Abordagem Estruturalista
Monografias: Abordagem Estruturalista. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 26/11/2013 • 976 Palavras (4 Páginas) • 503 Visualizações
Abordagem estruturalista da Administração
• Modelo Burocrático da organização;
• Teoria Estruturalista da Administração.
Abordagem Estruturalista - Teoria Estruturalista
A Teoria das Relações Humanas foi uma tentativa de introdução das ciências do comportamento na teoria administrativa através de uma filosofia humanística a respeito da participação do homem na organização. Contudo a partir da década de 1950 a Teoria das Relações Humanas entrou em declínio, pois se de um lado combateu a Teoria Clássica, por outro não proporcionou as bases adequadas de uma nova teoria que a pudesse substituir. A oposição entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas criou um impasse dentro da administração que mesmo a Teoria da Burocracia não teve condições de ultrapassar. A Teoria Estruturalista representa um desdobramento da Teoria da Burocracia e um leve aproximação a Teoria das Relações Humanas. Representa também uma visão bastante crítica da organização formal.
Origens da Teoria Estruturalista
A Teoria Estruturalista é administrativa baseada no movimento estruturalista, fortemente influenciado pela sociologia organizacional. Estrutura é o conjunto de elementos relativamente estáveis que se relacionam no tempo e no espaço para formar uma totalidade. Em administração, a estrutura corresponde a maneira como as organizações estão organizadas e estruturadas.
A Sociedade de Organizações
Para os estruturalistas, a sociedade moderna e industrializada é um sociedade de organizações, das quais o homem passa a depender para nascer, viver e morrer. Essas organizações são altamente diferenciadas e requerem dos seus participantes determinadas características de personalidade.
1. As organizações
As organizações permeiam todos os aspectos da vida moderna e envolvem a participação de numerosas pessoas. A Teoria Estruturalista concentra-se no estudo das organizações, na sua estrutura interna e na interação com outras organizações. As organizações são concebidas como unidades sociais (ou agrupamentos humanos) intencionalmente construídas e reconstruídas, a fim de atingir objetivos específicos. (Exercito, escolas, hospitais, igrejas, prisões).
2. O Homem Organizacional
Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o "homo economicus" e a Teoria das Relações Humanas, "o homem social", a Teoria Estruturalista focaliza o "homem organizacional", ou seja, o homem que desempenha papéis em diferentes organizações.
• Flexibilidade;
• Tolerância as Frustrações;
• Capacidade de adiar as recompensas;
• Permanente desejo de Realização.
1. Abordagem Múltipla: Organização Formal e Informal
Enquanto a Teoria Clássica se concentrava na organização formal e a Teoria das Relações Humanas somente na organização informal, os estruturalistas tentam estudar o relacionamento entre ambas as organizações: a formal e a informal, em uma abordagem múltipla.
A Teoria Estruturalista vai tentar relacionar as relações formais e informais dentro e fora da organização. Os estruturalistas não alteram os conceitos da organização formal e informal. (formal tudo o que estiver expresso no organograma como hierarquia, regras, regulamentos, controle de qualidade e informal as relações sociais).
2. Abordagem Múltipla: Recompensas Materiais e Sociais
Os estruturalistas combinam os estudos da Teoria Clássica e da Teoria das Relações Humanas. O significado das recompensas salariais e sociais e tudo que se inclui nos símbolos de posição (tamanho da mesa ou do escritório, carros da companhia, etc) é importante na vida de qualquer organização.
3. Abordagem Múltipla: Os diferentes Enfoques da Organização
As organizações para os estruturalistas podem ser concebidas segundo duas diferentes concepções:
• Modelo racional da organização;
• Modelo natural de organização.
4. Abordagem Múltipla: Os Níveis da Organização
Assim com o modelo burocrático de Weber, as organizações sofrem uma multiplicidade de problemas que são classificados e categorizados para que a responsabilidade por sua solução seja atribuída a diferentes níveis hierárquicos:
• Nível Institucional;
• Nível Gerencial;
• Nível Técnico.
5. Abordagem Múltipla: A Diversidade de Organizações
Enquanto a Administração Científica e a Escola das Relações Humanas focalizaram as fábricas, a abordagem estruturalista ampliou o campo da análise da organização, a fim de incluir outros tipos diferentes de organizações além das fábricas: organizações pequenas, médias e grandes, públicas e privadas, empresas dos mais diversos tipos (industrias ou produtoras de bens, prestadoras de serviços, comerciais, agrícolas, etc), organizações militares (exército, marinha, aeronáutica), organizações religiosas (igreja), organizações filantrópicas, partidos políticos, prisões, sindicatos, etc
6. Abordagem Múltipla: Análise Interorganizacional
Os estruturalistas além de se preocupar com os fenômenos internos, também se preocupam com os fenômenos que ocorrem externamente nas organizações, mas que afetam os que ocorrem dentro delas, ou seja, os fenômenos internos. Assim, os estruturalistas se baseiam em uma abordagem de sistema aberto e utilizam o modelo natural de organização como base de seus estudos. A análise organizacional passa a ser feita através de uma abordagem múltipla, ou seja, através das análises intra-organizacional (fenômenos internos) e interorganizacional (fenômenos externos).
Modelo Burocrático de Organização
Posteriormente, seus pressupostos fundamentais foram transpostos para o campo da administração, na forma de um modelo de gestão largamente adotado pelas organizações. O modelo burocrático tem como objetivo básico organizar detalhadamente e dirigir rigidamente as atividades da organização, com a maior eficiência possível.
Apesar de pretender dotar as organizações de confiabilidade e segurança administrativa, o modelo burocrático costuma ocasionar uma série de disfunções, acabando por comprometer a eficiência, a eficácia e a efetividade da gestão.
•Inflexibilidade
•Excessiva concentração das decisões
•Descomprometimento;
•Formalismo excessivo;
•Favorecimento à corrupção;
•Corporativismo;
Como vemos, os problemas que costumam ser gerados pela aplicação do modelo burocrático são bastante graves. Gifford e Elizabeth Pinchot, alertam que a organização burocrática está irremediavelmente fora de sintonia com a realidade contemporânea. Não se adequa esse arranjo ao momento que vivemos, em que pede-se aos empregados que considerem o todo organizacional, que sejam inovadores, que se preocupem em satisfazer os clientes, que tenham iniciativa própria, que priorizem o trabalho integrado em equipes e que não se limitem ao cumprimento de ordens. Nesse contexto, a burocracia é tão anacrônica quanto se tornou a servidão medieval em relação ao trabalho fabril do início da revolução industrial. Daí, a necessidade de buscarmos arranjos organizacionais alternativos.
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