Atps Ciências Sociais
Casos: Atps Ciências Sociais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: alcalde • 6/6/2013 • 2.524 Palavras (11 Páginas) • 466 Visualizações
Faculdade Anhanguera de Santa Barbara d Oeste
Administração –
ATPS Ciências Sociais
Fabio Gomes Felix Junior RA: 1299927539
Eder Rodrigo Alves RA: 4359822005
Daniele de oliveira Chiarion RA: 5724162357
Claudemir Gonçalves Saturno RA: 3830717883
Thiago Alcalde Furlan RA: 4359782737
Tutor a Distância: Reginaldo M. Coscrato
Tutor Presencial: Laudo Tognetta
Santa Barbara d Oeste – São Paulo 2012
1. INTRODUÇÃO
O termo cultura tem associações diferentes conforme termos em mente o desenvolvimento do individuo, de um grupo ou classe ou de uma sociedade. A cultura do individuo está dependente da cultura de um grupo ou classe, e que a cultura ou classe está dependente da cultura de toda a sociedade a que o grupo ou classe pertence. Por isso é a cultura da sociedade que é fundamental, e é o significado do termo cultura em relação a toda a sociedade é o que se devia examinar primeiro.
2. CULTURA, INDIVIDUO E SOCIEDADE
No senso comum, a cultura adquire diversos significados: grande conhecimento de determinado assunto, arte e ciência.
Aos olhos da sociedade cultura é tudo aquilo que resulta da criação humana. São ideias, artefatos, costumes, comportamento, sistemas, leis, crenças morais, conhecimentos, adquiridos a partir do convivo em sociedade.
A cultura é uma das principais características humanas, pois somente o homem tem a capacidade de desenvolver culturas, distinguindo-se dessa forma, de outros seres. Apesar das evoluções pelas as quais passa o mundo, a cultura tem a capacidade de permanecer quase intacta, e são passadas aos descendentes como uma memoria coletiva, lembrando que a cultura é um elemento social, impossível de se desenvolver individualmente.
Seja a sociedade simples ou complexa, todas possuem uma forma de pensar, agir, expressar e sentir. Não existe cultura inferior ou superior, melhor ou pior, mas sim culturas diferentes. Todos os povos e sociedades possuem sua cultura por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados das gerações passadas para gerações futuras.
Já o conceito de cultura de massa pode ser definido como padrões compartilhados pela maioria dos indivíduos, independente da renda, instrução, ocupação e etc.
Satisfazer as necessidades humanas; limitar normativamente essas necessidades; implicam em algumas formas de violação da condição natural do homem, essas são algumas funções da cultura que envolve o individuo dentro de uma sociedade.
3. O FILME "A classe operária vai ao paraíso", de Elio Petri (Itália, 1971)
O filme retrata a vida de Lulu Massa que é um operário consumido pelo capital e cujo trabalho estranhado consome sua vida. A história transcorre na década de 70, que foi um período de profundas transformações no capitalismo do mundo todo, pois após um de um período de conquistas para a classe trabalhadora, o padrão de acumulação taylorista-fordista entra em plena decadência. O resultado seria que muitos dos direitos conquistados seriam postos a prova pela burguesia da época, que objetivando diminuir os custos introduzem inovações tecnológicas poupadoras de força de trabalho. O papel do trabalhador na geração de riqueza passa a ser questionado. A crise capitalista faz com que a organização dos trabalhadores se depare com o aumento do desemprego e a carestia.
O filme tem como cenário principal a BAN, uma fábrica que produz peças para motores. Ela utiliza o sistema de metas de produção, sendo que o desenvolvimento tecnológico que leva ao aumento da produtividade do trabalho não tem sido acompanhado do acréscimo salarial. Lulu é o operário-padrão da fábrica, porem sofre um acidente na maquina que opera e é hostilizado pelos outros companheiros de chão de fábrica. O se evidenciava cada vez mais que o homem se tornara um apêndice da máquina, não é mais a ferramenta que é construída para adaptar-se a mão do homem, é o homem que tem de adaptar-se à máquina. Após perder um dedo no acidente, Lulu adota uma atitude critica ao modelo de exploração, confrontando a gerencia. Os operários de maneira geral contestam as cotas. Após uma greve, Lulu tem que pagar um preço pela sua conduta confrontadora e é demitido. Após negociações, ele consegue ser readmitido na fábrica, voltando à linha de produção e reintegrando-se ao coletivo de trabalho. Devido à mobilização operária, o sistema de cotas é revisto pela direção da fábrica. Desta forma podemos apontar dois importantes pontos: primeira produção de mais-valia relativa (inovação técnico-organizacional do capital), desvalorização da força de trabalho como mercadoria, degradação do trabalho vivo (saúde do trabalhador) e resistência contingente e necessária do proletariado. Segundo, capital consome trabalho vivo e trabalho estranhado consome vida. Os dois eixos explicativos da estrutura narrativa do filme constituem os traços essenciais do que seria a precarização (e precariedade) do trabalho no capitalismo global.
“Eu sou uma máquina, eu sou uma roldana, eu sou uma rosca,
eu sou um parafuso, eu sou uma correia de transmissão,
eu sou uma bomba, aliás, a bomba está estragada,
não funciona mais, e agora não pode mais ser reparada”.
(Lulu Massa)
“Os pobres ficam loucos porque tem pouco, e os ricos ficam loucos porquetem demais”(Militina)
É notório que hoje em dia, desde criança, cada indivíduo da atual sociedade urbana é direcionado, motivado e influenciado em seu desenvolvimento tendo em vista, de alguma forma, as características do mercado de trabalho e as estruturas do consumo próprias da nossa sociedade. Por exemplo, a escolha da formação escolar, as opções de aquisição de conhecimentos, a valorização e a carga simbólica emprestada a determinadas atividades, instituições, profissões e marcas de produtos e serviços, tudo isso está inserido numa enorme engrenagem que mantém em funcionamento
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