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CIencias. Weber

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Por:   •  30/5/2013  •  Tese  •  739 Palavras (3 Páginas)  •  299 Visualizações

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Questão discursiva:

Leia o texto abaixo e responda as perguntas apresentadas: Coronelismo , enxada e voto “E assim nos parece este aspecto importantíssimo do ‘coronelismo’, que é o sistema de reciprocidade: de um lado, os chefes municipais e os ‘coronéis’, que conduzem magotes de eleitores como quem toca tropa de burros; de outro, a situação política dominante no Estado, que dispõe do erário, dos empregos, dos favores e da força policial, que possui, em suma, o cofre das graças e o poder da desgraça. É claro, portanto, que os dois aspectos – o prestígio próprio dos ‘coronéis’ e o prestígio de empréstimo que o poder público lhes outorga – são mutuamente dependentes e funcionam ao mesmo tempo como determinantes e determinados. Sem a licença do ‘coronel’ – firmada na estrutura agrária do país –, o governo não se sentiria obrigado a um tratamento de reciprocidade, e sem essa reciprocidade a liderança do ‘coronel’ ficaria sensivelmente diminuída”. Fonte: LEAL, V. N., Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Omega, 1986, 5ª ed., p. 43.

1- Weber, em sua perspectiva teórica sobre dominação, estabelece três tipos puros. Identifique e justifique o tipo de dominação presente no texto.

R: Nota-se a existência da dominação tradicional, devido ao embasamento na crença e nos poderes dos senhores onde há a relação de suserano-vassálica, diferentemente da dominação legal que se baseia na formalidade. O conceito de poder é impreciso e amorfo, por isso toda uma sociedade com um conjunto de interesses pode colocar alguém na condição de impor sua vontade em uma dada situação. Assim, ele propõe o conceito de dominação, um caso especial de poder, que se refere a probabilidade de encontrar obediência à uma determinada ordem, o que implica em se ter uma forma de subordinação de sujeitos por outros sujeitos. A diferença básica entre as concepções reside no fato de, no caso do poder, a obediência não é um dever, enquanto que, quando se fala em domínio, a obediência se alicerça no reconhecimento da legitimidade, por parte daqueles que obedecem, das ordens que lhes são dadas.

2- Pode-se afirmar, na perspectiva weberiana, que o patrimonialismo é um entrave à modernidade? Justifique.

R: Sim, pois o patrimonialismo é a substantivação de um termo de origem adjetiva: patrimonial, que qualifica e define um tipo específico de dominação, e a dominação é um tipo de poder que representa a vontade do dominador. O patrimonialismo, portanto, explica a fundamentação do poder político, ou seja, como estes se organizam e se legitimam, caracteriza-se pelo poder político organizado através do poder arbitrário/pessoal do príncipe e legitimado pela tradição. Em uma sociedade liberal, os conflitos de classe são resolvidos pelo Estado. Já no Estado Patrimonialista, típico exemplo do caso brasileiro, o poder público é o lugar onde a sociedade se constitui. O Estado é o próprio patrimônio, é organismo a ser parasitado por grupos de interesses e indivíduos dedicados a transformarem a coisa pública em coisa própria. O Estado como protagonista das ações sociais é a causa do “autoritarismo brasileiro”. Na tradição brasileira, todas as questões – religiosas, econômicas, educacionais – passam sempre pelo crivo do poder público. O Estado, marcado

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