ou do Estado Moderno, explicando seus significados e a importância que esses eventos têm na vida dos cidadãos.

Existem hoje, entre os estudiosos dessa nova matéria, discrepâncias com relação a qual seria o objeto de estudos da sociologia. Para uns seria a sociedade, outros acreditam que é o estudo dos fenômenos sociais, das instituições, das relações humanas, do comportamento etc. Entretanto, todas as correntes filosóficas concordam que o estudo das relações e interações humanas é o seu conteúdo principal.

Então, podemos dizer que sociologia é o estudo sistemático da sociedade e de sua organização social, dos processos que interligam os indivíduos em grupos, instituições e associações, buscando compreender as diferentes formas de constituição das sociedades e suas culturas, e o comportamento social dos indivíduos.

De posse de informações e conhecimentos obtidos por estudiosos desta matéria, tentaremos através do desenvolvimento deste trabalho, explicar alguns conceitos e observações que essa nova ciência faz em relação as sociedades.

ATPS ciências sociais: 1º parte

Etapa 1

1.1 Definição de cultura

Cada indivíduo é influenciado por um conjunto de regras, normas, costumes, valores, que são adquiridos por ele ao longo de sua vida. Esse conjunto de normas, costumes, valores, constitui a cultura do indivíduo.

Para as ciências sociais, cultura não se refere apenas ao grau de instrução ou de aprendizado de uma pessoa. Seu sentido é amplo e diz respeito a um complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo homem não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade como membro dela.

Refere-se às formas de agir, pensar e sentir, de indivíduos que fazem parte de um mesmo grupo ou classe social, e que são aprendidas por eles desde o seu nascimento e se estendem até o seu desenvolvimento pessoal e profissional.

A cultura é aprendida pelos indivíduos através de um processo conhecido como socialização, que nada mais é, do que a convivência e o relacionamento que um ser humano desenvolve e mantém com outros. Inicia-se com a família e se amplifica passando pela escola e pelos grupos de status e de referência.

Cada grupo ou sociedade é caracterizado de acordo com os traços culturais dos indivíduos que os compõe. Esses traços estabelecem semelhanças e particularidades comuns a certo número de pessoas, distinguindo-os dos demais.

Todo ser humano que convive com outros em sociedade, possui cultura. Pois, a cultura não pode existir além da existência do ser humano, ela é externa a ele, faz parte dele e só existe nele. Como vimos, cultura é tudo relacionado às formas de sentir, agir e pensar, próprias dos diferentes indivíduos, grupos e sociedades, e só pode existir nos grupos humanos.

Uma cultura não pode ser considerada melhor ou inferior à outra, pois, elas são apenas diferentes entre si. Na nossa cultura, por exemplo, nós temos uma visão própria do que achamos bom, mau, ruim, bonito, feio, gostoso, saboroso etc. E, deste modo, muitas vezes acabamos por fazer comparações entre a nossa sociedade e as demais, estabelecendo como critérios elementos próprios do nosso meio, nos esquecendo deste modo, que cada sociedade tem um modo diferenciado de agir, pensar e de sentir o mundo.

No decorrer da história algumas nações com o objetivo de usufruírem dos recursos e riquezas de outras, buscaram explorá-las, usando como justificativa da dominação, argumentos referentes à inferioridade entre os povos e suas culturas. Quando na verdade, essa inferioridade étnica e cultural, não existe. Eram apenas ideias e ideais que o grupo dominante desejava difundir em sua nação para justificar seus atos criminosos.

Ainda hoje, um pequeno grupo detentor dos meios de produção, impõe, cria e difunde seus valores para os demais através dos meios de comunicação em massa. Fazendo com que a identidade cultural das pessoas se modifique ao longo do tempo em favor e de acordo com os interesses do grupo dominante. O que poderia ser evitado através do despertar criterioso das próprias pessoas. Onde o homem como indivíduo e constituinte básico da sociedade da qual faz parte, deve respeitar a existência das diferentes culturas, classes e grupos sociais, garantindo assim a heterogeneidade da sociedade e buscando se associar com outros indivíduos de forma amistosa.

1.2 Definição de sociedade

A palavra sociedade refere-se à associação amistosa entre os indivíduos de uma mesma sociedade. Estes indivíduos, como vimos, são agrupados de acordo com características comuns, criando entre eles um sentimento de coletividade. Onde as instituições jurídicas, sociais e econômicas, tem seu papel definido de acordo com as necessidades de seus membros.

E para o pleno convívio entre eles é de plena importância a existência de normas que são estabelecidas pela própria sociedade. Essas normas são expressas na forma de leis e estatutos, e o seu cumprimento é assegurado por instituições voltadas para este fim, e, em tese, devem abranger todos os indivíduos sem restrição.

As normas de convívio são criadas de acordo com o desejo, vontade, valores, e crenças da maioria da sociedade. E, como em todos os países, a própria sociedade garante que estes modelos sejam incorporados pelas gerações futuras, fazendo com que, elas tomem estes valores como seus, criando assim, uma identidade coletiva entre os membros que compõe dada sociedade.

As sociedades são na verdade, a forma como os indivíduos, grupos e classes sociais se relacionam e se organizam. O conceito de sociedade pressupõe uma convivência e atividade conjunta do homem, ordenada ou organizada conscientemente.

1.3 Definição de indivíduo

Segundo as ciências sociais, o indivíduo é o constituinte básico da sociedade. Cada indivíduo é uma personalidade formada pelo processo de socialização com o meio em que vive. A partir do qual herda seus valores, crenças e concepções de mundo, e por meio de suas experiências aprende a conviver em sociedade.

