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Behaviorismo: Definição e História

Por:   •  17/2/2018  •  Dissertação  •  2.015 Palavras (9 Páginas)  •  247 Visualizações

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1 Behaviorismo: definição e história

Como já sabemos, todas as ciências tiveram como berço a filosofia, e foi um percorrido um longo caminho até que houvesse o desligamento entre ambas. Em quanto a ideologia filosófica explicava fenômenos, atribuindo suas causas a poderes divinos, por outro lado, como o movimento iluminista surgiram pensadores que procuravam explicar de maneira racional o porquê, e como corriam os fatos, descartando explicações abstratas.

A ideia da existência de um criador para explicar os seres vivos estava sendo cada vez mais contestada, principalmente quando filósofos começaram a dessecar animais para estuda-los e compreender o funcionamento do organismo. Ao fazer um desses experimento William Harvey (1578-1657) relacionou o funcionamento do organismo como o de uma máquina, e suposições que os seres vivos tinham vida por serem portadores de alma iam sendo contestadas. Discursões em torno da vida e sua suposta criação, ganhou proporções ainda maiores quando Charles Darwin (1809-1882) elaborou a teoria da evolução por seleção natural em meados de 1859.

No caso da psicologia, ainda se tem especulações se pode considera-la uma ciência. No século XIX a mente era considerada o objeto de estudo da psicologia, porém, o único método “cientifico” de estuda-la seria o mesmo usados pelos filósofos, o método introspectivo. Que por sua vez, não possibilitava o desligamento da psicologia com a filosofia, além dos resultados possibilitados pelo método não serem fidedignos. Afim de superar esse impasse, recorreram a métodos objetivos (Psicologia Objetiva) que proporcionava a fidelidade dos resultados obtidos, e o método comparativo (Psicologia Comparativa) que assemelhava aspectos fisiológicos funcionais e comportamentais dos seres vivos, entre eles o ser humano.

Foi com Watson (1879-1958) que a psicologia começa a construir um objeto de estudo mais concreto e possível de ser observado, o comportamento. Watson elabora sua teoria e desconsidera termos como, mente, consciência, e evitaria a subjetividade da introspecção e comparações entre o ser humano com animais, e focaria apenas no comportamento observável. Mas foi Skinner (1904-1990) que revolucionou a forma de fazer ciência. Nomeou sua teoria de behaviorismo radical, onde primava por estudos científicos para explicar o comportamento.

Para ser possível estudar o comportamento teria que ter os dados necessários para que o mesmo pudesse ser previsto. O chamado determinismo, traz a ideia que o comportamento pode ser determinado apenas pela hereditariedade e o meio em que o sujeito estaria inserido. Mas isso trouxe especulações, por privar o indivíduo de escolhas, sendo assim ele já estaria determinado a ser o que é. Onde estaria sua vontade ou seu direito de escolha? Um outro elemento além da hereditariedade e ambiente, entra em sena, o livre-arbítrio. O livre-arbítrio seria a liberdade do indivíduo de fazer suas escolhas sem ser forçado pela hereditariedade ou ambiente. Tentando unir essas duas ideias, filósofos propuseram teorias chamadas “determinismo brando”, que consiste no comportamento dependendo da hereditariedade e da história cultural, não focando apenas no ambiente atual do indivíduo. Porém o livre-arbítrio ainda seria uma ilusão por ainda ter sua origem a partir da hereditariedade e do meio.   E a segunda teoria seria “teorias compatibilizadoras”, que consiste na reflexão sobre qual decisão tomar. Todavia, ainda teria vínculo com a ideologia determinista, pois a própria reflexão sobre qual decisão tomar seria oriunda de aspectos hereditários ou ambientais anteriores. O livre-arbítrio é concebido pelos filósofos, como livre-arbítrio arbitrário, a ideia de que a escolha pode ser feita sem depender de eventos passados. As únicas ideias q não são aceitas pelo behaviorismo são as propostas pelo judaísmo e o cristianismo.  

2 O behaviorismo como filosofia da ciência

A ideia dos behavioristas radicais de como se obter uma ciência confiável, tinha como base a ideologia pragmática, por outro lado, alguns filósofos ainda tinham o realismo como base para compreender os fatos. Para o realismo considerava um mundo material fora do indivíduo, mundo esse, que o indivíduo entrando em contato daria origem suas experiências. Para o realismo, seria possível explicar algo, entrando em contato com o mesmo buscando compreender seu funcionamento. Esse conhecimento construía-se gradualmente até se chegar a verdade. O realismo não se detinha em meras descrições de como se percebia um fato, e sim, na explicação do funcionamento do mesmo.

Um dos principais nomes do pragmatismo é William James (1842-1910). Para o pragmatismo, o objetivo da investigação cientifica não consiste na compreensão do funcionamento dos fatos em questão, mas sim, no que pode ser feito com esse conhecimento. Reflexões sobre questões abstratas, impossível de ser aplicadas, e hipotéticas, são consideradas inúteis por não fornecer subsídios que possam ser utilizamos para promover possíveis intervenções ou alterações necessárias.

Graças as contribuições William James e Ernest Mach, a ideia de experiência e ciência tiveram desdobramento mais claro, e colaborou para o behaviorismo moderno. Mach comparou os símbolos que os indivíduos usavam para se comunicar, como se fossem conceitos que facilitam a interação dos mesmos. Essa ideia colaborou para a criação do termo economia conceitual, que visa classificar em termos, experiências que deram certo e podem ser replicadas que certamente terão os mesmos resultados das anteriores, sendo assim, não seria necessário uma outra pessoa refletir novamente sobre como fazer a mesma atividade. Como por exemplo: resposta, estimulo e reforço.

O behaviorismo radical, tem em sua gênese o pragmatismo, pois oferece uma visão de objeto de estudo mais objetivo. Diferente do behaviorismo metodológico compreendiam o mundo real e o subjetivo que dependia das percepções de cada indivíduo.

4 Teorias da evolução e reforço

A teoria da evolução proposta por Darwin, deixa sua contribuição para a construção do conhecimento acerca do comportamento, tanto dos animais, quando do ser humano. A teoria de Darwin, tem como premissa a história evolutiva, ou filogênese, ou seja, ele compreende que comportamentos atuais não surgiram de uma hora para outra, mas, foram aperfeiçoados ao longo dos anos e passados geneticamente ao decorrer dos séculos. Isso aconteceria devido as adaptações de cada espécie em busca da sobrevivência, os que tivessem menos aptidão para sobreviver tinham menos probabilidade de passar sua carga genética a gerações futuras, e os que se adaptassem melhor ao meio ambiente viveriam mais e assim teriam mais chances de sobreviver. Com o passar dos anos, entre aquele grupo de animais teriam apenas os indivíduos mais adaptáveis, e a reprodução dos mesmos herdariam as características anatômicas e comportamentais de seus antepassados.

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