Marxs e Weber nas Ciências Sociais
Por: Orene • 10/4/2017 • Resenha • 925 Palavras (4 Páginas) • 274 Visualizações
DINIZ, Rosemeri Birck; SOUZA, Raquel Aparecida. Pensamento Marxista e a educação na Sociedade Capitalista Atual. Universidade Federal do Tocantins.
SOUTO, Tamiris Albernaz; SILVA, Flávio Augusto; SANTIAGO, Heverton Luiz Pereira, O Pensamento sociológico de Max Weber. Faculdade Atenas
Ética protestante in Artigos de apoio Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2017. Disponível em
PASSOS, Daniela Oliveira Ramos do. Max Weber e Karl Marx: Questão social, História e Marxismo. Disponível em
RESENHA CRÍTICA: OS PENSAMENTOS SOCIOLÓGICOS DE CARL MARX E MAX WEBER
Adriana Cristina Gonzales Richieri RA 31010003159[1]
Considerados fundadores da sociologia, em seus estudos, elaboraram teorias para explicar o desenvolvimento da sociedade e seu sistema econômico, concordando que o Capitalismo representa um novo tipo de organização social com um desnível socioeconômico muito grande entre burgueses e proletários, mas com grande produtividade em níveis materiais e culturais. Ambos se preocupavam com as condições sociais consequentes desta e de como é possível se priorizar a exploração do trabalho em detrimento da dignidade humana.
Tanto para Marx como para Weber o homem não existe para viver sozinho, mas sim em coletivo.
Em seus estudos, Weber procurou compreender o sentido das ações dos indivíduos em sociedade o que ele chamou de Ação Social; esta ação só acontece quando existe relação entre indivíduos e estes podem querer ou não essa relação de troca que conduz a transformação.
Dedicou-se aos estudos da Política, Direito, Economia e História, dividindo as ações sociais em quatro: Ação Social tradicional, que remete a algum costume ou hábito; a Ação Social afetiva, conduzida pela emoção; a Ação Social racional com valores, baseada e na crença; e a Ação Social Racional com Fins, dirigida pela razão utilizando-se de métodos eficazes para alcançar seus objetivos.
Para Weber, a Ética Protestante foi a precursora do Capitalismo, levando os empreendedores (burgueses) a relacionar o ter e o poder de forma que os fins justificassem os meios, buscando seus próprios métodos para acumulo de bens e consequentemente o poder.
Para Weber o capitalismo se resume em burgueses como detentores do poder lucrando à custa do proletariado que existe apenas para servir e possibilitar o lucro. Profetizando pelo tempo que, enquanto capitalismo, o Homem seria sempre escravo do Homem.
Por ora sua profecia vem se concretizando.
Para Marx e Engels o fator fundamental e central de suas reflexões advém do contexto econômico da história, para eles a produção material é que determina a forma de pensar humana, tendo o trabalho como centro de sua “práxis”.
Em seus estudos eles consideram o homem um ser alienado que se torna consciente ao longo da vida, mas consciente apenas de si e não da sociedade como um todo, forma incorreta de pensar segundo os autores; eles afirmam que o homem só alcançara sua emancipação quando atingir a consciência do todo, deixando o egoísmo e assumindo uma forma altruísta de ver e pensar o mundo: “O todo deve, necessariamente, ser posto antes da parte.”[2]
Sua ideia central é baseada na luta de classes, em que a burguesia impera e o proletariado serve em regime de escravidão, essa ideia é também compartilhada por Weber, mas somente até aqui, seus pensamentos divergem no instante em que para Marx existe opção, enquanto que para Weber o sistema é constante e imutável.
Marx e Engels entendem haver dois caminhos para esta situação antagônica, nas quais o proletariado é autor de ambas; a emancipação, o Homem, toma consciência do todo e passa a lutar pelos seus direitos, transformando assim sua realidade; ou a alienação, o Homem resignado com sua situação de vida, entende não haver outra forma de trabalho, além de servir.
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