1.4 Real condição dos grupos sociais

É comum que dentro do tipo de sociedade da qual fazemos parte, a capitalista, nós nos depararmos com problemas sociais. Neste sistema excludente as pessoas valem pelo que possuem e não pelo seu caráter. Tanto, que as classes sociais são avaliadas por sua possibilidade de consumo, quanto maior o poder aquisitivo, maior o nível de colocação social. E, justamente aí, percebemos o contraste entre os diferentes grupos e classes sociais.

Poucos indivíduos pertencentes a um grupo pequeno são privilegiados com um poder aquisitivo imenso quando que comparado ao da maioria dos indivíduos. Os indivíduos desse grupo gozam do acesso à educação, saúde, lazer e segurança de qualidade. Enquanto que o restante recebe esses mesmos benefícios de forma precária.

A parcela da população desfavorecida briga entre si por uma melhor colocação na sociedade. Quando deveria estabelecer união entre seus membros e a partir disso despertar a visão do coletivo em vez do individual. Fazendo com que seja possível o acesso igualitário aos serviços sociais básicos e indispensáveis na vida do ser humano e para que haja igualdade econômica entre todos os indivíduos que compõem a sociedade.

ATPS ciências sociais 2º etapa

2.1 Considerações sobre o filme A Classe Operária Vai ao Paraíso

Com o surgimento das máquinas o sistema de produção se modificou e modernizou. Fazendo com que, as relações humanas também se modificassem, coisa que fica clara ao se analisar a revolução industrial.

Neste período, por exemplo, a população da zona rural a procura de trabalho nas fábricas e nas minas de carvão, migrou para a área urbana, causando assim, o crescimento desordenado desta; o surgimento das máquinas possibilitou a produção mais rápida e eficiente das mercadorias, substituindo deste modo, o trabalho demorado e complicado dos artesãos. Houve o surgimento do trabalho assalariado e de novas classes sociais como a burguesia e o proletariado, onde, aqueles que detinham os meios de produção acumulavam riquezas e poder, enquanto que, aqueles que vendiam sua força de trabalho eram explorados e humilhados.

O filme, A Classe Operária Vai ao Paraíso, retrata bem a luta de classes definida por Karl Marx, entre o proletariado (pessoas que vendem sua força de trabalho) e os burgueses (pessoas que detém os meios de produção). Onde os trabalhadores tem sua força de trabalho explorada em um processo chamado por ele de Mais Valia.

Segundo Marx, a Mais Valia ocorre quando o trabalhador ou operário recebe um salário inferior à sua produtividade, ou seja, produz muito e ganha pouco. Ficando com o patrão o lucro resultante da diferença entre o que se produziu e o que se pagou a quem o produziu. Fazendo com que os operários muitas vezes nem conseguissem comprar o que eles mesmos contribuíram para produzir.

Além da Mais Valia os operários também passavam por outros problemas dentro e fora das fábricas. Nas fábricas, eram submetidos a altas jornadas de trabalho em condições subumanas; não possuíam muitos direitos trabalhistas devido a um sindicato fraco e muito ausente; exerciam atividades repetitivas e desgastantes, além de serem pressionadas a cumprir às metas de produção; por desempenharem uma única etapa de produção, na maioria dos casos, nem chegavam, a saber, o que era produzido nas fábricas.

Fora do ambiente fabril, os operários sofriam com problemas psicológicos ocasionados pelas atividades repetitivas e desgastantes desempenhadas por eles nas fábricas, sem mencionar à pressão psicológica durante o horário de trabalho para manterem o ritmo da produção. E, por trabalharem muito e receberem pouco, os operários não possuíam muitas opções de lazer e nem conseguiam cumprir com seus deveres familiares, tendo suas esposas e filhos que trabalhar para não passarem necessidades.

Após a revolução industrial, a sociedade entrou em uma nova era, a do consumo. Esta nova era é marcada pelo desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informação e pela modernização dos meios de produção, o que possibilitou produzir mais, mais rapidamente e facilmente. E, por meio das modernas técnicas de Marketing, o consumidor toma conhecimento de uma variedade de produtos disponíveis a seu consumo.

2.2 Trabalho, Consumo, Sociedade

Nas últimas décadas houve um aumento significativo do consumo em todo mundo, provocado pelo crescimento populacional e, principalmente, pela acumulação de capital pelas empresas que puderam se expandir e oferecer os mais variados produtos, conjuntamente com os anúncios publicitários que propõe o consumo a todo o momento.

Consumir hoje virou sinônimo de qualidade de vida. E, nesta sociedade de consumo, os indivíduos como vimos anteriormente, estão em constante busca por ascensão pessoal e profissional. O que gera grande grau de competitividade e individualidade entre eles.

Muitas pessoas veem o trabalho não somente como a forma que o ser humano orienta a relação sociedade e natureza, da qual, retiramos e transformamos recursos naturais em materiais essenciais a nossa sobrevivência. Elas enxergam no trabalho, a possibilidade concretizar seus sonhos, atingir suas metas e objetivos de vida, além de ser uma forma de expressão na qual o indivíduo desenvolve suas habilidades e competências.

Referência Bibliográfica

PLT

http://www.brasilescola.com/sociologia/sociologia2.htm

www.infoescola.com/ciencias/metodo-cientifico/

http://answers.yahoo.com/question/index?qid=20130603123722AAcOru7

http://www.significados.com.br/trabalho123/

http://www.mundoeducacao.com/geografia/o-capitalismo695-sociedade-consumo.htm