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Atps Ciencias Sociais

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Por:   •  21/6/2013  •  1.945 Palavras (8 Páginas)  •  450 Visualizações

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DEFINIÇÕES DE CULTURA,INDIVÍDUO E SOCIEDADE.

Cultura é definida em ciências sociais como um conjunto de idéias comportamentos, símbolos e praticas sociais ,apreendidos de geração em geração através da vida em sociedade . Seria a herança social da humanidade ou ainda de forma específica, uma determinada variante da herança social. Quando usamos o termo, na conversa quotidiana é comum, pensarmos muitas vezes na cultura como arte, literatura, música e pintura. Os sociólogos incluem no conceito estas atividades, mas também muito mais. A cultura refere-se aos modos de vida dos membros de uma sociedade, ou de grupos desta sociedade. Inclui a forma como se vestem, os costumes de casamento e de vida familiar , as formas de trabalho, as cerimônias religiosas e as ocupações dos tempos livres abrange também os bens que criam e que se tornam portadores de sentido para eles- arcos e flechas , arados ,fabricas e maquinas, computadores, livros, habitações. A cultura pode ser distinguida da sociedade , mas há conexões muito estreitas entre estas noções . Uma sociedade é um sistema de inter relações que ligam os indivíduos em conjunto. Nenhuma cultura pode existir sem uma sociedade. Mas, igualmente, nenhuma sociedade existe sem cultura. Sem cultura, não seriamos de modo algum humanos, no sentido em que normalmente usamos este termo. Não teríamos uma língua em que nos expressaremos , nem o sentido da autoconsciência, e a nossa capacidade de pensar ou racionar seria severamente limitada.

A sociedade é um conjunto de indivíduos que partilham uma cultura com as suas maneiras de estar na vida e os seus fins, e que interagem entre si para formar uma comunidade. Embora as sociedades mais desenvolvidas sejam as humanas (estudadas pelas ciências sociais como a sociologia e a antropologia), também existem as sociedades animais (estudadas pela sociobiologia ou a etologia social). As sociedades humanas são formadas por entidades populacionais cujos habitantes e o seu entorno se inter relacionam num projeto comum que lhes outorga uma identidade de pertença. O conceito também implica que o grupo partilhe laços ideológicos, econômicos e políticos. Na hora de analisar uma sociedade, são tidos em conta fatores como o grau de desenvolvimento, a tecnologia alcançada e a qualidade de vida. A sociedade existe desde o próprio aparecimento do Homem, apesar de a sua forma de organização ter sofrido alterações ao longo da história. A sociedade do homem pré-histórico estava organizada numa forma hierárquica, em que um chefe (o mais forte ou sábio do grupo) ocupava o poder. Na Grécia Antiga, a tendência absolutista do poder começou a variar, já que as classes inferiores da sociedade puderem chegar a certos sectores de destaque na tomada de decisões através da democracia.

O individuo é definido como pessoa livre, autônoma e consciente do seu “status” e do seu “papel”, integra-se naturalmente no corpo social, onde busca realizar-se , consciência dos seus direitos e também de seus deveres.

ASPECTOS SOCIAIS, POLÍTICOS, HISTÓRICOS E CULTURAIS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS

É notório que hoje em dia, desde criança, cada indivíduo da atual sociedade urbana é direcionado, motivado e influenciado em seu desenvolvimento tendo em vista, de alguma forma, as características do mercado de trabalho e as estruturas do consumo próprias da nossa sociedade. Por exemplo, a escolha da formação escolar, as opções de aquisição de conhecimentos, a valorização e a carga simbólica emprestada a determinadas atividades, instituições, profissões e marcas de produtos e serviços, tudo isso está inserido numa enorme engrenagem que mantém em funcionamento o sistema político-econômico capitalista neoliberal globalizado que nos envolve. Além disso, esses direcionamentos aparentemente inofensivos apresentam, em algum grau, um incentivo mais ou menos explícito à manutenção do jogo da concorrência empresarial, da competitividade dos espaços de trabalho, da elevação dos padrões e da quantidade de consumo, entre outras coisas. Trabalho e consumo, na nossa sociedade, possuem características interdependentes.

Nessa esteira, quando se fala aqui do trabalho e do consumo envolvidos no funcionamento da organização social pautada no atual modelo político-econômico, não se trata de qualquer trabalho e de qualquer consumo. Há um modelo de trabalho e um padrão de consumo bem delimitado, com características próprias e de contornos relativamente precisos, segundo a nossa sociedade se organiza, se desenvolve e se compreende. O trabalho e o consumo a que me refiro aqui são diferentes, por exemplo, do trabalho praticado entre comunidades rurais mais tradicionais em que prevalece a base de troca de mercadorias e de serviços, em que a agricultura de subsistência ou com mínima produção de excedente ainda é forte e em que o mercado é exercido de modo marcadamente local, com predomínio de produtos de origem regional, baixo nível de processamento e industrialização, constância de padrões de consumo, etc.

Para nós aqui, traços importantes para se pensar o modelo de trabalho e de consumo cuja crítica é proposta são, por exemplo, a economicidade, a competitividade e a idolatria de certo desenvolvimento, temas que dominam os discursos típicos empresariais e do interesse dos grandes capitais em geral. Esses temas têm hoje uma força tal que chega a ser dotada de evidência, baseada em pressupostos assumidos indefinidamente pela sociedade e reafirmados dia a dia, muitas vezes sem qualquer reflexão acerca de alternativas, pela mídia, pelos governos e pelo senso comum. Tais discursos, ainda que irrefletidos, vêm se impondo e se sobrepondo ao discurso e ao espaço de muitos outros sistemas sociais e atividades humanas, tais como o domínio artístico, ambiental, religioso, do lazer, da saúde, da diversidade cultural, etc. Todos esses outros discursos são com frequência eclipsados pela força do discurso do desenvolvimento, da concorrência, da novidade tecnológica. A necessidade e o valor emprestado à criação de postos de trabalho com a instalação de uma grande empresa, por exemplo, em muitos casos, atropela institutos legais como a legislação orçamentária municipal, passa por cima de interesses de outros grupos, tal como comunidades indígenas ou quilombolas que vivem em áreas de interesse econômico, justifica agressões ao meio-ambiente tais como o corte de vegetação de valor significativo e a degradação de nascentes e do habitat de animais silvestres, justifica a transferência de valores públicos para o capital privado através de subsídios, incentivos fiscais, “maracutaias”, troca de favores na velha e conhecida politicagem, entre outras coisas.

BUMBANDO

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