Análise Financeira

lisANÁLISE FINANCEIRA DO BLANÇO DOS DEZ CLUBES DE FUTEBOL BRASILEIRO COM MAIORES RECEITAS EM 2011

Edson Carlos Gonçalves Ferraz

Universidade Estadual de Londrina – UEL, 4º ano

Lucas Henrique Gracio Hemenegildo

Universidade Estadual de Londrina – UEL, 4º ano

Daniel Ramos Nogueira

Universidade Estadual de Londrina – UEL

Resumo

O artigo a seguir visa expor, com base em diversos indicadores, a atual situação financeira dos clubes de futebol de brasileiro. Para tanto foi tomada como base os clubes com maiores receita com cadastro na Confederação Brasileira de Futebol. Essas informações foram extraídas das próprias divulgações dessas equipes em seus sites ou periódicos na internet. Os indicadores usados para esse estudo mais detalhado da situação financeira desses clubes foram o Termômetro de Kanitz,, o Modelo Fleuriet, este sendo complementado pelos prognósticos de Roberto Braga e também os índices de liquidez e estrutura de capital propostos por Matarazzo. Apesar desses índices, a principio, serem utilizados apenas para empresas, os resultados gerados foram usados para comparação dos clubes entre si, para uma comparação mais justa, uniforme e com outras perspectivas. Os resultados do seguinte estudo mostra a urgência reestruturação que necessita passar as gerências dos clubes brasileiros, sendo degradantes os resultados obtidos com os índices analisados e se tratando de um esporte que possui uma forte ligação com os brasileiros

Palavras-chave: Índice de Liquidez, Demonstração de Fluxo de Caixa, Relação.

1. INTRODUÇÃO

Há muito tempo vem sendo divulgado na mídia a drástica situação econômica dos clubes brasileiros. Porém também se percebe um maior poder aquisitivo em investimento, contratações e reestruturações desses clubes que representam o esporte mais popular do Brasil.

Os clubes selecionados foram os de maiores receitas em 2011, que coincidem, não na mesma classificação, com os clubes de maiores torcidas no Brasil, são eles: Atlético Mineiro, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Internacional, Palmeiras, São Paulo, Santos e Vasco da Gama.

O problema que será abordado no seguinte artigo, é se a torcida desses clubes, que lotam estádios, compram camisetas e outros objetos, tem o que se preocupar com a gestão de seus clubes? Porque esses “cartoleiros” que dirigem seus clubes e que aumentam suas receitas e não conseguem diminuir as dívidas desses clubes. A mídia costuma exagerar um pouco nas informações passadas ou tem alguma torcida que tem mais que se preocupar um pouco mais e com razão?

Para se ter uma ampla análise, e diversificadas informações, foram utilizados alguns indicadores de balanços, voltados para as situações financeiras dos clubes

Esse trabalho fragmenta-se estruturalmente em referencial teórico, metodologia, apresentação e análises dos dados e considerações finais.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Para se avaliar a situação financeira de qualquer entidade, faz-se necessário que se defina alguns critérios de avaliação. Segundo SÁ (2006:93), “Analisar por quocientes é adotar um critério de coerência com a metodologia das ciências, pois é considerar “relações” de acontecimentos (no caso, patrimoniais).

Tendo em vista o atual cenário mundial, onde as informações se propagam em frações de segundos, encontram-se em abundância diversos métodos e/ou modelos para que se avalie financeiramente uma instituição. Considerando o problema e a amostra que norteiam o presente trabalho, principalmente o objetivo final e a sazonalidades de um clube de futebol, foram escolhidos o termômetro de Kanitz, o modelo Fleuriet de avaliação, além dos índices de liquidez e estrutura de capital expostos por MATARAZZO em sua obra Análise Financeira de Balanços.

2.1. TERMOMETRO DE KANITZ

Criado em 1978 pelo professor Stephen Charles KANITZ, este termômetro visa prever através de uma equação matemática as possibilidades de insolvência de uma entidade.

Para encontrar esta equação matemática Kanitz utilizou os seguintes procedimentos, segundo CALLADO (2003:3):

“[...] Kanitz (1978) analisou aproximadamente 5.000 demonstrações contábeis de empresas brasileiras. Após o estudo, ele escolheu aleatoriamente 21 empresas, que haviam falido entre 1972 e 1974, e analisou os balanços referentes aos dois anos anteriores a falência. Utilizou, como grupo de controle, também de forma aleatória, 21 demonstrações contábeis, referentes aos mesmos anos, de empresas que não faliram.”

Após está analise desta amostra ele chegou a seguinte equação:

X = (0,05 * RP) + (1,65 * LG) + ( 3,55 * LS) – (1,06 * LC) – (0,33 * PT)

Onde:

RP = Rentabilidade do Patrimônio (Lucro Líquido/Patrimônio Líquido)

LG = Liquidez Geral (Será exposta mais adiante)

LS = Liquidez Seca (Será exposta mais adiante)

LC = Liquidez Corrente (Será exposta mais adiante)

PT = Participação de capital de terceiros (Será exposta mais adiante)

Após o cálculo da equação acima, deve-se analisar o índice encontrado (x), caso seja um valor positivo a empresa encontra-se em situação solvente, caso seja no mínimo de -3, a entidade encontra-se em situação delicada que poderá levar a falência, e caso esteja abaixo de 3 negativo a empresa encontra-se insolvente. Conclui-se portanto que quanto maior o índice acima, melhor a situação financeira da entidade.

2.2. MODELO DE FLEURIET

O modelo de Fleuriet representou a época de sua elaboração uma outra visão menos estática com relação as formas de abordagem das análises financeiras de balanços, tendo em vista que as mesmas consideravam uma posição como se não houvesse uma continuidade, porém as correlações propostas por este modelo esta análise ganha uma certa mobilidade.

Para se iniciar os cálculos de modelo de Fleuriet faz-se necessário um rearranjo das contas componentes do Ativo e Passivo Circulante, a nova divisão se dará em: Ativo Circulante é composto por Ativo Circulante