Análise De Cenas Do Filme Carlota Joaquina, A Princesa Do Brasil
Trabalho Universitário: Análise De Cenas Do Filme Carlota Joaquina, A Princesa Do Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fatima76 • 8/10/2013 • 1.136 Palavras (5 Páginas) • 4.392 Visualizações
FILME “CARLOTA JOAQUINA, A PRINCESA DO BRASIL” (1995, Carla Camurati)
Narra à história de Carlota Joaquina, espanhola, filha de uma mulher italiana muito fogosa que aos dez anos, casa-se com um príncipe de Portugal, tinha a ilusão de ser um lindo homem. Quando o encontra depara-se com a realidade que a acompanharia, dias difíceis. Anos mais tarde, as tropas napoleônicas ameaçam invadir Portugal e a família real foge para o Brasil onde Carlota Joaquina, torna-se “a princesa do Brasil”. O Brasil era uma colônia de Portugal, rica em pedras preciosas e diamantes. Também em produtos tropicais e subtropicais.
Algumas Cenas do filme:
Cena 1: Famílias são retiradas de suas casas para hospedar a Família Real
Cena das casas sendo deixadas para a família real, quando da chegada desta no Brasil: As famílias poderiam retirar somente os pertences pessoais. Ficaram sem casa, sem comida. É evidenciada nesta cena, a situação da hierarquia da autoridade que até os dias de hoje percebemos em nossa sociedade conforme o dito que ouvimos “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
A sociedade nesta época foi marcada por uma grande diferenciação social. No topo da sociedade com poderes políticos e econômicos estavam os senhores, abaixo uma camada média formada por pessoas livres (feitores, capatazes, padres, militares, artesãos e funcionários públicos). E na base da sociedade, os escravos, de origem africana, tratados como simples mercadorias e responsáveis por quase todo o trabalho desenvolvido na colônia.
A sociedade era patriarcal, era o senhor que exercia grande poder social. As mulheres exerciam pouco poder e nenhuma participação política, elas deveriam cuidar do lar e dos seus filhos. A casa-grande era a residência confortável destes senhores contrastando com a miséria e péssimas condições de higiene nas senzalas, habitação dos escravos.
Cena 2: A estrutura do casamento
Esta instituição pode ser analisada pelos mais variados pontos de vista, é de fato o alicerce, a base da sociedade e ponto de partida para a formação familiar. O matrimônio é para muitas mulheres um sonho de infância e motivo de muita expectativa, ainda é encarado por parte de alguns homens como punição, mas o senso comum nos mostra que tal decisão, de viver em comunhão com seu cônjuge é a alternativa da maioria das pessoas. Enfim há inúmeras formas e tipos de casamentos, a escolha do companheiro é individual, mas pode ter interferência por parte da família, religiosidade, classes econômicas distintas e com isso deixar de ser uma decisão livre e autônoma, para tornar-se algo negociável.
No inicio da colonização brasileira os melhores representantes, senão a própria família real, citada no filme “Carlota Joaquina a Princesa do Brasil” onde conta que oriunda da Espanha, Carlota foi prometida aos oito anos de idade ao Príncipe de Portugal Dom João VI, que dois anos mais tarde casariam, sendo submetida a rotinas inglórias para uma criança, para celebrar aliança entre as duas nações, com interesses políticos.Vista como uma mulher de personalidade forte e comportamento difícil, demoraram-se cinco anos para consumarem o casamento, superadas as limitações de saúde da realeza. Contudo não foi esse motivo suficiente para evitar a vida descomprometida da princesa que por vezes divertia-se com quem quer que fosse.
Foi este um casamento arranjado, mas não raro, existindo ainda hoje nas mais diversas culturas, que afunilam as escolhas dos filhos dentro de uma margem que nem sempre seria a vontade deles, mas de forma a manter tradições o acatam por opressão de costumes orientais e outros, fazendo com que o começo de vida tenha um gosto amargo, com forte predisposição de não alcançarem os dois sua felicidade plena e uma continuação de vida para os filhos comprometidos nas maneiras de outrora.
Por vez o casamento pode parecer ter o seu brilho ofuscado, onde muitos terminam por motivos banais, a falta de dialogo leva os dois a acreditarem ser a melhor solução seguirem caminhos distintos. Dentro de uma armadilha social, qual nos toma muito tempo na promessa de vida melhor na ótica capitalista, nos vendemos por preço caro, em prejuízo do
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