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BLOCH, Marc. Apologia Da História

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Por:   •  7/10/2014  •  585 Palavras (3 Páginas)  •  451 Visualizações

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BLOCH, Marc. Apologia da História. Tradução: André Telles. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2002. p.41 à p.67.

“Por hora estamos apenas, quanto a esse assunto, no estágio do exame de consciência. Cada vez que nossas tristes sociedades, em perpétua crise de crescimento, põem-se a duvidar de si próprias, vemo-las perguntar se tiveram razão ao interrogar o seu passado ou se o interrogaram devidamente.” (p.42).

“Como todos os historiadores, eu penso. Sem o quê, por quais razões teriam escolhido esse ofício? Aos olhos de qualquer um que não seja um tolo completo, com quatro letras, todas as ciências são interessantes. Mas todo cientista só encontra uma única cuja pratica o diverte. Descobri-la para a ela se dedicar é propriamente o que se chama vocação.” (p.43).

“Ninguém, imagino, ousaria mais dizer hoje em dia, como os positivistas de estrita observância, que o calor de uma investigação se mede, em tudo e para tudo, por sua aptidão a servir a ação.” (p.45).

“Pois há uma precaução que os habituais detratores da história parecem não ter percebido. A palavra deles não carece nem de eloquência, nem de espirituosidade. Em sua maioria porém, omitiram-se de se informar exatamente sobre aquilo de que falam.” (p.46).

“Aceitamos muito mais facilmente fazer da certeza do universalismo uma questão de grau. Não sentimos mais a obrigação de buscar impor a todos os objetos do conhecimento um modelo intelectual uniforme, inspirado nas ciências da natureza física, uma vez que até nelas esse gabarito deixou de ser integralmente aplicado.” (p.49).

“Não deixa de ser menos verdade que, face à imensa e confusa realidade, o historiador é necessariamente levado a nela recortar o ponto de aplicação particular de suas ferramentas; em consequência, a nela fazer uma escolha que, muito, claramente, não é a mesma que a do biólogo, por exemplo; que será propriamente uma escolha de historiador. Este é um autentico problema de ação. Ele nos acompanhará ao longo de todo o estudo.” (p.52).

“Uma coisa é, para a inquieta consciência que busca uma regra para sí, fixar sua atitude em relação à religião católica, tal como é definida cotidianamente; outra coisa é, para o historiador, explicar o catolicismo do presente como um fato de observação.” (p.58).

“Supõe em primeiro lugar que as condições humanas sofreram, no intervalo de uma ou duas gerações, uma mudança não apenas muito rápida, mas também total: de modo que nenhuma instituição um pouco antiga, nenhuma maneira de se conduzir tradicional, teria escapado às revoluções do laboratório ou da fábrica. Isso é esquecer a força da inércia própria a tantas criações sociais.” (p.63).

“Representa-se a corrente da evolução humana como formada por uma série de breves e profundos sobressaltos, dos quais cada um não duraria senão o espaço de algumas vidas. A observação prova, ao contrário, que nesse imenso continuum os grandes abalos são perfeitamente capazes de propagar desde as moléculas mais longínquas até as mais próximas.” (p.64).

“Li muitas vezes, narrei frequentemente, relatos de guerras e de batalhas. Conhecia eu verdadeiramente, no sentido pleno do verbo conhecer, conhecia por dentro, antes de

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