Advogado Empregado
Dissertações: Advogado Empregado. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: klemar • 29/10/2013 • 8.986 Palavras (36 Páginas) • 383 Visualizações
ADVOGADO EMPREGADO
SUMÁRIO
1. Introdução.................................................................................................................... 3
2. Relação de emprego.................................................................................................... 3
2.1. Subordinação jurídica e a atividade do profissional............................................. 5
2.2. Subordinação jurídica e a autonomia no exercício da profissão........................ 6
2.3. Subordinação jurídica e o Estatuto da Advocacia................................................ 7
2.4.Ônus da prova........................................................................................................... 8
3. Duração do Trabalho.................................................................................................. 9
3.1. Jornada de Trabalho – Fixação em norma coletiva.............................................. 9
3.2. Jornada de Trabalho - Regime de dedicação exclusiva..................................... 10
3.3. Horas extras........................................................................................................... 12
3.4. Horas noturnas....................................................................................................... 13
4. Repousos................................................................................................................... 13
4.1. Férias ...................................................................................................................... 14
5. Remuneração............................................................................................................. 14
5.1. Salário mínimo profissional................................................................................... 14
5.2. Honorários de sucumbência.................................................................................. 15
6. Despesas.................................................................................................................... 16
7. Cargo de confiança.................................................................................................... 16
8. Equiparação Salarial.................................................................................................. 18
8.1. Ônus da prova......................................................................................................... 19
9. Estabilidade................................................................................................................ 19
10. Organização sindical............................................................................................... 21
10.1. Categoria profissional diferenciada.................................................................... 22
11. Estado como empregador – Advocacia pública .................................................. 25
12. Advogado e preposto – simultaneidade................................................................ 26
13. Conclusão................................................................................................................. 27
Bibliografia..................................................................................................................... 29
1. INTRODUÇÃO
A figura do advogado empregado não é nova. Seu perfil foi sendo esboçadas com a expansão das corporações industriais, inevitavelmente refletido em outros setores da atividade empresarial secundária ou terciária, estas últimas aninhando o exercício das profissões liberais.
Neste último século, de modo especial após o grande conflito armado de 1939/45, a prática das profissões liberais, consideradas socialmente nobres em sua origem, como era o caso, sobretudo, da medicina e da advocacia, foi sendo mais e mais sufocada pelas dificuldades econômicas para a formação e para a montagem da infraestrutura fundamental ao próprio exercício.
A concorrência exacerbada do mercado, provinda, em parte, da multiplicação de cursos habilitantes, de qualidade habitualmente duvidosa e, em outra parte, do oferecimento de melhores condições de aperfeiçoamento sob o patrocínio interessado das empresas, a sensação de segurança irradiada por sua estrutura econômica e pela assistência social prestada, foram impelindo os profissionais liberais de sua posição originária de trabalhadores autônomos para a de subordinados.
O desdobramento natural desse processo levou a uma outra considerável porção desses profissionais liberais a organizar-se eles mesmos em bases empresariais, individualmente ou sob forma associativa, passando, então, a subordinar trabalhadores de sua própria qualificação, como empregados.
Nesse contexto, constitui evolução seu reconhecimento pelo Capítulo V da Lei nº 8.906/94, ao contrário da postura de alheiamento do Estatuto anterior, aprovado pela Lei nº 4.215/63.
Na época da edição da Lei nº 8.906/94, o então Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Dr. José Roberto Batochio, justificou a inclusão do capítulo destinado aos advogados empregados, noticiando, na edição de julho/94 da “Voz do Advogado”, que 80% dos advogados pertenciam ao serviço público ou trabalhavam sob vínculo empregatício.
Acrescente-se que existe, também, uma grande parcela de advogados empregados que se encontram em situação irregular ou, como comumente se diz, sem carteira assinada.
A consciência legal de que existe o advogado empregado importou em algumas significativas mudanças em aspectos antes enfrentados apenas pelas normas sobre a relação individual de emprego da CLT, o acervo jurisprudencial dos tribunais trabalhistas e algumas
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