Antropologia: A violência neuronal

1. A violência neuronal

O admirável mundo novo… Assim ficará marcada a retirada do homem do ‘’campo’’ para a consolidação dos grandes meios urbanos. O campo já não era mais a única opção diante da humanidade. A evolução trouxe consigo o progresso, e o progresso trouxeram consigo o que conhecemos como Revolução Industrial, o grande estopim para a quebra de um sistema que antes era marcado por características feudais para um novo tipo de sistema, uma quebra do que era tido como mercantilismo e moeda única feudal para uma inovação econômica, o Capitalismo. Forçando então a civilização vigente a estar a par junto ao progresso.

O grande convívio social, porém, traz consigo um grande risco: As epidemias. Outrora, já muito conhecida, a Peste Bubônica, ‘’Peste Negra’’, trouxe uma nova forma de visão para a maioria da população. Era visto que um dogma religioso não poderia sobrepor-se diante do quesito medicinal, que muitas das vezes era tido como uma prática de bruxaria, condenada por muito pela Igreja. Porém, com a solução encontrada, era tido que os humanos não eram imunes contra enfermidades que pudessem vir a se alastrarem aos longos das futuras gerações, e que medidas enfim deveriam ser tomadas para a contenção de epidemias, como havia acontecido anteriormente no que se era chamada de Idade das Trevas. Tempos depois, fora vislumbre que uma enfermidade poderia dizimar mais do que dois grandes conflitos de escala global; A Gripe Espanhola.

Há sempre pragas e pestes que se destacam por várias as gerações. Alterações criadas através de laboratórios que possam vir a atormentar também toda uma população como também se é visto que uma simples doença pode vir a se tornar uma Arma de Guerra, como se é visto na criação de uma linha militar, onde armas químicas e biológicas são criadas para ameaçar nações. O mundo ao qual vivemos nos vigentes dias se distorce muito de outrora. A população é obrigada a ver-se adentro de seus respectivos ‘’muros’’ dos quais julga ser mais válidos de proteção, porém, sempre está à tona de uma precariedade e uma enfermidade.

Mas atualmente, peste negra e ebola já não mais nos assustam. Temos outro tipo de epidemias como, por exemplo, uma vertente dos transtornos neurais. E diante disso, alguns dos mais comuns são; ansiedade, depressão, TDAH e Síndrome de Burnout, etc... Tais problemas precisam de uma notória atenção, pois uma mente doente adoece o corpo e vice-versa. As pessoas ainda não se dão conta da importância de tratar tamanhos transtornos neurais. E diante disso, parte desse adoecimento é fruto da nossa sociedade, a qual prega que precisamos sempre estar produzindo. Precisamos sempre estar a um passo a frente, sabendo de tudo e todas as coisas. Assim como o mundo perdeu suas fronteiras, nós não estabelecemos um limite, estamos em um ritmo acelerado, a animação happiness, de Seve Cutts mostra bem isso, devemos ter uma vida perfeita, devemos ser antenados, porém, acompanhar esse mundo acelerado nos adoece, nós sabemos sobre tudo, menos lidar com nós mesmos, não damos atenção a nossa saúde psíquica e nem física, nos preocupamos em ser bem sucedidos, ter o carro do ano, o melhor celular, vários dígitos em nossa conta bancária. Vivemos uma falsa felicidade, queremos tudo de imediato, queremos sempre que tudo seja no nosso tempo e que tudo dê certo, algo que não anda conforme esse plano nos deprime, nos tornando pessoas ansiosas, depressivas, e estressadas, a cada dia mais com cargos os quais não gostamos, mas precisamos entender que vivendo de tal forma, não iremos chegar a lugar nenhum.