CAPITAL CONSTANTE E CAPITAL VARIÁVEL
Exames: CAPITAL CONSTANTE E CAPITAL VARIÁVEL. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: vilascapovilla • 27/1/2014 • 1.165 Palavras (5 Páginas) • 375 Visualizações
CAPITAL CONSTANTE E CAPITAL VARIÁVEL
A mais valia resulta da produção de mercadorias, a mais valia produzida em cada empresa particular deve ser necessariamente diferente, e isso sem levar em conta a grandeza do capital.
Marx investiga a dualidade do trabalho e a consequente dualidade dos resultados do trabalho. Devido à sua propriedade abstrata, como dispêndio de força de trabalho humana, o trabalho agrega novo valor aos valores dos elementos do processo de trabalho (os meios de produção). Devido à sua propriedade concreta, específica, útil, o trabalho media a transferência do valor dos meios de produção ao produto final, que incorpora tal valor. Logo, o trabalho conserva valores e cria valores; realiza, ao mesmo tempo, dois processos diferentes. Considerando tais características, percebe-se que o capital adiantado pelo capitalista é transformado em capital de caráter diverso, de papéis diferentes no processo de trabalho. Uma parte do capital, convertida em meios de produção, como máquinas e matérias-primas, conserva valor, e por isso é chamado de Capital Constante. Outra parte do capital, convertida em Força de Trabalho, cria valor (podendo criar mais ou menos valor, variando conforme as horas trabalhadas que excedem o valor do próprio trabalho) com os movimentos que realiza na produção; por isso, é chamado de Capital Variável.
Os diferentes fatores do processo de trabalho tomam parte de diferentes modos na formação do valor do produto.
O trabalhador acrescenta novo valor ao objeto do trabalho, ao acrescentar determinada quantidade de trabalho, abstraindo o conteúdo determinado, a finalidade e o caráter técnico do trabalho.
Por outro lado, os valores dos meios de produção consumidos reaparecem como partes integrantes do valor do produto (por exemplo, os valores de leite, cacau e máquinas no valor do chocolate). O valor dos meios de produção conserva-se pela sua transferência ao produto final, que ocorre durante a transformação dos meios de produção em produto, no processo de trabalho. Isso é realizado através do trabalho.
O trabalhador, ao mesmo tempo, agrega valor ao produto final e conservar seu valor anterior, que conta nos elementos constituintes do processo de trabalho. Assim, pelo mero acréscimo de novo valor conserva o valor antigo. Esses são dois resultados totalmente diferentes que o trabalhador alcança ao mesmo tempo. Por isso, essa circunstância configura uma dualidade de resultado, que se explica pela dualidade de seu próprio trabalho.
1) Por um lado, o trabalhador agrega tempo de trabalho e, portanto, valor sob a forma de seu modo peculiar de trabalho produtivo. Um trabalhador profissional em seu ofício trabalha mediante forma orientada a um fim, realizando um trabalho útil. Agrega, porém, trabalho em geral, abstrato, Por isso, agrega novo valor.
2) Analisando o tempo de trabalho acumulado, sabe-se que o tempo de trabalho necessário para a produção de valor de uso então consumido no processo de trabalho é parte do tempo de trabalho necessário para a produção do novo valor de uso. Portanto, o tempo de trabalho é transferido no processo. O trabalhador conserva os valores dos meios de produção gastos transferindo-os, e agora são componentes do valor do produto final. Isso acontece pelo caráter particularmente útil do trabalho, pois a atividade produtiva, adequada a um fim, revive os meios de produção, mortos, para serem elementos do processo de trabalho.
Assim, em virtude de sua propriedade abstrata, geral, como dispêndio de força de trabalho humana, o trabalho agrega novo valor aos valores dos elementos do processo de trabalho. Em virtude de sua propriedade concreta, específica, útil, transfere o valor desses meios de produção ao produto e recebe assim seu valor no produto.
A propriedade em virtude da qual o trabalho conserva valores é essencialmente diferente da propriedade em virtude da qual ele cria valores.
Quanto mais tempo de trabalho necessário é absorvido durante a operação pela mesma quantidade de objeto de trabalho, tanto maior é o novo valor agregado. Quanto mais rápido é realizada a atividade no mesmo tempo de trabalho, tanto maior é o valor antigo conservado no produto. Logo, a transferência pode ser alterada conforme a produtividade, conforme os meios de trabalho se tornem mais caros ou mais
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